Sempre tive uma especial simpatia por Buenos Aires, desde a primeira vez que aqui aterrei há três anos para disputar a versão sul-americana do Rali Dakar. Agora, ultrapassei esse sentimento e dificilmente vou esquecer o dia em que subi pela primeira vez ao pódio, no meio de uma imensa multidão e ao lado do Marc Coma e Cyril Despres.
Em jeito de balanço, penso que este foi o Dakar mais complicado da minha carreira, pois comecei com uma semana que correu muito mal, desde a primeira etapa. Atrasei-me bastante e não foi fácil encontrar o meu melhor ritmo de corrida. Depois ganhei ânimo e com muita determinação lá fui subindo, chegando ao dia de descanso com uma motivadora vitória na etapa. Estava de novo no rumo certo, quando em dois dias fui traído pela navegação e me atrasei mais de uma hora. Continuei sempre ao ataque, etapa após etapa, sempre convicto de que ainda era possível atingir o meu grande objectivo para este Dakar. No fim o atraso do Chaleco jogou a meu favor, mas cheguei ao pódio por mérito próprio. No ano passado aconteceu exactamente o inverso e quem ganhou com os meus problemas foi o Chaleco. O Dakar é mesmo o derradeiro teste de resistência para máquinas e pilotos e desta vez eu fui mais feliz. Agora já é quase tempo de começar a pensar no próximo Dakar!
Fonte: Económico
18 janeiro 2011
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