23 janeiro 2006

O Lisboa Dakar na RTP

No dia um de Janeiro deste ano tropecei neste post (link) do blogue Jornalismo e Comunicação.

Achei alguma piada ao facto de alguém que estuda jornalismo (?) escrever que o jornalista da RTP João Fernando Ramos é “um dos jornalistas que mais sabe falar de automobilismo”.

Aproveitei para tecer alguns comentários (aqui no Lisboa Dakar – link) nada abonatórios em relação ao trabalho de João Fernando Ramos, que reproduzo infra:

“Com o devido respeito João Fernando Ramos nada sabe nem de automobilismo nem de desporto motorizado, sendo que um e outro são coisa diferente e o Dakar não é o primeiro mas sim o segundo porque engloba automóveis, motos e camiões..., logo não é automobilismo mas sim desporto motorizado.
Voltando à vaca fria João Fernando Ramos nada entende de nada e prova-o todos os dias na antena paga por nós todos. É amador.”

Apenas hoje reparei que tinha na minha caixa de correio electrónico, desde o passado dia dezanove, uma mensagem do jornalista da RTP que passo a reproduzir na íntegra (embora para tal não tenha tido o consentimento do seu autor)

“caro Pedro
lendo o seu comentario não resisti a responder, com todo o respeito.
é claro que nenhum de nos é dono da verdade ou de todo o conhecimento.
procuro aprender todos os dias para fazer sempre melhor o meu trabalho.
Não me fica bem falar do que sei ou não sei...mas cá vai...
nasci na Lousã, terra de Ralis que comecei a ver , a conhcecer e a
aplaudir desde que me lembro.
como jornalista cobri provas de Ralis e TT desde os mues 16 anos. tenho
agora 40.
conheco pessoalmente praticamente todos os pilotos que participam nos
nacionais de TT e Ralis, e alguns dos mais importantes da Taça do Mundo e
do Dakar.
sou assinante de cerca de uma duzia de revistas e jornais portugueses e
estrangeiros sobre a modalidade.
foi e sou piloto de ralis, participando no campeonato nacional de ralis e
já alinhei em varias provas de TT Karting, rali Cross etc.
Vou com muita regularidade ver e acompanhar grandes provas no estrangeiro
mantendo contacto muito proximo com pilotos, marcas e organizadores.
No ano passado estive no Dakar a realizar a reportagem para a RTP .
este ano estive na cobertura da RTP de todas as grande provas de TT em
Portugal.
Voltei ao Dakar com uma cobertura em directo das duas especiais em
Portugal em condições inéditas no Dakar e com reportagens diarias .
Com o devido respeito, na televisão paga por todos nos , dei de novo o meu
melhor , procurei ter toda a informação e estar ao lado dos principais
pilotos portugueses e estrageiros.
Pergunte ao Carlos Sousa, ao Pedro Gameiro, ao Paulo Marques, ao Bernardo
Vilar, ao José Megre ao Herder Rodrigues, ao Rodrigo Amaral ao Bruno Faria
etc...se me conhecem e o que é que eu sei ou não sei de Dakar.
Mesmo com todo o respeito, admito que não tenha gostado do meu
trabalho...mas dizer que não sei nada do assunto... não posso aceitar.

um abraço

joão fernando ramos”


Tudo isto me merece alguns comentários rápidos.

1. Em Portugal os jornalistas comentam e criticam o trabalho dos “outros”, nalguns sectores da vida social (politica e futebol) por vezes de forma bastante leviana, mas não estão habituados a verem o seu trabalho olhado de forma critica.

2. Com o advento da Sociedade da Comunicação, maxime com a explosão da blogosfera muito mudou. Esta constitui uma “via verde” para a escrita livre e critica, podendo esta ser a “arte da política da vida”.

3. Hoje lamento o facto de não ter justificado as afirmações que fiz sobre o trabalho de João Fernando Ramos. No fundo cai no erro tantas vezes apontado ao trabalho dos jornalistas. Afirmações despidas de conteúdo e justificação.

4. João Fernando Ramos, não gostou do que leu e deu-me a honra e o prazer de comentar as minhas afirmações. Obviamente que a minha frase assassina “ (...) João Fernando Ramos nada entende de nada e prova-o todos os dias na antena paga por nós todos. É amador.” (...) vale o que vale. Claro que João Fernando Ramos sabe ler e escrever, por isso terá conseguido encontrar um emprego na função pública.

5. E sinceramente..., como diz a sabedoria popular “pior a emenda que o soneto”. João Fernando Ramos depois de escrever “ (...) Não me fica bem falar do que sei ou não sei...mas cá vai... (...)” tenta justificar a qualidade seu trabalho com factos curiosos, como o ter nascido na Lousã, trabalhar no ramo desde os 16 anos, conhecer os pilotos, já ter alinhado em provas e ser assinante de revistas da especialidade.

6. Até admito que o trabalho de João Fernando Ramos seja o suficiente para satisfazer o espectador médio da televisão do Estado.

7. O melhor que João Fernando Ramos deu de si – e longe de mim questionar tal coisa – a mim não me satisfaz nem um pouco. O que mais critico no seu trabalho são os apontamentos de reportagem. Numa posição privilegiada de acompanhamento da prova, exige-se muito mais do que dizer, filmar e editar banalidades. Exige-se um trabalho radical no verdadeiro sentido da palavra. Mergulhar na raiz da prova, procurar a diferença na alegria e na tristeza da caravana. Procurar o sentido e valor de quem se mete ao caminho e tentar ilustrar e justificar a máxima do criador da prova, “uma aventura para quem parte, um sonho para quem fica”.

8. Uma última nota e tentando partir do particular para o geral.
Caro João, como amante do desporto motorizado que é sabe (deve saber bem melhor que eu!) que esse amante ficou mais satisfeito com o resumo do EusoSport que com o trabalho apresentado na RTP (na N, por cumulo, apresentado à mesma hora que no canal Europeu, e na 1 apresentado a desoras de clássico “serviço publico”) onde o seu se insere. Não pense que me sinto feliz por escrever isto. Bem pelo contrário, tenho pena..., muita tristeza mesmo.
Mas deixe lá João, há pior que o seu trabalho ai na casa onde trabalha. Como é que ai “na Cinco de Outubro” ainda dão trabalho a Paulo Solipa?

Pedro Soares Lourenço

16 janeiro 2006

Editorial (IV)

Este blogue suspende aqui a sua actividade!
Quando criei este blogue, perto do final de Novembro do ano passado, fi-lo pela paixão que tenho por esta prova, singular a todos os níveis.
O balanço é misto e muito diluído.
Como blogue que pretendia ser falhou. E falhou única e exclusivamente por minha culpa. Ou melhor culpa da falta de tempo para me dedicar ao acompanhamento da prova. Reconheço que poderia ter feito muito melhor analisando e comentando a prova e suas incidências. Dando a minha opinião sobre os factos diários de um emocionante Dakar. Mas esse eterno juiz que é o Tempo não mo permitiu. Talvez numa próxima edição...
Mas nem tudo foi cinzento. Consegui manter o blogue diariamente actualizado por vezes de forma mais rápida e correcta que muito profissionais da comunicação social on-line. Sendo certo que estes têm outra responsabilidade com aquilo que oferecem aos seus leitores, também é certo, que de um modo geral, na rede, a informação pouco ou nada melhorou em relação a anteriores edições do Dakar, o que só pode ser negativo numa altura em que a prova saiu de Lisboa e apaixonou os Portugueses.
Onde considero que este “projecto” foi um sucesso foi na divulgação da informação relativa à parte Portuguesa da prova. No dia 30 de Dezembro de 2005, véspera do início da prova, este blogue recebeu mais de mil e duzentas visitas tendo sido vistas mais de 3200 páginas nesse mesmo dia. Os motores de busca para cá remeteram os muitos que procuravam no fim-de-semana seguinte ver a prova em Portugal. Ai repito a informação que se disponibilizou e como se disponibilizou funcionou a todos os níveis de forma perfeita.
Enfim, cerca de um mês e meio depois do seu arranque, este blogue conta com quase 7000 visitas, perto de 16500 pageviews e muitos “clientes habituais”.
Como ficou dito no início deste texto, este blogue suspende aqui o seu funcionamento. O que significa, por um lado, que a qualquer momento poderá voltar para dar conta de um ou outro aspecto importante relacionado com aprova deste ano, e por outro, promete voltar em força para a próxima edição do Lisboa-Dakar, tentando acompanhar ainda mais de perto a prova Rainha do TT mundial. Tudo isto sem prejuízo de por cá surgirem notícias avulsas sobre a prova, sempre, que as mesmas venham a lume.
Muito obrigado a todos que nos visitam. Até breve.

Pedro Soares Lourenço

Miguel Barbosa conclui o seu primeiro Dakar no 21º posto

O objectivo da dupla portuguesa Miguel Barbosa/Miguel Ramalho para o Lisboa Dakar foi totalmente cumprida ao conseguirem chegar à capital do Senegal como inicialmente previam. Mas, o resultado final viria a superar todas as expectativas, pois foram os segundos melhores portugueses e alcançaram o 21º posto final. Resultados que honram esta primeira participação e que deixam Miguel Barbosa confiante para o futuro.

“Estou muito contente por ter conseguido atingir os objectivos a que me propus inicialmente e também por conseguir honrar o nome dos meus patrocinadores até ao final da prova. Sem o apoio deles esta participação não tinha sido possível. Superei realmente as minhas próprias expectativas, pois não esperava no meu ano de estreia, conseguir ser o segundo melhor português e muito menos ter conseguido ser o melhor luso numa das etapas”, começou por dizer Miguel Barbosa que justifica esta excelente participação com: “todo o empenho meu e do Miguel Ramalho. Em situações mais criticas soubemos fazer frente aos problemas sem perdermos a cabeça. Soubemos gerir os nossos resultados e todo o material que dispúnhamos. Isso foi muito importante para o resultado final”, disse.


Quanto à prova em si: “foi enfrentar o desconhecido e proceder à sua aprendizagem. Posso dizer que foi uma boa adaptação. E que conseguimos recolher muitas informações que nos poderão ajudar no futuro. Era este o nosso intuito nesta primeira participação. Aprender e acho que o conseguimos fazer muito bem”.

Em jeito de balanço, o Bi-Campeão Nacional disse: “o dia de hoje foi magnífico em termos pessoais. O sonho de qualquer piloto de Todo-o-terreno é um dia disputar o Dakar. Acho que o fiz na melhor altura e os resultados foram com saldo bastante positivo. Assim, já estou a pensar na segunda participação que espero supere a deste ano”, rematou Miguel Barbosa

Alphand e Coma ganham pela primeira vez, Tchaguine conquista a sua 5ª vitória.

Finalmente, 93 motards, 64 carros e 33 camiões chegaram ao fim do 28º Euromilhões–Lisboa-Dakar . Luc Alphand, em carro, e Marc Coma, em moto, foram pela primeira vez consagrados vencedores deste rali. Vladimir Tchaguine, ao volante de um camião Kamaz, conquistou o título pela quinta vez.

Por respeito à memória das duas crianças falecidas à passagem do rali, na Guiné e no Senegal, a especial do Lac Rose não foi hoje cronometrada. O tempo oficial considerado para a classificação final foram os registados no final da 14ª etapa, entre Tambacounda e Dakar.

A tradicional apoteose do último dia tinha, hoje, um travo amargo. A alegria dos concorrentes que fazem da volta ao Lac Rose o objectivo principal de um ano ou de uma vida, foi manchada pela tristeza ligada, por um lado, ao desaparecimento do motard Andy Caldecott e, por outro, à morte dos jovens Boubacar Diallo e Mohamed Ndaw
.


A cerimónia da subida ao pódio do Lac Rose revestiu-se de uma dimensão simbólica à qual os concorrentes estão tão ligados, uma vez que a competição desportiva, para as três categorias, estava decidida há já alguns dias. Nas motos, a vitória final de Marc Coma vem de encontro às previsões anteriores ao rali, uma vez que este espanhol foi, desde a partida de Lisboa, considerado o grande rival de Cyril Despres, que se esforçaria por defender o título. Marc Coma confirmou, com uma solidez e gestão de corrida exemplares que a maldição espanhola, que em tempos atingiu Jordi Arcarons e depois “Nani” Roma, já foi ultrapassada.

Por isso, o duelo esperado entre os dois grandes favoritos da competição não chegou a acontecer na realidade. O plano escolhido por Depres, e que consistia em manter-se prudentemente ao ritmo dos melhores antes de passar ao domínio da corrida numa das etapas da Mauritânia, foi respeitado até à 6ª etapa, entre Tan-Tan e Zouerat. Mas no km 273, o detentor do título sofreu uma luxação do ombro na sequência de uma queda aparatosa. Hesitando, durante muito tempo, sobre a sua capacidade de aguentar a dor durante todo o rali, ele realizou corajosamente alguns golpes brilhantes, como na estrada para Nouakchott, onde dirigiu o seu colega de equipa, David Casteu, para uma primeira vitória de etapa, ou naquela especial de Kiffa onde roubou alguns minutos a Marc Coma. No final, Despres terminou o Dakar com quatro vitórias de etapa, mas também com algumas más escolhas em termos de navegação que, de qualquer forma, teriam comprometido uma luta de igual para igual com Coma.

Isidre Esteve Pujol poderia ter aproveitado o atraso de Despres para defender as hipóteses da equipa KTM – Gauloises. Mas depois de uma pesada queda que lhe causou uma ruptura do baço, na etapa Nouakchott-Kiffa, o trio de que ele se tinha distanciado já só tinha um nome: Marc Coma. O trabalho de Coma, nomeadamente um percurso sem faltas para conseguir a sua posição é, ao mesmo tempo, uma prova do seu valor e uma homenagem a Andy Caldecott, o seu colega de equipa falecido, a quem dedicou a sua vitória.

Se a vitória não escapou de um dos favoritos, o Dakar 2006 permitiu descobrir alguns motards, vindos de todos os horizontes, e que devem ser levados a sério nas próximas edições. Os portugueses Ruben Faria e Hélder Rodrigues, que não se contentaram em assegurar o espectáculo em casa, nas duas primeiras etapas, fizeram uma entrada notável. David Casteu que disputava o seu primeiro Dakar como piloto oficial, cumpriu verdadeiramente a sua função de “aguadeiro” e ainda ganhou uma vitória de etapa, terminando em 8º lugar da classificação geral. Alain Duclos, vencedor da categoria marathon graças ao 7º lugar da classificação geral, ganhou, em Bamako, um vitória de honra para a sua cidade natal. Os americanos Chris Blais, este ano em 4º lugar, e Jonah Street, 17º na sua primeira participação mas muito observado no final do rali, ainda darão muito que falar no futuro.

A classificação específica para os motards que concorrem sem assistência foi arrebatada por Patrice Carillon (29ª da geral). A corrida feminina, privada da detentora do título, Ludivine Puy, devido a uma queda quando estava ao comando da categoria, foi ganha por Patricia Watson Miller.



A vitória de Luc Alphand não surpreende ninguém. O seu segundo lugar em 2005, no seu primeiro ano na Mitsubishi, tinha deixado antever um futuro mais radioso. Com o carro que parece estar melhor talhado para o Dakar, as suas ambições de vitória eram, portanto, legítimas. Faltava-lhe, ainda, neutralizar o seu colega de equipa Stéphane Peterhansel. E dominar os carros da “vizinha” da frente, a Volkswagen, cujos Race Touareg II revelaram-se ameaçadores.

O esquema de corrida imaginado por Peterhansel seguia o mesmo traçado daquele previsto por Despres. E funcionou ainda durante mais tempo. “Peter” explorou ao máximo as possibilidades do seu Mitsubishi Pajero Evo 4 no terreno mauritano, onde as distâncias se agudizaram. Ao chegar ao Mali, o piloto da Mitsubishi tinha, pelo caminho, arrebatado o recorde absoluto de vitórias de etapa (51) e o seu confortável avanço de 40 minutos sobre Luc Alphand dava às próximas especiais o aspecto de um passeio na avenida. Mas as reviravoltas são, por vezes, cruéis. Na especial para Labé, Peterhansel cometeu um erro irreparável, ao embater numa árvore, o que obrigou a ficar parado várias horas. Parecia o remake de um mau filme, do qual já tinha sido o herói em 2003, na etapa para Sharm-El-Sheikh.

Luc Alphand, que estava constantemente a uma distância razoável, recebeu este “presente” mas encheu-se de brio para dar uns retoques finais nos últimos dias. Para controlar o perigo chamado Villiers, o antigo praticante de Sky, conquistou de seguida duas vitórias de etapa, em Labé e em Tambacounda. Ali, onde Peterhansel tinha tremido, Alphand resistiu de forma notável à pressão. A sua vantagem sobre Villiers foi de 17’53’’. Largamente suficiente.

Numa primeira fase, a atenção foi monopolizada pelos Volkswagen, e o rali foi aberto com um festival do debutante Carlos Sainz. Vencedor das duas primeiras especiais portuguesas, o duplo campeão do mundial de rali (WRC), fez igualmente valer os seus talentos de piloto em Ouarzazate, mas no dia de descanso já tinha perdido todas as hipóteses de vitória final. Alternando entre o melhor e o pior, Carlos Sainz passou, entre outros percalços, várias horas parado no km 26 da especial para Nouakchott. O espanhol tinha vindo para aprender. Por vezes a lição foi severa mas, mesmo assim, ele vai-se embora com quatro vitórias de etapa, o recorde do ano.

À imagem de Sainz, a frota dos Race Touareg II conheceu cada vez mais problemas enquanto que os Mitsubishi encontravam a estabilidade. No mesmo dia, Bruno Saby perdeu cerca de sete horas. Três etapas mais tarde, foi Jutta Kleinschmidt que saiu de corrida por causa de um choque com uma árvore. Finalmente foi Giniel de Villiers, com um 2º lugar na classificação geral, conseguido à custa de um nível mínimo de problemas, que melhor representou a marca alemã.

A escuderia Schlesser-Ford também se posicionou, momentaneamente, como uma alternativa credível aos Mitsubishi e aos Volkswagen. Os três carros da equipa chegaram a Dakar e o recrutamento de Thierry Magnaldi terá sido o achado do ano. Vencedor em Zouerat e em Nouakchott, o ex-motard conseguiu duas das três vitórias da equipa, enquanto Jean-Louis Schlesser, o patrão da equipa, ganhou a sua primeira vitória desde 2001 em Er Rachidia. O peso dos buggy azuis na classificação geral não foi tão significativo como esperavam (Schlesser em 6º e Magnaldi em 10º) mas a colheita de 2006 deve agradar ao construtor. A animação da corrida foi igualmente assegurada pelos BMW – XRaid, nomeadamente com um belo final de rali para Guerlain Chicherit, que prossegue a sua aprendizagem do Dakar com uma vitória de etapa entre Tambacounda e Dakar.

Atrás da elite, a competição dos amadores foi conquistada por Bob Ten Harkel e Herman Vaanholt, num Land Rover (19º na geral), o mesmo carro dos concorrentes Miguel Barbosa e Miguel Ramalho (22º). A competição entre os veículos de produção foi quase sempre dominada por Jean-Jacques Ratet ao volante de um Toyota HDJ 100 (18º), e a classificação dos T2 diesel foi parar às mãos do japonês Yoshio Ikemachi (23º). Uma menção especial para Florence Bourgnon e Corentine Quiniou (50º), única equipa feminina a chegar ao Lac Rose, e para o português Ricardo Leal dos Santos (46º), que começou e terminou o rali, sozinho, ao volante de um Mitsubishi Pajero.


A competição de camiões não escapou aos Kamaz, mais precisamente a Vladimir Tchaguine, que desenvolveu todos os meios necessários para não viver uma desventura igual à de 2005. Ao conseguir um avanço superior a três horas, depois de ter ganho as seis primeiras especiais, o “Czar” pôs-se ao abrigo da concorrência. Foi uma boa ideia, uma vez que Tchaguine ficou duas vezes atascado nas areias da Mauritânia. Depois, ajudado pelo seu colega Firdaus Kabirov, geriu o seu avanço sobre Hans Stacey, o qual beneficiou, mesmo assim, de liberdade suficiente para ganhar cinco etapas. Em Dakar, Tchaguine festeja o seu 5º título, e o sétimo para a Kamaz.


FONTE: sitio oficial

15 janeiro 2006

Terminou o Lisboa Dakar 2006

Parabens aos vencedores, Honra aos vencidos, Gloria para todos os que embarcaram na Aventura...

Escreve assim o sitio oficial

"Filme da etapa

Mais uma morte no Dakar.

No dia seguinte ao drama que custou a vida a uma criança, mais um rapaz encontrou a morte no percurso do rali.

Antes da tradicional etapa do Lac Rose, Marc Coma tirou partido dos erros de navegação de Cyril Despres para alcançar uma margem largamente suficiente para assegurar a vitória final. David Frétigné conquistou a sua primeira especial do ano. Nos carros, Guerlain Chicherit confirmou os inícios prometedores ao registar o melhor tempo, enquanto que Luc Alphand conseguiu gerir a sua vantagem na classificação geral em relação a Giniel de Villiers. Nos camiões, Firdaus Kabirov ganha a etapa enquanto Vladimir Tchaguine continua a liderar a classificação geral da categoria.

Será que há melhor altura para ganhar vantagem do que a da chegada a Dakar, porta de entrada de África para o Oceano Atlântico? Talvez não tenha sido este o cálculo de Marc Coma ao partir esta manhã de Tambacounda, mas o resultado está à vista. Habitualmente, o charme da penúltima etapa reside mais no que a travessia do Senegal oferece do que no interesse puramente desportivo. Finalmente, as dificuldades de navegação foram bem reais, especialmente entre o CP1 e o CP2, onde tanto os motards como os automobilistas seguiram a pista errada. Foi cerca de 30 quilómetros após a passagem do CP1 que Cyril Despres andou às voltas durante 20 minutos. O mesmo não aconteceu a Coma nem a Blais, Street e Sala, que se encarregaram de fazer o traçado correcto.

Mas vinte quilómetros mais à frente, uma outra falsa pista atraiu o comando da corrida. Desta vez, quase todos os líderes se deixaram convencer. Mas, mais uma vez, não foi caso de Coma nem de Frétigné, os quais, com o seu “faro”, puderam, depois de percorridos os últimos quilómetros, saborear a amplitude da vantagem sobre os seus perseguidores. David Frétigné, vencedor de três especiais no ano passado, ganhou agora a primeira vitória de etapa, entre Tambacounda e Dakar, 8’’ à frente de Coma mas, sobretudo com 16’59’’ de vantagem sobre o seu primeiro perseguidor, o espanhol Guell Farres. Marc Coma, que aproveita o duplo erro de navegação de Cyril Despres, vê o seu rival relegado para 1h13’29’’ de distância. Quase que dava para dar a volta ao Lac Rose em marcha atrás.

As personalidades da corrida de quatro rodas não resistiram muito melhor que os motards à complexidade da navegação entre o CP1 e o CP2. No local onde Cyril Despres andou às voltas, Alphand cometeu o mesmo erro. Nesta sua falha de apreciação, o líder da classificação geral, teve a sorte de ser acompanhado por Carlos Sainz e, sobretudo por Giniel de Villiers, o seu mais próximo rival da classificação geral. Num primeiro tempo, só Nani Roma e Bruno Saby estiveram mais inspirados. Mas, seguidamente, este duo improvisado não teve melhor sorte.

Enquanto Luc Alphand e Giniel de Villiers recuperavam o percurso da especial, Carlos Sainz e, também, Roma e Saby, caiam na segunda armadilha do dia. A falta custou-lhes, a cada um, entre vinte a trinta minutos à chegada da etapa. Guerlain Chicherit, que é sempre o primeiro a honrar as competências do seu navegador, Mathieu Baumel, pode felicitar-se mais uma vez pelo bom entendimento e complementaridade que existe no habitáculo do seu BMW – X3, com o número 322. Depois de ter falhado uma vitória de etapa em Labé, esta equipa que tinha, no ano passado, descoberto o rali e ganho o “Volante Dakar”, conseguiu hoje o seu melhor tempo. Quando a pilotagem de Guerlain e o bom senso de Mathieu se juntam só se podem esperar grandes coisas. Dois talentos a seguir de perto…..

Na corrida de camiões, Firdaus Kabirov pôs fim à série de vitórias de Hans Stacey, ganhando a etapa com 2’57’’ de vantagem sobre o seu rival holandês, 4’13’’ sobre André de Azevedo e 12’20’’ sobre Vladimir Tchaguine. Stacey, que está em 2º lugar da classificação geral nesta categoria, reduziu bastante o seu atraso em relação a Vladimir Tcheguine, o qual, está ainda a 2h21’09’’.

**********

Comunicado especial
Comunicado da Direcção do Dakar.

A Federação Senegalesa do Desporto Automóvel e a organização do rali foram informados pela brigada a esquadra de Kaffrine, que tinha ocorrido um acidente de viação na estrada RN1 ao final da manhã.

Neste itinerário seguido pelos veículos de assistência, entre Tamabacounda e Dakar, ao km 200, o referido acidente envolveu um camião de assistência e, infelizmente, custou a vida a um rapaz de 12 anos.

Está em curso, um inquérito de esquadra, dirigido pelo Ajudante do Chefe do DIOP, para averiguar as circunstâncias em que ocorreu o acidente.

*******


Notícias

Comunicado da Direcção do Dakar.
Em virtude dos acontecimentos dramáticos ocorridos nos últimos dois dias, a última etapa, Dakar-Dakar, que conduz os concorrentes ao pódio do Lac Rose, não será cronometrada.

13 janeiro 2006

Decima terceira etapa - classificação autos

ETAPA

1 302 ALPHAND (FRA)
PICARD (FRA) MITSUBISHI 04:30:15 00:00:00
2 307 SAINZ (ESP)
SCHULZ (ALL) VOLKSWAGEN 04:31:05 00:00:50
3 305 DE VILLIERS (AFS)
THORNER (SUE) VOLKSWAGEN 04:31:57 00:01:42
4 301 SABY (FRA)
PERIN (FRA) VOLKSWAGEN 04:40:34 00:10:19
5 304 ROMA (ESP)
MAGNE (FRA) MITSUBISHI 04:42:00 00:11:45
6 315 MAGNALDI (FRA)
DEBRON (FRA) SCHLES-FORD-RAID 04:44:43 00:14:28
7 300 PETERHANSEL (FRA)
COTTRET (FRA) MITSUBISHI 04:47:05 00:16:50
8 311 SOUSA (POR)
LURQUIN (BEL) NISSAN 04:49:10 00:18:55

9 346 VIGOUROUX (FRA)
WINOCQ (FRA) CHEVROLET 04:58:34 00:28:19
10 314 SCHLESSER (FRA)
BORSOTTO (FRA) SCHLES-FORD-RAID 04:59:52 00:29:37


GERAL

1 302 ALPHAND (FRA)
PICARD (FRA) MITSUBISHI 50:56:07 00:00:00
2 305 DE VILLIERS (AFS)
THORNER (SUE) VOLKSWAGEN 51:18:20 00:22:13
3 304 ROMA (ESP)
MAGNE (FRA) MITSUBISHI 52:28:38 01:32:31
4 300 PETERHANSEL (FRA)
COTTRET (FRA) MITSUBISHI 54:04:02 03:07:55
5 309 MILLER (USA)
VON ZITZEWITZ (ALL) VOLKSWAGEN 54:29:17 03:33:10
6 314 SCHLESSER (FRA)
BORSOTTO (FRA) SCHLES-FORD-RAID 55:10:37 04:14:30
7 311 SOUSA (POR)
LURQUIN (BEL) NISSAN 56:20:08 05:24:01
8 301 SABY (FRA)
PERIN (FRA) VOLKSWAGEN 59:05:54 08:09:47
9 315 MAGNALDI (FRA)
DEBRON (FRA) SCHLES-FORD-RAID 59:23:00 08:26:53 01:00:00
10 322 CHICHERIT (FRA)
BAUMEL (FRA) BMW 59:36:12 08:40:05


...em principio está o Dakar feito!

Decima terceira etapa - classificação motos

ETAPA

1 006 SALA (ITA) KTM 05:03:49 00:00:00
2 001 DESPRES (FRA) KTM 05:07:01 00:03:12
3 014 DUCLOS (FRA) KTM 05:07:21 00:03:32
4 002 COMA (ESP) KTM 05:08:24 00:04:35
5 042 STREET (USA) KTM 05:10:17 00:06:28
6 021 VILADOMS (ESP) KTM 05:11:54 00:08:05
7 012 FRETIGNE (FRA) YAMAHA 05:11:56 00:08:07
8 009 BLAIS (USA) KTM 05:13:48 00:09:59
9 055 RODRIGUES (POR) YAMAHA 05:15:04 00:11:15
10 080 GONCALVES (POR) HONDA 05:16:29 00:12:40

11 011 GAU (FRA) KTM 05:19:58 00:16:09
12 095 AGRA CARRERA (ESP) YAMAHA 05:20:06 00:16:17
13 020 MARCHINI (FRA) YAMAHA 05:20:53 00:17:04
14 008 CASTEU (FRA) KTM 05:23:54 00:20:05
15 005 ULLEVALSETER (NOR) KTM 05:27:03 00:23:14
16 004 DE GAVARDO (CHI) KTM 05:31:45 00:27:56
17 032 ALGAY (FRA) YAMAHA 05:32:48 00:28:59
18 160 FARIA (POR) KTM 05:35:52 00:32:03

GERAL

1 002 COMA (ESP) KTM 52:09:45 00:00:00
2 001 DESPRES (FRA) KTM 52:41:01 00:31:16
3 006 SALA (ITA) KTM 53:50:25 01:40:40
4 009 BLAIS (USA) KTM 54:21:59 02:12:14
5 004 DE GAVARDO (CHI) KTM 55:00:01 02:50:16 01:00:00
6 005 ULLEVALSETER (NOR) KTM 55:33:13 03:23:28
7 014 DUCLOS (FRA) KTM 56:07:17 03:57:32
8 008 CASTEU (FRA) KTM 57:55:21 05:45:36
9 055 RODRIGUES (POR) YAMAHA 58:28:53 06:19:08 02:00:00
10 011 GAU (FRA) KTM 59:27:45 07:18:00
11 021 VILADOMS (ESP) KTM 59:31:01 07:21:16 40:00
12 034 VINTERS (LET) KTM 59:40:35 07:30:50
13 058 KNUIMAN (HOL) YAMAHA 60:12:44 08:02:59
14 032 ALGAY (FRA) YAMAHA 60:17:49 08:08:04
15 019 CZACHOR (POL) KTM 60:25:53 08:16:08
16 012 FRETIGNE (FRA) YAMAHA 60:56:14 08:46:29
17 042 STREET (USA) KTM 61:40:00 09:30:15
18 085 BETHYS (FRA) HONDA 61:47:37 09:37:52
19 020 MARCHINI (FRA) YAMAHA 62:33:38 10:23:53 02:00:00
20 095 AGRA CARRERA (ESP) YAMAHA 63:12:50 11:03:05 13:00
21 028 CROQUELOIS (FRA) YAMAHA 64:02:28 11:52:43
22 029 PIROUD (FRA) YAMAHA 64:04:47 11:55:02
23 016 STANOVNIK (SLO) KTM 65:23:47 13:14:02 02:30:00
24 080 GONCALVES (POR) HONDA 67:03:12 14:53:27 01:05:00

A infantil penalização de duas horas sofrida por Rodrigues ontem, não lhe permite melhor que o nono lugar na geral. Ainda assim bem bom!

Rodrigues pode subir na geral...

Abandono de Jean de Azevedo
O brasileiro Jean de Azevedo, que estava no 8º lugar da classificação geral, caiu algumas centenas de metros depois da partida da especial. Azevedo sofreu alguns ferimentos sem gravidade e está já sob os cuidados da equipa médica do rali.


Fonte: dakar.com

"O Dakar é mais uma aventura que uma prova de todo-o-terreno”

Uma das grandes curiosidades desta Lisboa Dakar (inevitavelmente os balanços começam a ser feitos...) era ver a reacção que a maioria dos pilotos Lusos teria a sua primeira experiência na prova.
É que o Dakar não é para meninos(as)...
Lembro-me que antes da prova Jacinto dizia que mais de metade dos Portugueses que embarcavam pela primeira vez não voltariam á prova. Fiquei um pouco surpreendido com a afirmação mas penssando um pouco faz todo o sentido.
Deixo-vos aqui as primeiras impressões de Luís Costa enviadas pela sua equipa a Moletto Sport. Vale a pena ler para Conhecer um pouco melhor a Rainha do TT.



A amadurecer para o futuro…
O Dakar é mais uma aventura que uma competição
- considera Luís Costa, “regressado” ao convívio,
quase dois dias depois do acidente

Luís Costa/Pedro Lima chegaram a Kiffa cerca de 30 horas depois de terem sofrido um acidente, ao quilómetro 250 do sector cronometrado da 9ª etapa do Lisboa/Dakar. Exausto, com inúmeros pensamentos à espera de serem direccionados, o piloto quer, para já, deixar arrefecer ideias antes de tomar decisões definitivas.

Abalado com o acidente que o deixou fora de prova e, apesar de tudo, carregado com uma experiência que nunca esquecerá, Luís Costa relembra como tudo se passou:

“À partida para a etapa, teoricamente, a mais dura do Dakar, eu e o Pedro Lima já estávamos preocupados com a embraiagem do Toyota, admitindo que seria muito complicado fazer frente a tanta areia naquelas circunstâncias. Passámos o primeiro cordão de dunas sempre sobre pressão, com visibilidade reduzida, devido ao pó levantado por concorrentes mais lentos e pelos muitos camiões que tivemos de ultrapassar. Foi uma situação difícil de gerir, pois com os problemas na embraiagem, era quase impensável parar”.

Na opinião de Luís Costa o acidente ocorreu devido a um conjunto de factores, que passou obviamente, pela pressão, a que estavam sujeitos, mas também pela falta de experiência naquele tipo de prova, como o próprio piloto admitiu.

“A minha inexperiência terá estado na origem do que aconteceu. Qualquer distracção paga-se cara!”, referiu o piloto, que explica como tudo sucedeu:

“Tivemos um ligeiro desvio de percurso e em plena planície, quando rolávamos a cerca de 120 Km/hora, não reparei num monte de areia oculto por vegetação e o carro voou cerca de 16 metros, tendo embatido primeiro de frente e depois de traseira ao fim de duas ou três voltas. Infelizmente ficou muito danificado e foi impossível prosseguir”. Piloto e navegador não sofreram qualquer dano físico e Luís Costa graceja: “Não senti rigorosamente nada. Acho mesmo que as minhas costas até ficaram melhor”...

A 9ª etapa ficará, por certo, na memória de muitos. De referir que Caldecott perdeu a vida, a cerca de 20 quilómetros do local onde Luís Costa ficou acidentado. Quem ficou pelo caminho esperou horas para ser recolhido pelos dois “camiões vassoura”. Um autêntico calvário...

“Demorámos 24 horas para fazer 450 Km”, referiu Luís Costa, que adiantou algumas das peripécias vividas após o acidente: “Quando os camiões chegaram ao local, já lá iam nove motos. Uma viatura de assistência médica cruzou-se connosco, quilómetros mais tarde e um dos médicos, sentiu-se mal. Após mais uma paragem, fui eu que tive de levar o carro dos médicos durante cerca de quatrocentos quilómetros. Foi mais uma longa aventura, pois as dificuldades do terreno eram tais, que tive de ser rebocado pelos camiões, para aí, umas dez vezes. Demorámos cinco horas para fazer cem quilómetros!”

Com as forças a faltar e o ânimo em baixo, o grupo acabou por chegar a Kiffa, depois de ter saciado a fome num bivouac da Mitsubishi, onde foram todos acolhidos com simpatia e camaradagem.

Agora, para Luís Costa, é tempo de balanço e de amadurecer ideias. “É impossível ter um raciocínio claro, com a cabeça quente. O Dakar é uma prova de alguns riscos. Muito difícil e muito dura, exigindo alta concentração, muita resistência física e emocional. Eu sou um piloto que gosta de acelerar. Falei muito com o espanhol Blazquez e ambos chegámos à conclusão que somos pilotos de Bajas. A contenção para uma prova deste género é tão grande, que não sei se isto é de facto adequado à minha maneira de estar na competição. O Dakar é mais uma aventura que uma prova de todo-o-terreno”.

Luís Costa e a Moletto Sport participaram na edição deste ano do Lisboa/Dakar com o intuito de ganhar experiência para futuras edições. O líder da equipa marca bem a diferença entre os objectivos que o levaram até África.



“Existe a parte comercial e a pessoal. A evolução da estrutura da Moletto Sport leva a que, no futuro, seja possível proporcionar a diversos pilotos participações calculadas, em provas internacionais. Por essa razão, foi muito importante a nossa deslocação até aqui. Neste momento, em termos pessoais, estou algo dividido. Ou o Dakar não foi mesmo feito para um piloto com as minhas características, ou terei de cá voltar com um carro homologado em T2, que seja muito competitivo. O Toyota Land Cruiser mostrou-se um carro extremamente resistente, mas é necessário dosear o andamento. Perder tempo atrás de concorrentes atrasados é um teste psicotécnico demasiado forte”.

Luís Costa e Pedro Lima tiveram sempre uma excelente ligação durante os nove dias de prova. Os dois tripulantes do Toyota formaram uma equipa perfeita. Ainda na Mauritânia, para resolver o destino a dar ao Land Cruiser, Luís Costa pensa ir até ao Senegal para assistir às duas últimas etapas, e esperar pelos resistentes Adélio Machado/Laurent Flamant e Céu Pires de Lima/Arnaldo Marques, que tentam levar as cores da Moletto Sport até Dakar.

PSL

A etapa de hoje...




...ou a ultima dificuldade da prova deste ano.

Em post anterior tínhamos sublinhado a importância das etapas de ontem e..., de hoje. Serão estas que verdadeiramente decidirão as coisas em termos de geral. Nos autos, ontem foi o que se viu e hoje será por certo o ultimo fôlego da De Viliers na luta pelo comando. Nas motos tudo está mais pacífico..., mas um azar ainda pode roubar a vitória a Coma. Veremos se haverá drama.
Quanto aos Portugueses, passado que está o nosso Cabo das Tormentas (leia-se as areias do Deserto da Mauritânia) tudo está normalizado. As especiais sub-saharianas são bem ao jeito dos pilotos Lusos - não são muito diferentes do que podemos por cá encontrar – e assim podem consolidar as suas posições ou mesmo ganhar tempo e lugares com um pouco de engenho ou sorte dos demais





Graficos: www.dakar.com

Ainda a etapa de ontem,...os Lusos

Num dia em que Carlos Sousa chegou a pensar que poderia ter deitado tudo a perder, com um toque numa pedra, a sorte esteve com o piloto português que terminou em 11º. No Top 30 classificaram-se ainda Miguel Barbosa, Nuno Inocêncio e Ricardo Leal dos Santos, sendo que este último não pára de surpreender na sua épica participação a Solo.

Com os onze pilotos portugueses a terminarem a etapa à frente do infeliz ex-lider Stephane Peterhansel Carlos Sousa voltou a ser naturalmente o mais rápido mas pela primeira vez a comitiva portuguesa “chegou-se” um pouco à frente em termos de classificação da etapa.
Para Carlos Sousa “o dia foi estafante e começou bem cedo. Saímos eram 5H30 da manhã para fazer 200km de ligação. Depois, na especial tive de optar por um compromisso de andamento regular, porque como é uma etapa “Maratona” não temos assistência dos camiões. Só podemos contar com os mecânicos que vêm como concorrentes atrás de nós no percurso, mesmo assim, estamos limitados, porque temos de pôr o carro em parque fechado dentro do tempo limite. Estamos dentro das expectativas, preparados para aproveitar qualquer oportunidade para ganhar mais um lugar. O facto da etapa de hoje ter sido “maratona” ainda pode ter consequências para algumas equipas, já que são quase quatrocentos quilómetros de prova especial”

Miguel Barbosa nos vinte primeiros

A calma e serenidade que caracterizam Miguel Barbosa têm sido fundamentais para os resultados finais e segundo o piloto “temos procurado não entrar em excessos nem arriscar em demasia pois sabemos que temos nas mãos um carro frágil. Esse modo de encarar a prova tem sido vantajoso, mas existem alturas que gostava de impor um ritmo mais forte. O piso que encontrámos nos primeiros 170 Kms foi o mais difícil até agora. Muito mau e duro. Tivemos que andar em ritmo lento para não corrermos riscos. Depois, nos restantes cerca de 200 Kms andámos de forma mais rápida mas sem forçar. Apanhámos muito pó mas conseguimos ir andando sem perder demasiado tempo”, referiu o estreante no Dakar.
Sem assistência prevista no final da etapa, todos os cuidados foram poucos. “Não tivemos problemas com o carro, mas também limitámos o andamento pois estamos conscientes das limitações da máquina. Ainda assim, estou muito contente com o resultado. O Miguel Ramalho tem estado, como sempre, em grande nível e tem sido uma peça fundamental para dia a dia atingirmos os nossos objectivos. Já só faltam três especiais e só desejo que continuem a correr como estas últimas”, rematou Miguel Barbosa no final da etapa.

Ricardo Leal dos Santos lutou contra os Kamaz

Para Ricardo Leal dos Santos “esta etapa foi aquela que, até à data, me correu melhor, ou seja, onde pude quase sempre andar ao meu ritmo e de facto os resultados estão à vista. Acho que é esta a minha posição relativa para a restante caravana, embora compreenda que nas etapas de dunas, o facto de estar sozinho, seja justificação para baixar alguns lugares na classificação. Nesta etapa tive de novo de fazer algumas ultrapassagens, mas elas aconteceram quase todas na primeira metade do dia. Depois tive de fazer uma paragem porque o vidro da frente se estava a soltar. Tive de colocar uns bocados de “tape”, porque as borrachas já não estão em condições. No final da etapa, fui “tapado” pelos dois Kamaz. Eles vinham bastante depressa, mas eu estava com um andamento superior, só que o pó que eles levantavam criava uma parede intransponível. Mesmo assim, estou bastante satisfeito com o resultado. Poucos foram os minutos que gastei a mais que o Nuno Inocêncio, e ele partiu para esta etapa bem mais à frente. Foi muito bom!”.


Fonte:Infodesporto.pt

12 janeiro 2006

Decima segunda etapa - classificação autos

ETAPA

1 302 ALPHAND (FRA)
PICARD (FRA) MITSUBISHI 04:22:46 00:00:00
2 322 CHICHERIT (FRA)
BAUMEL (FRA) BMW 04:23:42 00:00:56
3 305 DE VILLIERS (AFS)
THORNER (SUE) VOLKSWAGEN 04:26:07 00:03:21
4 301 SABY (FRA)
PERIN (FRA) VOLKSWAGEN 04:27:18 00:04:32
5 309 MILLER (USA)
VON ZITZEWITZ (ALL) VOLKSWAGEN 04:29:42 00:06:56
6 304 ROMA (ESP)
MAGNE (FRA) MITSUBISHI 04:30:50 00:08:04
7 346 VIGOUROUX (FRA)
WINOCQ (FRA) CHEVROLET 04:31:04 00:08:18
8 315 MAGNALDI (FRA)
DEBRON (FRA) SCHLES-FORD-RAID 04:31:17 00:08:31
9 307 SAINZ (ESP)
SCHULZ (ALL) VOLKSWAGEN 04:33:34 00:10:48
10 314 SCHLESSER (FRA)
BORSOTTO (FRA) SCHLES-FORD-RAID 04:34:54 00:12:08
11 311 SOUSA (POR)
LURQUIN (BEL) NISSAN 04:47:44 00:24:58

12 316 SERVIA (ESP)
ALCARAZ (FRA) SCHLES-FORD-RAID 04:48:36 00:25:50
13 361 SPERRER (AUT)
FLOENE (NOR) BUGGY 04:52:49 00:30:03
14 312 MONTERDE (ESP)
SIVIERO (ITA) BMW 04:54:49 00:32:03
15 334 GUINOT (FRA)
KROISS (FRA) VOLKSWAGEN 05:04:42 00:41:56
16 420 SAUKANS (LET)
DAMBIS (LET) OSC 05:13:07 00:50:21
17 438 TOLLEFSEN (NOR)
EVANS (UK) BOWLER 05:18:11 00:55:25
18 368 LAVIEILLE (FRA)
BARTHOLOME (BEL) NISSAN 05:19:43 00:56:57
19 329 BARBOSA (POR)
RAMALHO (POR) NISSAN 05:20:55 00:58:09

20 317 GACHE (FRA)
GARCIN (FRA) BUGGY 05:29:05 01:06:19
21 389 FOJ (ESP)
PUJOLAR (ESP) TOYOTA 05:32:03 01:09:17
22 344 IKEMACHI (JAP)
ARAKAWA (JAP) TOYOTA 05:32:51 01:10:05
23 363 INOCENCO (POR)
BARREIROS (POR) MITSUBISHI 05:35:07 01:12:21


...boa etapa para Barbosa e Inocencio. Grandes licções que levam deste dakar 2006.

GERAL


...e Sousa já é sexto. Depois do dia de descanso tem subido à razão de um furo dia na Geral..., a continuar assim..., ainda tinhamos podium em Dakar! ;)

1 302 ALPHAND (FRA)
PICARD (FRA) MITSUBISHI 46:25:52 00:00:00
2 305 DE VILLIERS (AFS)
THORNER (SUE) VOLKSWAGEN 46:46:23 00:20:31
3 304 ROMA (ESP)
MAGNE (FRA) MITSUBISHI 47:46:38 01:20:46
4 309 MILLER (USA)
VON ZITZEWITZ (ALL) VOLKSWAGEN 49:25:45 02:59:53
5 314 SCHLESSER (FRA)
BORSOTTO (FRA) SCHLES-FORD-RAID 50:10:45 03:44:53
6 311 SOUSA (POR)
LURQUIN (BEL) NISSAN 51:30:58 05:05:06

7 301 SABY (FRA)
PERIN (FRA) VOLKSWAGEN 54:25:20 07:59:28
8 322 CHICHERIT (FRA)
BAUMEL (FRA) BMW 54:31:02 08:05:10
9 315 MAGNALDI (FRA)
DEBRON (FRA) SCHLES-FORD-RAID 54:38:17 08:12:25 01:00:00
10 307 SAINZ (ESP)
SCHULZ (ALL) VOLKSWAGEN 56:12:55 09:47:03

Enfim..., uma noticia!!!

Peterhansel perde o comando do Lisboa Dakar

Pedroem-me: Yuuupppiiiii, digo eu!!!

PSL

Miguel Barbosa continua em progressão

A adaptação à prova mais dura do Todo-o-terreno tem corrido para Miguel Barbosa de feição. O Campeão Nacional de Todo-o-terreno, decidiu este ano enfrentar pela primeira vez o desafio da prova. E se a entrada a África simbolizou o início de alguns problemas mecânicos, rapidamente o piloto soube fazer-lhes frente e tem vindo dia após dia a progredir, tanto no que respeita à adaptação como nos resultados.

A 11ª Etapa da prova foi disputada no Mali e correu bem a Miguel Barbosa que registou o 22º crono remetendo-o em termos de classificação geral para o 26º posto. Resultado que vem demonstrar uma vez que a aprendizagem tem sido célere e que Barbosa é um piloto de fácil adaptação a condições que desconhece por completo.

À chegada a Kayes, Miguel Barbosa reconhecia as dificuldades da especial mas mostrava-se satisfeito com o seu desempenho: “o percurso era demasiado estreito e sinuoso, o que exigia muita concentração para não cometermos erros”, começou por dizer o Bi-Campeão Nacional.

“Quanto ao carro, temos que continuar a não exigir dele em demasia, pois corremos o risco de termos problemas. Daí, estar a procurar encontrar um equilíbrio entre um ritmo apropriado à especial mas sem levar a máquina aos limites. É algo complicado mas que tem de ser feito de forma precisa para garantirmos chegar a Dakar”, refere Barbosa que continua a salientar que esta edição do Lisboa-Dakar servirá essencialmente como aprendizagem para edições futuras.

“Esta nossa postura tem-se revelado bastante positiva, pois temos dia após dia conseguido terminar as etapas e recolher o máximo de informação possível sobre as características do Dakar”, concluiu o piloto lisboeta que espera amanhã ter mais um dia produtivo.



Fonte: Tudosobrerodas

Decima segunda etapa - classificação motos

ETAPA

1 001 DESPRES (FRA) KTM 04:52:14 00:00:00
2 002 COMA (ESP) KTM 04:53:59 00:01:45
3 009 BLAIS (USA) KTM 04:54:43 00:02:29
4 007 DE AZEVEDO (BRE) KTM 04:55:15 00:03:01
5 042 STREET (USA) KTM 04:58:57 00:06:43
6 055 RODRIGUES (POR) YAMAHA 04:59:49 00:07:35
7 021 VILADOMS (ESP) KTM 05:00:48 00:08:34
8 080 GONCALVES (POR) HONDA 05:04:05 00:11:51
9 034 VINTERS (LET) KTM 05:07:45 00:15:31
10 014 DUCLOS (FRA) KTM 05:14:41 00:22:27

...mais um grande resultado de Helder Rodrigues e Paulo Gonçalves.

Hélder Oliveira, continua na Caravana do Dakar

Depois de duas noites ao relento Helder Oliveira continua na caravana do Euromilhões Lisboa-Dakar'2006, com o seu Nissan Patrol GR da equipa italiana da Promotech, isto depois de ter sido forçado a abandonar a prova após ter gasto mais de 48 horas para cumprir o percurso da 7ª etapa. O piloto, com o seu navegador José Marques, continua agora a rolar com a caravana tendo como objectivo atingir no domingo o Lago Rose, em Dakar, embora à margem da classificação final.

Para Hélder Oliveira "as peripécias vividas, nas 48 horas da etapa que ligou Zouerat a Atar, davam para escrever um livro". "Já tenho ouvido muitas histórias do Dakar, mas agora fui eu que as vivi. Sinto-me naturalmente triste por ter desistido, mas nestes derradeiros dias de prova quero superar isso, aproveitando-os da melhor maneira para que me fiquem de experiência para o ano que vem, até porque não darei a ninguém nenhuma novidade se disser que quero voltar", disse.

"Como piloto privado, estou a aproveitar para ver como aqueles concorrentes que me estão próximos ultrapassam as dificuldades destas etapas da Mauritânia, onde no fundo a prova tem a sua decisão. O facto de continuar ao volante do meu carro de competição, que não tem agora problemas, permite-me circular à vontade e ir mantendo contactos, conhecendo novas equipas, vendo as máquinas e, claro, torcendo pelos pilotos portugueses que se vão aguentando muito bem em prova", acrescentou Hélder Oliveira.

Desportivamente, nos automóveis, Hélder Oliveira considera que os portugueses "estão mais longe dos lugares da frente do que aquilo que se esperava, e até mesmo do que já fizeram em anos anteriores", mas afirma que ainda não conseguiu avaliar a razão para tal realidade. "É uma das coisas que espero vir a descobrir e que, até para o meu futuro, é bastante importante".

Pilotos já estão em Portugal

Pedro Grancha e Vítor Jesus, participantes na 28ª edição do este ano Euromilhões Lisboa Dakar, aos comandos de um Mitsubishi Pajero DiD, regressaram cedo a casa, depois de terem sido forçados a abandonar a prova, ainda antes da entrada na Mauritânia. Um problema na caixa de velocidades, que aconteceu na altura errada, ditou o abandono prematuro.

Com o carro recuperado e na companhia do carro de assistência que os acompanhava nesta prova, regressaram já a Portugal. Para Pedro Grancha "esta desistência foi um enorme balde de água fria. Estava preparado para ter problemas, para sofrer, para passar por dificuldades, mas ter de me vir embora ainda antes de tudo isso, foi muito ingrato. Temos um bom carro, levava comigo um excelente navegador que, com o Carlos Sousa ganhou duas etapas, preparamo-nos em África participando no Rallye de Marrocos e durante uma semana de treinos, ou seja, não era uma estreia planeada em cima do joelho. Creio que, se em desporto automóvel se pode falar em pouca sorte, foi isso que nos aconteceu. Bastava que o problema com a caixa de velocidades tivesse acontecido dentro da especial para, estou convencido disso, ainda hoje estar em prova. Tenho acompanhado a dureza destas últimas etapas da Mauritânia, mas estou certo que, com maior ou menor dificuldade, teríamos sobrevivido. Agora resta-me o consolo de ter trazido de regresso um carro que está excelentemente preparado – ao contrário de outros que tiveram de ser abandonados na pista – e pensar no futuro, nas provas que quero fazer esta temporada e num eventual regresso ao Dakar" explica o piloto português.

11 janeiro 2006

Decima primeira etapa - classificação autos

Etapa

1 305 DE VILLIERS (AFS)
THORNER (SUE) VOLKSWAGEN 03:07:01 00:00:00
2 301 SABY (FRA)
PERIN (FRA) VOLKSWAGEN 03:12:34 00:05:33
3 302 ALPHAND (FRA)
PICARD (FRA) MITSUBISHI 03:13:04 00:06:03
4 307 SAINZ (ESP)
SCHULZ (ALL) VOLKSWAGEN 03:15:34 00:08:33
5 322 CHICHERIT (FRA)
BAUMEL (FRA) BMW 03:16:50 00:09:49
6 311 SOUSA (POR)
LURQUIN (BEL) NISSAN 03:18:20 00:11:19

7 313 COX (AFS)
PITCHFORD (AFS) BMW 03:19:37 00:12:36
8 346 VIGOUROUX (FRA)
WINOCQ (FRA) CHEVROLET 03:22:14 00:15:13
9 309 MILLER (USA)
VON ZITZEWITZ (ALL) VOLKSWAGEN 03:25:03 00:18:02
10 314 SCHLESSER (FRA)
BORSOTTO (FRA) SCHLES-FORD-RAID 03:25:27 00:18:26


GERAL

1 300 PETERHANSEL (FRA)
COTTRET (FRA) MITSUBISHI 41:37:57 00:00:00
2 302 ALPHAND (FRA)
PICARD (FRA) MITSUBISHI 42:03:06 00:25:09
3 305 DE VILLIERS (AFS)
THORNER (SUE) VOLKSWAGEN 42:20:16 00:42:19
4 304 ROMA (ESP)
MAGNE (FRA) MITSUBISHI 43:15:48 01:37:51
5 309 MILLER (USA)
VON ZITZEWITZ (ALL) VOLKSWAGEN 44:56:03 03:18:06
6 314 SCHLESSER (FRA)
BORSOTTO (FRA) SCHLES-FORD-RAID 45:35:51 03:57:54
7 311 SOUSA (POR)
LURQUIN (BEL) NISSAN 46:43:14 05:05:17

8 301 SABY (FRA)
PERIN (FRA) VOLKSWAGEN 49:58:02 08:20:05
9 322 CHICHERIT (FRA)
BAUMEL (FRA) BMW 50:07:20 08:29:23
10 307 SAINZ (ESP)
SCHULZ (ALL) VOLKSWAGEN 51:39:21 10:01:24

Grão a grão..., mais um bom resultado para Sousa, que sobe um lugar na geral a confirmarem-se os problemas da alemã da Volkswagen.

Decima primeira etapa - classificação motos

Etapa

1 014 DUCLOS (FRA) KTM 03:16:40 00:00:00
2 002 COMA (ESP) KTM 03:18:07 00:01:27
3 042 STREET (USA) KTM 03:23:19 00:06:39
4 009 BLAIS (USA) KTM 03:25:04 00:08:24
5 007 DE AZEVEDO (BRE) KTM 03:26:16 00:09:36
6 004 DE GAVARDO (CHI) KTM 03:26:44 00:10:04
7 034 VINTERS (LET) KTM 03:27:24 00:10:44
8 021 VILADOMS (ESP) KTM 03:29:03 00:12:23
9 001 DESPRES (FRA) KTM 03:29:44 00:13:04
10 055 RODRIGUES (POR) YAMAHA 03:30:18 00:13:38
11 160 FARIA (POR) KTM 03:31:00 00:14:20
12 005 ULLEVALSETER (NOR) KTM 03:31:41 00:15:01
13 006 SALA (ITA) KTM 03:32:04 00:15:24
14 080 GONCALVES (POR) HONDA 03:34:44 00:18:04

Excelente prestação dos motard´s Lusos ainda em prova...

GERAL

1 002 COMA (ESP) KTM 42:07:22 00:00:00
2 001 DESPRES (FRA) KTM 42:41:46 00:34:24
3 006 SALA (ITA) KTM 43:14:23 01:07:01
4 005 ULLEVALSETER (NOR) KTM 43:48:38 01:41:16
5 004 DE GAVARDO (CHI) KTM 43:51:14 01:43:52 01:00:00
6 009 BLAIS (USA) KTM 44:13:28 02:06:06
7 014 DUCLOS (FRA) KTM 45:45:15 03:37:53
8 007 DE AZEVEDO (BRE) KTM 46:13:06 04:05:44
9 055 RODRIGUES (POR) YAMAHA 46:14:00 04:06:38
10 008 CASTEU (FRA) KTM 47:07:42 05:00:20
(...)
32 080 GONCALVES (POR) HONDA 56:37:38 14:30:16
(...)
44 160 FARIA (POR) KTM 61:05:52 18:58:30

...ainda assim Hélder perdeu uma posição para o Brasileiro Azevedo, mas continua a ser o primeiro "piano" em prova!

10 janeiro 2006

A etapa de amanhã



Quarta-feira em Bamako
Embora o traçado tenha tentado evitar a reserva de fauna de Badinko e a reserva de biosfera do arco do Baoulé, a caravana progride num cenário sumptuoso, com uma sucessão contínua de florestas e savanas. Como as pistas são estreitas, recomenda-se uma extrema prudência no caso de erro de navegação que implica meia volta.




Reparem na muito longa ligação no final da etapa. Mais de quatrocentos quilómetros entre os quais quase duzentos em pista.
Não devia a organização evitar estas ligações penosas na segunda semana de prova?


Fonte: sitio oficial

PSL

Decima etapa - classificação autos

Etapa

1 307 SAINZ (ESP)
SCHULZ (ALL) VOLKSWAGEN 03:28:34 00:00:00
2 304 ROMA (ESP)
MAGNE (FRA) MITSUBISHI 03:32:42 00:04:08
3 300 PETERHANSEL (FRA)
COTTRET (FRA) MITSUBISHI 03:33:32 00:04:58
4 309 MILLER (USA)
VON ZITZEWITZ (ALL) VOLKSWAGEN 03:35:22 00:06:48
5 303 KLEINSCHMIDT (ALL)
PONS (ITA) VOLKSWAGEN 03:36:40 00:08:06
6 314 SCHLESSER (FRA)
BORSOTTO (FRA) SCHLES-FORD-RAID 03:38:15 00:09:41
7 311 SOUSA (POR)
LURQUIN (BEL) NISSAN 03:39:57 00:11:23

8 305 DE VILLIERS (AFS)
THORNER (SUE) VOLKSWAGEN 03:42:33 00:13:59
9 322 CHICHERIT (FRA)
BAUMEL (FRA) BMW 03:48:29 00:19:55
10 317 GACHE (FRA)
GARCIN (FRA) BUGGY 03:54:20 00:25:46
11 301 SABY (FRA)
PERIN (FRA) VOLKSWAGEN 03:54:27 00:25:53
12 302 ALPHAND (FRA)
PICARD (FRA) MITSUBISHI 04:04:20 00:35:46


GERAL

1 300 PETERHANSEL (FRA)
COTTRET (FRA) MITSUBISHI 38:09:58 00:00:00
2 302 ALPHAND (FRA)
PICARD (FRA) MITSUBISHI 38:50:02 00:40:04
3 305 DE VILLIERS (AFS)
THORNER (SUE) VOLKSWAGEN 39:13:15 01:03:17
4 304 ROMA (ESP)
MAGNE (FRA) MITSUBISHI 39:45:22 01:35:24
5 303 KLEINSCHMIDT (ALL)
PONS (ITA) VOLKSWAGEN 40:09:30 01:59:32
6 309 MILLER (USA)
VON ZITZEWITZ (ALL) VOLKSWAGEN 41:31:00 03:21:02
7 314 SCHLESSER (FRA)
BORSOTTO (FRA) SCHLES-FORD-RAID 42:10:24 04:00:26
8 311 SOUSA (POR)
LURQUIN (BEL) NISSAN 43:24:54 05:14:56
9 301 SABY (FRA)
PERIN (FRA) VOLKSWAGEN 46:45:28 08:35:30
10 322 CHICHERIT (FRA)
BAUMEL (FRA) BMW 46:50:30 08:40:32
11 317 GACHE (FRA)
GARCIN (FRA) BUGGY 48:08:59 09:59:01
12 307 SAINZ (ESP)
SCHULZ (ALL) VOLKSWAGEN 48:23:47 10:13:49

Magnaldi continua parado no inicio da etapa. Hoje à partida Sousa tinha mais duas horas e vinte minutos do que o ex-motard Francês. A confirmarem-se os problemas de Magnaldi, Sousa deverá subir um furo na geral passando para oitavo. Nada mau?
Ainda há muito Dakar pela frente, em especial quinta e sexta feira. Amanhã será mais um dia levezinho onde se espera volte a batalha nas duas rodas.
Queremos Rodrigues ainda melhor classificado à chegada em Dakar!

PSL

D. Helder o príncipe da areias

Num dia marcado pela morte do piloto australiano Andy Caldecott, Hélder Rodrigues, piloto da equipa Bianchi Prata Competições Vodafone/Banco Cetelem, classificou-se no terceiro lugar da nona etapa do Rally Lisboa-Dakar, concentrando sobre si todas as atenções da caravana que, de repente, quis saber quem era aquele português que, de uma assentada, saltara para o lote dos da frente e garantira a melhor posição para a Yamaha nesta edição da prova africana.
No momento do balanço, Hélder Rodrigues não esqueceu o companheiro de jornada, Andy Caldecott, que hoje deixou da forma trágica a caravana do Dakar: "Hoje é um dia triste para todos e, embora tenha feito uma boa etapa, não consigo deixar de pensar na queda do Andy Caldecott e no risco que todos nós corremos. A minha grande preocupação é chegar ao fim sem quedas"
Igualmente preocupado estava o chefe de equipa, Pedro Bianchi Prata, que não escondia a preocupação após as notícias das quedas de hoje, de Caldecott, mas também de Esteve Pujol: "Tenho muita confiança no Hélder e sei que não arrisca nada. Se está a andar na frente é porque se sente confiante para isso. Na entrada de África optámos por andar à defesa e aprender a navegar, de qualquer maneira a nossa profissão é de muito risco, e o que aconteceu hoje é uma tragédia e grande perda para o TT mundial".
"Por tudo isso, queríamos dedicar todo o nosso esforço de estarmos presentes no Lisboa-Dakar á família do Andy Caldecott e desejar também as melhoras rápidas do piloto espanhol e amigo Isidre Esteve Pujol, um dos poucos pilotos que me ajudou na queda em Portalegre deste ano. Por todas estas razões vamos optar por reduzir o ritmo para não arriscar nada até ao final", concluiu Pedro Bianchi Prata.





Mas afinal quem é Hélder Rodrigues?

Idade: 26
Data de Nascimento: 28/02/1979
Naturalidade: Portuguesa
Residência: Rua Prof. Dr. Joaquim Fontes, nº 155 Aruil – 2715 Alm. Bispo
Altura: 1.78
Peso: 78 KG
Site: helderrodrigues.no.sapo.pt

Equipa: Bianchi Prata Competições - Yamaha Vodafone Banco Cetelem Team

Máquina: Categoria Yamaha 450

Patrocinadores: Banco Cetelem ; Red Bull; Yamaha Motor de Portugal; Vodafone

Razões de participação no Dakar: Realização de um objectivo profissional

Objectivos desportivos: Tendo em conta que é a minha primeira participação nesta prova, tenho como objectivo chegar a Dakar com um bom resultado. Ganhar o conhecimento necessário para alcançar futuramente o meu grande objectivo, vencer.

Curriculum do piloto:
Época 2005
- 4º Classificado nos 80º ISDE Eslováquia classe Enduro III
(Os outros campeonatos ainda decorrem)

Época de 2004
- Hexa Campeão Absoluto Nacional de Enduro e classe Enduro I
- 9º Classificado nos 79º ISDE Polónia classe Enduro I
(Medalha de Ouro – melhor representante português)
- 8º Classificado no Mundial de Enduro na classe Enduro I
(Piloto oficial KTM - Integrado na equipa KTM Farioli)

Época de 2003
- Campeão Mundial classe 125c.c. nos 78º ISDE Brasil Enduro I
- Penta Campeão Absoluto Nacional de Enduro e classe 250 c.c.
- 4º Classificado no Mundial de Enduro 250 c.c.
(Piloto oficial KTM - Integrado na equipa KTM Farioli)

Época de 2002
- Campeão Absoluto Nacional de Enduro e classe 250 c.c
- 4º Classificado no Mundial de Enduro 250 c.c. (melhor piloto privado)
- 7º Classificado no Mundial de Enduro Geral (melhor piloto privado)
- Vice do Mundo por equipas integrado na Selecção Nacional de Enduro – ISDE.
(melhor representante português).

Época de 2001
- Campeão Absoluto Nacional de Enduro e classe 125 c.c.
- 7º Classificado no Mundial de Enduro 125c.c.
- Vencedor absoluto da baja Telecel 2001
- Vencedor do prólogo de Baja Portalegre 500

Época de 2000
- Campeão Absoluto Nacional de Enduro e classe 125 c.c.
(1º piloto a vencer a geral com uma 125c.c. em Portugal)
- Campeão Mundial Júnior 125 c.c.
(1º português a vencer um campeonato do Mundo de Motociclismo)
- Vencedor absoluto da baja Telecel 2000
- Vencedor do prólogo de Baja Portalegre 500
(liderava a prova, abandonou por queda)

Época de 1999
- Campeão Absoluto Nacional de Enduro e classe 250 c.c.
- Vice Campeão Europeu de Enduro classe 250c.c. Sénior
- Medalha de ouro nos ISDE - 3º classificado na classe 125c.c.
(1º da classificação geral na categoria júnior – 15º na classificação geral)
- Vencedor do prólogo da Baja Portalegre 500

Época de 1998
- 4º Classificado no Nacional de Enduro (faltou a 2 provas)
- 3º Classificado no Mundial de Enduro Júnior Cup FIM
- 26º nos ISDE – Austrália na classe 250c.c.
(1º português que na sua participação, recebeu a tão desejada medalha de ouro)

Época de 1997
- 1º Classificado no Enduro da Lousã
- 2º Classificado no Enduro de Reguengos

Época de 1996
- 6º Classificado no Campeonato Nacional de 125 SUB’18 de MotoCross
(O piloto efectuou apenas 3 provas deste campeonato devido a lesão)

Época de 1995
- 1º Classificado no Campeonato Regional de MotoCross
- 3º Classificado no Campeonato Nacional de 125 SUB’18 de MotoCross

Época de 1994
- 2º Classificado no Campeonato Regional de MotoCross
(primeiro ano de competição.


Fonte:informação da equipa, infodesporto e TudoSobreRodas

Elisabete obrigada a desistir

São muitos os concorrentes que ainda se encontram dentro do percurso da etapa de ontem entre Nouakchott e Kiffa. Para além dos três motards, chegaram ao longo da noite e madrugada mais nove concorrentes portugueses. De fora está já Elisabete Jacinto com a ponte dianteira do seu Kerax partida.

De acordo com a organização e num balanço feito esta madrugada das 132 motos que partiram 100 tinham completado a especial – que tinha posteriormente uma ligação com 245 quilómetros – e que por isso apenas 93 motards tinham chegado ao bivouac. Dos carros 78 dos que 114 partiram chegaram ao fim da especial e 57 já estavam em Kiffa. Por fim dos camiões apenas 27 terminaram a especial.

Elisabete Jacinto estava a oitenta quilómetros do fim da especial depois de ter sido 13ª entre os camiões em CP3 quando a ponte dianteira do seu Renault Kerax cedeu inviabilizando qualquer tentativa de continuar na corrida. Dentro do troço estava também Luís Costa vítima de acidente aos comandos do seu Toyota Land Cruiser. Em principio todos os restantes pilotos portugueses estarão à partida da 10ª etapa que entretanto foi anulada para as motos.


Fonte: infodesporto

A noite mais longa...

Às 22h de ontem, muitos concorrentes faltam à chamada: apenas chegaram 45 das 132 motos, 16 dos 114 carros, e 2 dos 52 camiões, que tinham partido para a etapa. Entre os concorrentes em falta está Ronn Bailey que foi localizado fora do percurso da especial, a 30 km da estrada de asfalto que vai para Kiffa.

Carlos Sainz: Ao comando quando passou no CP3, o espanhol teve problemas mais à frente: “O motor fazia um barulho muito esquisito, e preferi parar. Mas estava a 15 km da linha de chegada! Tive que esperar e fui rebocado pelo Race Touareg de Stéphane Henrard. São assim, as corridas…Agora, se conseguir acabar e se ganhar mais uma etapa, já terá valido a pena.”

De madrugada, 0h00 – Balanço médico.
O ambiente está sombrio na tenda da assistência médica: “não foi um dia duro mas sim um dia feio”, explica um dos membros do serviço, que pensa num concorrente que ficou parado no deserto com um traumatismo craniano. Por outro lado, Isidre Esteve Pujol, que sofreu uma tremenda queda na véspera, foi levado para o hospital de Nouakchott, onde foi operado devido a uma ruptura do baço e um traumatismo craniano. Isidre Esteve entrou na sala de operações às 21h00 e saiu às 23h00. A intervenção cirúrgica correu bem.


Fonte: www.dakar.com

Novidades da frente da batalha

O rali deixa hoje a Mauritânia para entrar no Mali. A mudança de país será acompanhada de uma transformação brutal nos terrenos. Acabaram-se os cordões de dunas, as passagens e as grandes dificuldades de navegação.

Mas a entrada na África negra não se fará com o entusiasmo habitual uma vez que a caravana foi seriamente atingida pela morte de Andy Caldecott. O percurso entre Kiffa e Kayes será, de uma ponta a outra e para os motards, um percurso de ligação.
A organização do Dakar, as equipas, os pilotos e a direcção da corrida decidiram, de comum acordo, neutralizar a etapa em homenagem a Andy Caldecott.
Os concorrentes participarão num briefing no acampamento de Kiffa às 7h30. As partidas vão ser dadas a partir das 8h30, pela ordem da classificação da especial de ontem. O tempo máximo permitido para correr os 333 Km é de 10 horas. A corrida de carros, em contrapartida, continuará a ser cronometrada.


fonte: dakar.com

09 janeiro 2006

Hoje este blogue para por aqui!!!


Andy Caldecott, a suamulher Tracy e a filha de ambos Caitlin.


Sempre expeditos quando a mensagem é de desgraça, sempre desatentos quando a noticia é de alegria. É assim a comunicação social generalista em Portugal

Noticia do Publico

Rali Dakar: morreu o motard Andy Caldecott

O motard australiano Andy Caldecott morreu hoje na sequência de uma queda ao quilómetro 250 da 9ª etapa do Rali Lisboa-Dakar, entre Nouakchott e Kiffa, na Mauritânia.

Caldecott, 41 anos, é o 23º concorrente ou elemento da caravana a morrer desde a primeira edição do Rali Dakar, há 28 anos


...depois de Saint, há dois anos, depois de Meoni o ano passado..., depois de tantos outros, noutros anos.
Nada mais interessa!!!

Muito em breve...

...teremos as motos em CP3. Aparentemente Rodrigues segue em terceiro.
Os melhores autos ainda estão a cerca de 80 quilometros de CP3, mas sousa segue com os da frente.

PSL

E a nossa Madalena???

Afinal o que aconteceu a Madalena Antas que estava a fazer uma prova bem acima das melhores expectativas.

Madalena Antas e Jean Michel Polato não partiram de Atar rumo a Nouachott, já que não foi possível colocar em marcha o motor da Nissan PickUp Navara, afectado desde a etapa anterior, aparentemente por problemas electrónicos.

Foi a grande decepção para a equipa, que vinha a fazer até esta altura uma prova sem erros, poupando ao máximo a mecânica e ultrapassando sem problemas, todas as ratoeiras do percurso... isto apesar de terem percorrido cerca de 1800 Km sem direcção assistida...




”Estou realmente decepcionada e muito triste por não poder continuar... Estava bastante motivada pois tínhamos conseguido uma nova bomba da direcção assistida e o problema estaria assim resolvido... Foram quilómetros muito difíceis em que me empenhei a fundo para ultrapassar tudo com grande esforço, sempre ajudada pelo Jean Michel, que esteve impecável na navegação. Mas ontem o motor “calou-se” e tudo acabou... Nunca nos perdemos ou atascámos e só tivemos um furo durante todas estas etapas... É um final inglório, até porque pode ser um problema simples, que rapidamente se poderá resolver. A electrónica é assim mesmo... imprevisível...”

Madalena Antas fica assim a poucos quilómetros do dia de descanso em Nouachott, com o sentimento de que nada podia fazer para evitar a desistência, mas também sabendo que nada fez para que a mesma acontecesse, já que cumpriu todas as indicações da equipa e trouxe sempre a Nissan impecável de volta ao “bivouac”:

”Olhando para o parque de assistências, verificamos que o nosso carro era dos únicos a aparentar estar impecável. Não aconteceu nada de anormal na corrida, à parte os problemas de direcção assistida e este agora, que não nos permite continuar. Fica-nos a experiência de algumas etapas cumpridas com vontade e determinação e um enorme desejo de voltar... para ir até Dakar.”

Outros abandonos na comitiva Lusa

Dois dos pilotos portugueses com mais participações no Dakar anunciaram as suas desistências da edição de 2006 durante o dia de descanso. Os problemas mecânicos nos respectivos carros não permitiram a Paulo Marques e a Bernardo Villar prolongarem as suas aventuras africanas.

O abandono de Paulo Marques vem na sequência dos problemas no diferencial traseiro do seu Mitsubishi Proto, detectados durante a sétima etapa. Na oitava ronda, o piloto luso foi obrigado a fazer o percurso pelas vias de assistência, acabando por ser excluído pela organização da prova. «A ideia era chegar a Nouakchot e arranjar o carro para continuar a prova independentemente das penalizações. Mas a verdade é que hoje de manhã a Direcção de Prova acabou por aplicar à letra o regulamento e excluiu-me por na Etapa de ontem não ter passado nos CP's», lamentou o famalicense.

Por seu lado, Bernardo Villar acabou por se retirar da corrida em virtude das falhas irreversíveis do motor da sua Nissan Patrol GR. O piloto do Team Brisa/Cetelem estava desiludido com este desfecho. «Estou muito triste, não só por mim e pelo Lucas, mas também pelos meus patrocinadores. Mas no próximo ano cá estaremos de volta», prometeu o piloto que ocupava a 33ª posição entre 110 concorrentes.




Neste fim-de-semana, já Madalena Antas e Hélder Oliveira haviam colocado um ponto final nas respectivas aventuras, alargando o lote de baixas.


Fonte: autohoje

Entretanto...

...neste momento Despres e Coma rodam na frente e juntos cerca do quilometro 400 da especial, ou seja "só faltam" mais duzentos para terminar a etapa. Rodrigues segue um pouco atras, mas ainda no pó dos lideres. Pujol já está cerca de quarenta quilómetros para traz e junto dele tem entre outros, Ruben Faria.

PSL

E nos autos...

A alemã Jutta Kleinschmidt conseguiu, no km 205, o 3º lugar da classificação provisória , com 6’12’’ de atraso de Stéphane Peterhansel. O seu colega de equipa, Giniel de Villiers, que tinha apenas uma atraso de 3’21’’ no CP1, passou 20’07 depois de Peterhansel no CP2.

Já um pouco mais a frente..., Sousa parece estar a fazser uma boa etapa sempre a rodar entre os da frente e para já ganhando inclusivê algum tempo a "Nani" Roma

Na etapa de hoje...

Helder Rodrigues em 3º no CP2.
No km205, Marc Coma continua a registar o melhor tempo intermédio, com apenas menos 17’’ que Cyril Despres. O português Helder Rodrigues, que se classificou em 4º lugar nas duas primeiras etapas do Dakar, mantém-se ao ritmo dos profissionais e regista o terceiro tempo, a 5’04 de Coma.

Para hoje...

...Etapa 9: Nouakchott > Kiffa

A última etapa na Mauritânia é a mais longa do rali. Nos cerca de 600 quilómetros, os concorrentes atravessarão longos cordões de dunas. No meio destas passagens, vão surgir alguns troços mais rápidos que permitirão aos pilotos recuperar algum tempo. O pior é que estas pistas rápidas são, também, pedregosas.

Depois da confusão na etapa Atar-Nouakchott, haverá muitos candidatos à vitória da etapa dentro da equipa da Volkswagen, a começar por Carlos Sainz e Bruno Saby, que perderam qualquer hipótese de brilhar na classificação geral. O terreno deverá ser favorável aos Race Touareg II mas os Mitsubishi de Luc Alphand e Stéphane Peterhansel, que iniciaram um duelo na escuderia japonesa, não lhes vão dar um minuto… perdão, um segundo de sossego.

Nas motos, a partida foi, mais uma vez, dada pela ordem inversa da classificação da última especial. Assim, e contrariamente àquilo que é hábito, o vencedor da última etapa, David Casteu, será o último a sair para a especial.


Quanto a ontem...

...Vários pilotos sofreram uma penalização de duas horas por terem falhado um Way Point oculto (WPO) durante a etapa 8. Depois da aplicação das penalizações, a hierarquia do rali ficou sensivelmente alterada, sobretudo no comando da prova. Entre os 10 melhores motards que foram penalizados estão: Jean de Azevedo, Andy Caldecott, Michel Gau e David Frétigné. Carlo de Gavardo foi, por sua vez, penalizado em uma hora devido a excesso de velocidade e perde, assim, o seu lugar no pódio provisório. Neste momento ele está em 5º lugar da classificação geral, a 1h11’49’’ de Coma

Fonte: dakar.com

Balanço dos Portugueses em Nouakchott

Onze baixas, Sousa e Rodrigues na mó de cima
Completado o dia de descanso, um primeiro balanço da participação portuguesa dá conta de 11 baixas entre os 27 que partiram de Lisboa. Helder Rodrigues nas motos, Carlos Sousa nos automóveis e Elisabete Jacinto nos camiões, lideram a participação lusa em cada uma das categorias.
Nas motos o primeiro a ceder foi o único piloto de Quad, António Ventura, para, já na segunda etapa da Mauritânia, outros três terem ficado de foram. Rodrigo Amaral, até aí o líder nas duas rodas, devido a uma queda, e os algarvios da equipa Só Paramos em Dakar que infelizmente, e por motivos técnicos, não cumpriram a promessa.

Desportivamente, se as etapas portuguesas colocaram os portugueses a brilhar, tal como se previa, o certo é que a grande surpresa tem vindo do deserto onde a adaptação de cada um deles está a ser excelente com particular destaque para o sobredotado Helder Rodrigues que não mostra dificuldades em acompanhar o ritmo dos da frente apenas lhe faltando a natural experiência onde a navegação é uma peça chave. O certo é que temos pilotos – Helder Rodrigues, Paulo Gonçalves e Ruben Faria - para os próximos anos, assim eles queiram e os patrocinadores os apoiem.

Autos – Muito abaixo das expectativasMuito mais difícil está a ser a competição auto onde a generalidade dos portugueses tem tido uma participação modesta, mesmo tendo em conta a sua inexperiência. Com máquinas do que há de melhor ao nível dos 4x4 tradicionais os portugueses não conseguem nem bons resultados nem encontrar ritmos regulares que lhe permitam ir subindo aos poucos na classificação.

Algumas excepções poderão todavia ser encontradas e devem ser mencionadas:

-Luís Costa, com um andamento ao nível dos carros de Produção do qual o seu Toyota Land Cruiser é próximo, embora inscrito em T1;
-Ricardo Leal dos Santos, com uma soberba prova apesar de ir sozinho;
-Lino Carapeta que chegou a rolar em terceiro dos portugueses apesar de na derradeira etapa também já ter feito asneira.

As baixas nas quatro rodas são já sete. Começaram em Pedro Grancha e prosseguiram com Rui Benedi, Francisco Inocêncio, Helder Oliveira, Madalena Antas, Paulo Marques e Bernardo Vilar. Destes o único acidentado foi Francisco Inocêncio quando era o segundo entre os portugueses. Dos outros apenas Helder Oliveira não desistiu por problemas mecânicos mas sim por um atraso irremediável da “famosa” 7ª etapa, que amputou grande parte da caravana. Surpreendente é todavia a continuação em prova dos modestos Land Rover de três equipas nacionais que muitos prognosticavam um regresso muito antecipado a casa.

Sousa já rola próximo dos seus objectivos
Desportivamente Carlos Sousa é claramente o melhor piloto luso, ocupando já um lugar no Top 10. Depois de um início claramente marcado por uma temporada fora das competições, tanto da sua parte, como da parte da máquina que a Nismo lhe alugou, a regularidade que caracteriza o piloto luso está a vir ao de cima e só os Buggy Schlesser lhes estragam, por ora, os seus objectivos desportivos de ficar apenas atrás de pilotos das equipas oficiais. O campeão nacional Miguel Barbosa, depois de um início de prova menos feliz, é agora o segundo melhor da caravana lusa.

Elisabete entre o bom e o medíocre
Entre os camiões, Elisabete esteve muito bem em Marrocos e na primeira etapa da Mauritânia, mas nas duas etapas de areia baqueou. Se na derradeira etapa foi um problema mecânico que a atrasou, já na etapa da areia, caiu como muitos outros nas diversas armadilhas das dunas e perdeu o excelente ritmo que até então caracterizara a sua prova. Todavia ter já conseguido fazer três resultados no Top20 das etapas, denota uma significativa melhoria em relação ao ano transacto.


Fonte: infodesporto

07 janeiro 2006

Oitava etapa

À atenção da Yamaha Motor France: Grande, enorme, fantástico resultado o de hoje para o motrad Luso Helder Rodrigues. Sétimo lugar numa etapa dificílima, após um dia diabólico como o de ontem. O único "piano" no Top Tem da geral e a "dar" muitos minutos a grandes consagrados.


Motos - etapa

1 008 CASTEU (FRA) KTM 05:55:55 00:00:00
2 009 BLAIS (USA) KTM 05:58:08 00:02:13
3 001 DESPRES (FRA) KTM 05:58:12 00:02:17
4 003 ESTEVE PUJOL (ESP) KTM 06:02:53 00:06:58
5 002 COMA (ESP) KTM 06:03:57 00:08:02
6 010 CALDECOTT (AUS) KTM 06:04:42 00:08:47
7 055 RODRIGUES (POR) YAMAHA 06:05:46 00:09:51
8 034 VINTERS (LET) KTM 06:07:19 00:11:24
9 021 VILADOMS (ESP) KTM 06:08:11 00:12:16
10 007 DE AZEVEDO (BRE) KTM 06:09:47 00:13:52

...geral

1 002 COMA (ESP) KTM 30:49:20 00:00:00
2 003 ESTEVE PUJOL (ESP) KTM 30:55:43 00:06:23
3 004 DE GAVARDO (CHI) KTM 31:01:09 00:11:49
4 001 DESPRES (FRA) KTM 31:16:14 00:26:54
5 006 SALA (ITA) KTM 31:33:48 00:44:28
6 010 CALDECOTT (AUS) KTM 31:36:49 00:47:29 02:00
7 005 ULLEVALSETER (NOR) KTM 32:01:33 01:12:13
8 008 CASTEU (FRA) KTM 32:10:36 01:21:16
9 007 DE AZEVEDO (BRE) KTM 32:17:27 01:28:07
10 009 BLAIS (USA) KTM 32:17:56 01:28:36
11 014 DUCLOS (FRA) KTM 33:32:18 02:42:58
12 011 GAU (FRA) KTM 33:50:01 03:00:41
13 019 CZACHOR (POL) KTM 34:14:30 03:25:10
14 085 BETHYS (FRA) HONDA 34:38:15 03:48:55
15 055 RODRIGUES (POR) YAMAHA 34:40:54 03:51:34

é decimo quinto e o segundo melhor "piano".

Quanto aos autos Magnaldi - no momento em que escrevo - parece ter ganho uma especial de novo dominada pelos carros Japoneses da Mitsubishi


Tal como a corrida este blogue tambem vai ter o seu dia de repouso, até segunda.

Ainda quanto ao dia de ontem...

...escreve-se no infodesporto.pt:

Pelas 19 horas, com a noite a cair, apenas 23 carros e 5 camiões tinham terminado a especial. Dos portugueses a lista de chegadas apenas registava o nome de Carlos Sousa.

Pela noite dentro foram chegando Bernardo Vilar, Miguel Barbosa, um surpreendente Lino Carapeta, Luís Costa, Pedro Gameiro, Nuno Inocêncio, Ricardo Leal do Santos e Elisabete Jacinto. Os restantes só mais pela madrugada terminaram a etapa, em alguns casos rebocados. Se partirão esta manhã só mais tarde se saberá. As histórias, essas, eram muitas.

Dos primeiros a chegar registámos as suas declarações:

10º Carlos Sousa
"Estou satisfeito pelo excelente trabalho do Jean-Marie Lurquin, que nos permitiu um andamento sempre constante nas dunas. Foi um dia muito complicado para os navegadores, que estavam muito limitados no GPS e tiveram de navegar à maneira antiga. Para nós esta etapa correu muito bem, passámos as dunas maiores todas sem problemas, até perto do fim da etapa. Quando estávamos a 50 quilómetros da chegada, reparei que o motor estava a aquecer um pouco e seria melhor parar uns minutos, aproveitando para rever a pressão dos pneus. Feita a operação, tinha uma pequena duna à minha frente, pelo que resolvi fazer marcha a trás. Para nosso azar ao descair, fiquei atolado. Ao sair do carro vi que o eixo traseiro estava pendurado num monte de erva chameaux. Foi um sarilho para sair dali, perdemos cerca de uma hora".

35º Miguel Barbosa
"Uma etapa que exigia bastante no que respeita à navegação, mas que o Miguel Ramalho sob fazer frente da melhor forma. Só nos perdemos no início, mas foi mal geral. De resto o Miguel esteve sempre muito bem. Era uma etapa que exigia demasiada concentração da parte do navegador e ele soube gerir o seu trabalho da melhor forma. Acho que a etapa até correu bem apesar de ter tido alguns pequenos problemas, nomeadamente com a embraiagem a patinar, que nos fez controlar um pouco o andamento pois estávamos cientes que tínhamos muita areia pela frente. Mais tarde, quando ainda faltavam 60 quilómetros para o final, e já de noite, ficámos sem um dos faróis da frente numa duna. Fizemos o resto da etapa às escuras, mas de resto tudo correu bem e conseguimos chegar ao final".

36º Bernardo Vilar
"A etapa de hoje foi extremamente complicada a todos os níveis. Foi de facto uma especial para “homens de barba rija”, valendo-nos nesta circunstância a experiência acumulada em participações anteriores e, neste particular, a ajuda do Lucas foi determinante. Infelizmente, atascámos duas vezes, onde perdemos em ambos os casos cerca de 40 minutos, o que de certa forma justifica a que tenhamos de efectuar a derradeira fase da prova já de noite. De qualquer das formas, estamos muito satisfeitos por termos chegado ao final e, obviamente, ansiosos para a etapa de amanhã e que tem a particularidade de ser a que determina a última antes do descanso".

59º Lino Carapeta
"Esta foi de facto uma etapa durinha, mas que mesmo assim ultrapassámos sem grande dificuldade. "Atascamos" umas quatro vezes mas o nosso Bowler é um carro bastante fácil de retirar mesmo das situações mais complicadas. Mantemos o nosso ritmo e está a dar frutos. Ser a quarta equipa nacional é muitíssimo bom até porque à nossa frente estão pilotos com um elevado currículo, seja no Dakar ou em competições de todo--o-terreno o que não é o nosso caso. Todavia estou certo que ao escolhermos o Bowler para esta nossa estreia optámos pelo melhor compromisso e basta ver que são muitos os carros iguais ao nosso que já terminaram hoje a etapa. Pela nossa parte delineámos uma estratégia que temos vindo a seguir à risca e o que posso dizer é que já foram disputadas sete etapas e não registamos o menor problema no carro".

69º Luís Costa
"Foram mais de 12 horas de condução em situações extremas. Cordões de dunas a perder de vista e uma navegação deveras difícil. Foi muito, muito duro. Demasiado duro! Partimos com vontade de ser regulares, sem extravagâncias. Um pequeno erro de navegação, logo ao Km 20, não chegou para nos afastar do percurso, mas o pior foi que, logo depois, o Land Cruiser ficou sem embraiagem. A partir daí, tivemos de fazer uma gestão diferente nas dunas, porque não podíamos parar. Fomos obrigados a escolher os sítios de passagem mais adequados. Deparámos com cordões de dunas desesperantes".

06 janeiro 2006

Sousa reentra no top10...

...ao ganhar três posições a Miller, Saby e Cox. Ainda assim foi uma boa etapa para o piloto de Almada.

Ai a minha vida...

Sousa parece ter estado muito tempo parado a cerca de 80 quilometrosdo do final da especial. O resto dos Tugas vão se espalhando pela especial com os pilotos das KTM do team Algravio (Ruben e companhia) a rodarem atraz de Jacinto.
Noite longa...

Setima etapa - classificação autos

ETAPA

1 300 PETERHANSEL (FRA)
COTTRET (FRA) MITSUBISHI 05:52:18 00:00:00
2 302 ALPHAND (FRA)
PICARD (FRA) MITSUBISHI 05:56:41 00:04:23
3 303 KLEINSCHMIDT (ALL)
PONS (ITA) VOLKSWAGEN 06:04:07 00:11:49
4 305 DE VILLIERS (AFS)
THORNER (SUE) VOLKSWAGEN 06:08:47 00:16:29
5 307 SAINZ (ESP)
SCHULZ (ALL) VOLKSWAGEN 06:27:02 00:34:44

GERAL

1 302 ALPHAND (FRA)
PICARD (FRA) MITSUBISHI 22:32:41 00:00:00
2 300 PETERHANSEL (FRA)
COTTRET (FRA) MITSUBISHI 22:35:53 00:03:12
3 303 KLEINSCHMIDT (ALL)
PONS (ITA) VOLKSWAGEN 22:38:39 00:05:58
4 305 DE VILLIERS (AFS)
THORNER (SUE) VOLKSWAGEN 22:42:45 00:10:04
5 307 SAINZ (ESP)
SCHULZ (ALL) VOLKSWAGEN 23:01:22 00:28:41

Vamos ter de esperar cerca de uma hora por Sousa. O que não significa que esteja a fazer uma má etapa, bem pelo contrario. Neste momento roda junto dos buggy de Scheleser e Magnaldi e poderá pular uns furos na geral. Aguardemos.

Também Elizabete parece estar a fazer uma excelente etapa, embora ainda esteja entre CP1 e CP2 sensivelmente a meio da etapa!

PSL

Mitsubishi saltam para o comando da geral

Pormenores já a seguir.

PSL

Setima etapa - classificação motos

ETAPA

1 004 DE GAVARDO (CHI) KTM 06:28:11 00:00:00
2 002 COMA (ESP) KTM 06:29:38 00:01:27
3 006 SALA (ITA) KTM 06:30:11 00:02:00
4 003 ESTEVE PUJOL (ESP) KTM 06:32:40 00:04:29
5 005 ULLEVALSETER (NOR) KTM 06:42:07 00:13:56
6 007 DE AZEVEDO (BRE) KTM 06:45:23 00:17:12
7 010 CALDECOTT (AUS) KTM 06:48:39 00:20:28
8 012 FRETIGNE (FRA) YAMAHA 06:51:23 00:23:12
9 001 DESPRES (FRA) KTM 06:58:34 00:30:23
10 085 BETHYS (FRA) HONDA 07:00:40 00:32:29
11 008 CASTEU (FRA) KTM 07:00:45 00:32:34
12 009 BLAIS (USA) KTM 07:01:52 00:33:41
13 097 FARRES GUELL (ESP) YAMAHA 07:02:48 00:34:37
14 019 CZACHOR (POL) KTM 07:04:40 00:36:29
15 060 KATRINAK (SLQ) KTM 07:04:49 00:36:38
16 055 RODRIGUES (POR) YAMAHA 07:05:41 00:37:30
17 034 VINTERS (LET) KTM 07:08:31 00:40:20
18 058 KNUIMAN (HOL) YAMAHA 07:08:40 00:40:29
19 016 STANOVNIK (SLO) KTM 07:08:58 00:40:47
20 042 STREET (USA) KTM 07:14:56 00:46:45

Helder Rodrigues brilha nas areias da Mauritânia. Após mais de sete duríssimas horas de exigente condução Rodrigues marca mais um excelente resultado para as cores Lusas. O jovem motard Português deve ter aprendido mais sobre o Dakar hoje do que durante as outras seis etapas. Bravo!!!

GERAL

1 002 COMA (ESP) KTM 24:45:23 00:00:00
2 004 DE GAVARDO (CHI) KTM 24:49:53 00:04:30
3 003 ESTEVE PUJOL (ESP) KTM 24:52:50 00:07:27
4 001 DESPRES (FRA) KTM 25:18:02 00:32:39
5 006 SALA (ITA) KTM 25:23:46 00:38:23
6 010 CALDECOTT (AUS) KTM 25:32:07 00:46:44 02:00
7 005 ULLEVALSETER (NOR) KTM 25:40:00 00:54:37
8 012 FRETIGNE (FRA) YAMAHA 25:41:36 00:56:13
9 007 DE AZEVEDO (BRE) KTM 26:07:40 01:22:17
10 008 CASTEU (FRA) KTM 26:14:41 01:29:18
11 060 KATRINAK (SLQ) KTM 26:17:54 01:32:31
12 009 BLAIS (USA) KTM 26:19:48 01:34:25
13 097 FARRES GUELL (ESP) YAMAHA 27:15:14 02:29:51 30:00
14 019 CZACHOR (POL) KTM 27:20:12 02:34:49
15 042 STREET (USA) KTM 28:13:06 03:27:43
16 016 STANOVNIK (SLO) KTM 28:13:28 03:28:05
17 058 KNUIMAN (HOL) YAMAHA 28:14:23 03:29:00
18 085 BETHYS (FRA) HONDA 28:25:56 03:40:33
19 055 RODRIGUES (POR) YAMAHA 28:35:08 03:49:45
20 034 VINTERS (LET) KTM 29:08:08 04:22:45

Neste momento...

... os primeiros pilotos das motas estão a cerca de 70 quilómetros do final da etapa e os primeiros auto´s a pouco mias de 100 quilómetros para o final da etapa. Aparentemente Sousa está a recuperar bem do tempo perdido no inicio da etapa quando juntamente com outros pilotos fez más escolhas de percurso leia-se escolheu uma pista errada. Hoje a Mitsubishi parece enfim querer tomar a liderança e Sousa poderá, pelo menos, não perder mais posições.
Nos camiões enquanto Tchaguine já passou CP1 há algum tempo, Jacinto ainda está longe deste, a quase cento e cinquenta quilómetros do líder dos monstros das areias.
Teremos de esperar pelo menos mais uma hora pelos primeiros resultados.

PSL

Ohhhh dia aziago

Noticia do jornal desportivo A Bola
Rodrigo Amaral abandona o Lisboa-Dakar!!!

Rodrigo Amaral sofreu uma queda violenta, mas sem qualquer gravidade física para o motard português que foi imediatamente levado de helicóptero para o hospital apenas para excluir qualquer fractura consequente da queda.
Rodrigo Amaral estava triste por ter de abandonar o Lisboa-Dakar2006, mas o seu estado de saúde não carecia de cuidados especiais, ressaltando apenas algumas escoriações.

Ruben Faria está com sérios problemas, partiu a embraiagem, mas foi apoiado por vários pilotos portugueses que o vão ajudar a levar a moto até ao final da etapa.

Entretanto...

Despres na especial.
O titular do título, que não tinha a certeza de participar na especial do dia, decidiu finalmente sair da linha de partida, esta manhã, entre os últimos pilotos. Neste momento ele está a rodar com os habituais líderes da classificação geral, Coma, Esteve e Gavardo. Os pilotos oficiais já ultrapassaram o pelotão dos motards amadores, e são os concorrentes David Casteu e Jean de Azevedo, acompanhados de Janis Vinters, que estão a abrir a pista.

Schlesser e Villiers numa falsa pista.
Vários pilotos do comando cometeram um erro de navegação cerca do km100 e estão a correr numa direcção errada. Schlesser e Villiers são os que estão mais afastados, mas Al Attiyah, Henrard, Mitsuhashi, Sousa, Servia e Gache estão também a seguir a pista errada. Apenas Thierry Magnaldi e Stéphane Peterhansel encontraram a passagem correcta.

Gavardo é o mais rápido no CP1.
Enquanto no comando da prova os motards começam a agrupar-se, é o chileno Carlo de Gavardo que regista o melhor tempo intermédio depois de 209 km de percurso. Gavardo tem uma vantagem de 56’’ sobre Coma, e de 1’30 e 6’19 em relação a Sala e Ullevalseter, respectivamente. Cyril Despres que parece ter diminuído o seu ritmo, surge 20’ depois de Gavardo. No comando da corrida estão David Frétigné e Marc Coma, rodeados de outros motards como David Casteu e Thierry Bethys. Marc Coma parece ser o mais empreendedor do grupo.

Todos a caminho do CP1
Todas as equipas que tinham seguido uma pista errada estão de novo a correr na direcção correcta. Stéphane Peterhansel e Luc Alphand são os mais avançados no caminho para o CP1. Schlesser, Magnaldi e Chicherit correm praticamente juntos alguns quilómetros atrás.

Neste momento...
...as primeiras motos ainda vão a cerca de metade da especial de hoje, o que significa que hoje os resultados vão aparecer aqui bastante mais tarde. Com sorte pelas 15h. de Lisboa saberemos quem ganhou nas motas e ainda teremos de esperar bastante para saber o resultado dos auto. A ver vamos.

Mais baixas na comitiva Lusa

Benedi e Inocêncio de fora
Ao contrário do que tinha sido anteriormente dado como uma possibilidade não se confirmou e Paulo Gonçalves está em prova sendo inclusivamente o segundo mais rápido entre os portugueses. Entretanto registam-se mais duas baixas entre a comitiva lusa com os abandonos de Rui Benedi e Francisco Inocêncio.


Fonte: infodesporto.pt

Chegou a hora da verdade neste Lisboa-Dakar

Considere a média horária de ontem e divida-a por dois. Esse valor será mais ou menos o ritmo ao qual os pilotos irão correr durante todo este dia. A especial toca os 500 km mas é sobretudo a presença de três troços muito técnicos o que vai impor uma cadência mínima e mesmo longas pausas involuntárias. Nestas três passagens, de mais de 80 km cada uma, e na qual se inclui o famoso erg El Beyyed, os concorrentes terão que se defender das armadilhas da areia escorregadia e de um terreno variado. As pás e as placas para desatolar os carros da areia vão entrar em cena e as dificuldades não ficarão por aqui. Em muitas ocasiões, as passagens mais difíceis de descobrir farão perder tempo aos menos atentos e aos mais impacientes.

Para os motards, as partidas serão dadas pela ordem inversa à de ontem. Para reverter as tácticas utilizadas e baralhar a hierarquia actual. Cyril Despres, que pensará sobretudo em proteger o seu ombro magoado, deixará aos outros o cuidado de ultrapassar a fila dos amadores. David Frétigné, adepto dos percursos técnicos poderia, por sua vez, assumir esta responsabilidade e correr para a vitória de etapa. Na categoria de automóveis, é hoje que os Race Touareg II de Volkswagen e os buggys Schlesser farão um teste decisivo sobre o seu comportamento na areia. Ou seja, é o momento que os Mistsubishi esperam há tanto tempo.


FONTE: www.dakar.com

05 janeiro 2006

Jacinto é decima sexta na etapa...

...e se não fosse a penalização de cinco horas ainda em Portugal já estaria junto do top 15.

Grancha e Ventura as primeiras baixas portuguesas

Pedro Grancha e António Ventura são as primeiras baixas portuguesas neste Lisboa Dakar 2006. Se o piloto do Quad já não chegou a partir para a 6ª etapa para Pedro Grancha foram os regulamentos que o impediram de continuar quando chegou à fronteira com a Mauritânia.




De facto o piloto que fazia equipa com Vítor Jesus aos comandos de um Mitsubishi Pajero teve de parar a meio da extensa ligação que esta manhã era necessário efectuar antes de partir para a especial com um problema na caixa de velocidades. Detectado o problema a equipa tratou de desmontar a caixa e esperar pela chegada do camião de assistência que, assim que chegou, lhe montou uma nova. O problema foi que o atraso impediu que a equipa estivesse à partida dentro do limite de uma hora de atraso que o regulamento exige. Ou seja se o problema tivesse acontecido dentro do troço o dano limitava-se a um atraso e eventual penalização. Neste caso a equipa ficou automaticamente fora de prova.

Quanto a António Ventura, o excesso de problemas mecânicos foram insolúveis e a desistência inevitável.

Duas baixas na transição de Marrocos para a Mauritânia que deixam a comitiva com 25 equipas em prova.



Fonte: Infodesporto

A etapa de amanhã sexta-feira

Passe de mágica



A delicadeza da navegação será recompensada durante a grande dificuldade desta primeira semana, que se disputa em fora da pista total. As indicações não serão muitas no road-book, e aqueles que falharem os WPO terão as maiores dificuldades para encontrarem as boas passagens. Depois das dunas, os concorrentes circularão também pelos planaltos empedrados e praticarão o slalom na erva dos camelos.




Fonte: dakar.com

Sexta etapa - classificação autos - ACTUALIZADO

ETAPA

1 315 MAGNALDI (FRA)
DEBRON (FRA) SCHLES-FORD-RAID 03:22:54 00:00:00
2 314 SCHLESSER (FRA)
BORSOTTO (FRA) SCHLES-FORD-RAID 03:25:49 00:02:55
3 305 DE VILLIERS (AFS)
THORNER (SUE) VOLKSWAGEN 03:26:40 00:03:46
4 303 KLEINSCHMIDT (ALL)
PONS (ITA) VOLKSWAGEN 03:28:07 00:05:13
5 302 ALPHAND (FRA)
PICARD (FRA) MITSUBISHI 03:28:56 00:06:02
6 300 PETERHANSEL (FRA)
COTTRET (FRA) MITSUBISHI 03:29:13 00:06:19
7 307 SAINZ (ESP)
SCHULZ (ALL) VOLKSWAGEN 03:29:23 00:06:29
8 301 SABY (FRA)
PERIN (FRA) VOLKSWAGEN 03:30:17 00:07:23
9 322 CHICHERIT (FRA)
BAUMEL (FRA) BMW 03:32:47 00:09:53
10 309 MILLER (USA)
VON ZITZEWITZ (ALL) VOLKSWAGEN 03:33:59 00:11:05
11 335 GORDON (USA)
SKILTON (USA) HUMMER 03:36:35 00:13:41
12 304 ROMA (ESP)
MAGNE (FRA) MITSUBISHI 03:36:42 00:13:48
13 345 PESCAROLO (FRA)
LE GAL (FRA) BUGGY 03:39:58 00:17:04
14 317 GACHE (FRA)
GARCIN (FRA) BUGGY 03:41:52 00:18:58
15 313 COX (AFS)
PITCHFORD (AFS) BMW 03:42:23 00:19:29
16 311 SOUSA (POR)
LURQUIN (BEL) NISSAN 03:46:54 00:24:00

Sousa volta a desiludir..., inclusive hoje, na etapa, ficou atras dos buggy de Pescarolo e de Gache. Sousa merecia bem melhor sorte. Ou melhor..., sejamos claros..., Sousa não merecia uma arrastadeira de m*%&# chamada Nissan Navara.

GERAL

1 305 DE VILLIERS (AFS)
THORNER (SUE) VOLKSWAGEN 16:33:58 00:00:00
2 307 SAINZ (ESP)
SCHULZ (ALL) VOLKSWAGEN 16:34:20 00:00:22
3 303 KLEINSCHMIDT (ALL)
PONS (ITA) VOLKSWAGEN 16:34:32 00:00:34
4 314 SCHLESSER (FRA)
BORSOTTO (FRA) SCHLES-FORD-RAID 16:35:00 00:01:02
5 302 ALPHAND (FRA)
PICARD (FRA) MITSUBISHI 16:36:00 00:02:02
6 301 SABY (FRA)
PERIN (FRA) VOLKSWAGEN 16:37:55 00:03:57
7 309 MILLER (USA)
VON ZITZEWITZ (ALL) VOLKSWAGEN 16:41:12 00:07:14
8 315 MAGNALDI (FRA)
DEBRON (FRA) SCHLES-FORD-RAID 16:42:08 00:08:10
9 300 PETERHANSEL (FRA)
COTTRET (FRA) MITSUBISHI 16:43:35 00:09:37
10 304 ROMA (ESP)
MAGNE (FRA) MITSUBISHI 16:45:24 00:11:26
11 322 CHICHERIT (FRA)
BAUMEL (FRA) BMW 17:14:27 00:40:29
12 313 COX (AFS)
PITCHFORD (AFS) BMW 17:34:35 01:00:37
13 311 SOUSA (POR)
LURQUIN (BEL) NISSAN 17:49:48 01:15:50

14 317 GACHE (FRA)
GARCIN (FRA) BUGGY 18:12:48 01:38:50

Ventura de fora

Noticia RTP no seu Jornal da Tarde. O piloto Portugues do quad desistiu. A confirmar-se é o primeiro portugues a abandonar...

PSL

Sexta etapa - classificação motos - ACTUALIZADO II

ETAPA

1 004 DE GAVARDO (CHI) KTM 04:00:32 00:00:00
2 006 SALA (ITA) KTM 04:03:55 00:03:23
3 003 ESTEVE PUJOL (ESP) KTM 04:04:24 00:03:52
4 005 ULLEVALSETER (NOR) KTM 04:06:03 00:05:31
5 002 COMA (ESP) KTM 04:06:27 00:05:55
6 010 CALDECOTT (AUS) KTM 04:07:16 00:06:44
7 001 DESPRES (FRA) KTM 04:08:45 00:08:13
8 012 FRETIGNE (FRA) YAMAHA 04:08:51 00:08:19
9 021 VILADOMS (ESP) KTM 04:10:46 00:10:14
10 128 AMARAL (POR) KTM 04:11:44 00:11:12
11 023 GRIDER (USA) KTM 04:12:00 00:11:28
12 007 DE AZEVEDO (BRE) KTM 04:12:32 00:12:00
13 009 BLAIS (USA) KTM 04:13:03 00:12:31
14 060 KATRINAK (SLQ) KTM 04:13:16 00:12:44
15 039 RIVERA (ESP) KTM 04:14:53 00:14:21
16 014 DUCLOS (FRA) KTM 04:18:12 00:17:40
17 020 MARCHINI (FRA) YAMAHA 04:19:43 00:19:11
18 055 RODRIGUES (POR) YAMAHA 04:24:26 00:23:54
31 160 FARIA (POR) KTM 04:43:43 00:43:11
33 080 GONCALVES (POR) HONDA 04:44:53 00:44:21
36 161 MATEUS (POR) KTM 04:48:57 00:48:25


Coma mantém a liderança na geral ganhando inclusive alguma margem a Despres. A corrida nas motos está desinteressante, esperemos pelos resultados de Faria e dos restantes Portugueses em prova.
Entretanto...
Grande resultado de Amaral, que assim compensa o azar e tempo perdido de ontem.
Menos boa a prestação de Faria hoje mas..., Helder Rodrigues faz um resultado surpreendente.
Em suma..., os Motard´s Tugas têm estado muito bem neste Lisboa Dakar. Infelizmente a sua irregularidade não lhes permite estarem nos dez primeiros. Por exemplo a estúpida penalização (doze minutos) de Faria ainda em Portugal, neste momento fá-lo perder cinco lugares .
Contudo estão a aprender depressa e até Dakar ainda falta muita prova. Era bonito termos um ou dois pilotos no TOP tem à chegada ao Lago Rosa.


GERAL

002 COMA (ESP) KTM 18:15:45 00:00:00
2 001 DESPRES (FRA) KTM 18:19:28 00:03:43
3 003 ESTEVE PUJOL (ESP) KTM 18:20:10 00:04:25
4 004 DE GAVARDO (CHI) KTM 18:21:42 00:05:57
5 010 CALDECOTT (AUS) KTM 18:43:28 00:27:43 02:00
6 012 FRETIGNE (FRA) YAMAHA 18:50:13 00:34:28
7 006 SALA (ITA) KTM 18:53:35 00:37:50
8 005 ULLEVALSETER (NOR) KTM 18:57:53 00:42:08
9 060 KATRINAK (SLQ) KTM 19:13:05 00:57:20
10 008 CASTEU (FRA) KTM 19:13:56 00:58:11
11 009 BLAIS (USA) KTM 19:17:56 01:02:11
12 007 DE AZEVEDO (BRE) KTM 19:22:17 01:06:32
13 097 FARRES GUELL (ESP) YAMAHA 19:42:26 01:26:41
14 095 AGRA CARRERA (ESP) YAMAHA 19:43:38 01:27:53
15 128 AMARAL (POR) KTM 19:44:05 01:28:20
16 011 GAU (FRA) KTM 19:44:26 01:28:41
17 014 DUCLOS (FRA) KTM 19:50:47 01:35:02
18 160 FARIA (POR) KTM 19:52:07 01:36:22 12:00
19 039 RIVERA (ESP) KTM 19:59:40 01:43:55
20 023 GRIDER (USA) KTM 20:05:59 01:50:14


PSL