29 dezembro 2007

Tiago Monteiro no Lisboa Dakar

Como já era esperado, Tiago Monteiro revelou a sua participação no Euromilhões Lisboa-Dakar, fazendo a sua estreia com uma invulgar participação a solo. O piloto português vai correr com um dos SMG Buggy da equipa de Philippe Gache, equipado com motor Porsche.

Tendo em conta que não tem qualquer experiência na prova africana, podia pensar-se que Tiago devia ter mais cautela, mas o piloto da Seat Sport revelou que «como esta não é a minha área, pensei em fazer algo mais radical. A maior parte dos pilotos do meio disseram-me que era melhor pensar em fazer algo com um co-piloto experiente, mas eu já tinha pensado em fazer o Dakar de moto, por isso está mais próximo do plano original». Tiago sabe que vai ter «alguns problemas em caso de furo ou atascanço, pois aí dá mais jeito ter ajuda, e também vou ter que habituar a olhar para o terreno e navegar ao mesmo tempo».

Sem pretensão «a nenhum resultado final específico», Monteiro não tem um objectivo mais elevado senão «chegar ao final de cada dia. Não conheço as potencialidades deste carro, nem sei como me posso comparar a outros pilotos, por isso vou apenas lutar contra mim próprio». O piloto pretende também promover a Operação Nariz Vermelho, uma organização sem fins lucrativos que promove a visita de artistas às enfermarias de hospitais.

A participação no Dakar apenas pôde ser oficializada depois da autorização da Seat, marca que representa no WTCC, «tanto para mim como para o meu colega, Yvan Muller. Como vamos estar no Dakar, provavelmente vamos perder um dia de testes que está previsto para meados de Janeiro, em Kyalami».

Os SMG Buggy são protótipos de chassis tubular e duas rodas motrizes, bastante parecidos em concepção aos “buggies” que dominam as provas americanas de todo-o-terreno, onde a agilidade do carro é privilegiada em detrimento da capacidade superior de aderência. Monteiro revelou que «a organização convidou-me para promover este tipo de carro, porque eles acham que é o ideal para motards que querem passar para os automóveis».

Ligeiramente mais leves e manobráveis que as viaturas de quatro rodas motrizes, neste aspecto são «parecidos ao espírito de um motard, mas com mais protecção». Os concorrentes habituais das duas rodas teriam assim um carro semelhante em comportamento a um motociclo, e não haveria necessidade de procurarem um co-piloto, pois já têm experiência a navegar sozinhos.


Fonte: autosport

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