Pela quarta vez, Rodrigo Amaral regressa ao Dakar, desta feita com o seu irmão Duarte a seu lado, contando igualmente com a fiabilidade e robustez do Bowler Wildcat 200 Dakar. Na apresentação da equipa, Rodrigo Amaral revelou a sua visão das etapas que o esperam na 30ª edição da prova rainha do todo-o-terreno.
1ª Etapa: Lisboa - Portimão
Uma boa especial para os pilotos portugueses. O terreno será certamente muito semelhante ao que encontramos nas bajas portuguesas. Bom piso, rápido, alternando com zonas mais sinuosas. Será certamente uma excelente etapa para que o público português possa acompanhar de perto as emoções do Dakar. Espero ver muitas bandeiras nacionais pelo caminho.
2ª Etapa: Portimão - Málaga
Etapa igual ou semelhante à do ano passado. A especial é mais lenta, com zona de serra e com o piso mais escorregadio. Mais curta do que a primeira, mas certamente mais difícil, com algum perigo, principalmente com as ravinas na zona da serra. Será a despedida dos solos portugueses e do nosso público fantástico, que tanto apoio nos dá.
3ª Etapa: Nador - Er Rachidia
Início da "grande aventura". O meu irmão já terá muito trabalho a fazer na navegação. O Norte de Marrocos é conhecido pelas suas duras e traiçoeiras pistas. É necessário respeitar o Road Book e ter atenção às zonas sinuosas e com muita pedra. A classificação geral sofrerá, certamente, uma grande alteração.
4ª Etapa: Er Rachidia - Ouarzazate
Uma das belas zonas de Marrocos. Certamente iremos atravessar o "Erg Chebbi", o que representa o início da areia e das primeiras dunas. De seguida, teremos pistas muito rápidas até Ouarzazate onde já se começa a respirar o ar quente do Sahara.
5ª Etapa: Ouarzazate - Guelmim
Uma etapa completamente nova para mim. Infelizmente, e apesar de esta ser a minha quarta participação no Dakar, nunca tive oportunidade de passar nesta zona, pelo que a atenção será redobrada para não sermos surpreendidos. Vamos apanhar muitas dunas e teremos que ter cuidado para não perdermos muito tempo atascados. As classificações irão, uma vez mais, sofrer grandes alterações...
6ª Etapa: Guelmim - Smara
Uma etapa bastante variada, com diversos tipos de pisos. Um misto de pistas rolantes, muita areia, trilhos fora de pista e zonas mais sinuosas. Uma etapa longa, mas não considero que seja muito complicada.
7ª Etapa: Smara - Atar
Vamos entrar na Mauritânia e logo com a maior especial do Dakar. Provavelmente iremos fazer a longa ligação ainda de madrugada, o que implica dormir pouco. A concentração terá de ser elevada para não sermos vencidos pelo cansaço.
8ª Etapa: Atar - Nouakchott
Já só faltam 450 quilómetros para o dia de descanso! Contudo, é preciso percorrê-los. A ajuda dos navegadores será imprescindível para conseguirmos transpor as grandes dunas que nos esperam. A leitura correcta do terreno é obrigatória para evitar os atascanços.
9ª Etapa: Nouakchott - Nouhadibou
A partir daqui, as especiais são novas para mim, apesar de já ter passado em alguns locais que vamos percorrer em 2008, como Atar, Kiffa ou Tidjikja. Sei que vamos apanhar muita areia, dunas, erva de camelo, percursos fora de pista, ou seja, tudo que nos leva a participar no Dakar e que faz desta a mais dura prova de todo-o-terreno do Mundo. Ainda faltam mais de 2.500 quilómetros para atingir o meu objectivo. Espero não sofrer muito!
15ª Etapa: Saint-Louis - Dakar
Finalmente o Lac Rose. Se aqui chegar, nada me poderá deter! Só faltam os míticos 23 quilómetros percorridos nas areias brancas do Lago Rosa para subir ao pódio e recolher a tão desejada recompensa. Será um dia de felicidade. Seja qual for a posição de chegada, será sempre uma vitória.
fonte: iol.pt
04 dezembro 2007
As etapas do Lisboa-Dakar vistas por Rodrigo Amaral
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