A nona etapa do Dakar, que ligou Antofagasta a Iquique, continha a mais longa especial desta edição, com 556 km, uma tirada a que Cyril Després se atirou de “faca nos dentes”. O francês, que ontem viu serem-lhe “presenteados” pela organização os 8 minutos perdidos no lamaçal ao km10, bem como a outros cinco pilotos (entre os quais Paulo Gonçalves) com o pretexto de que o local não estava descrito no road book, acabou por sair hoje apenas a pouco mais de um minuto de um Marc Coma bastante agastado com a decisão da ASO. Coma considera que a decisão é contra o espírito do Dakar, que é sobre vencer as dificuldades. “Eu passei no local sem dificuldades . Amanhã, se eu ficar preso numa duna, não vou esperar que me devolvam o tempo”, disse o espanhol ao El Mundo.
Després acabou mesmo por vencer no terreno o dia de hoje, com menos 6m58s que Coma, e passou a liderar a geral com uma vantagem de 2m28s sobre o seu rival, que foi segundo.
Joan Barreda foi o terceiro mais rápido, seguido de Hélder Rodrigues e Paulo Gonçalves, com Ruben Faria em 13º. Hélder reforçou o terceiro lugar, pois o seu perseguidor imediato, David Casteu, teve uma avaria que o fez perder três horas. Nestas condições, Paulo Gonçalves recuperaria o seu 4º posto da geral, mas depois vieram as penalizações…
Já esta noite, foram averbados 15 minutos de penalização a Marc Coma e Cyril Després, devido a ambas as KTM 450 Rally terem feito uma troca de motor que estava previamente agendada, na noite anterior. Também vários outros pilotos sofreram hoje penalizações de 15 minutos, entre os quais Paulo Gonçalves, Pedro Bianchi Prata e Ruben Faria, e, embora ainda não tenhamos confirmação, terão sido devidas a terem trocado de motor na noite de ontem.
Com tudo isto, a vitória na etapa acabou por ser entregue a Hélder Rodrigues, e Paulo Gonçalves desce para 7º da geral, enquanto Ruben Faria, mesmo assim, sobe um degrau, para o 12º posto, ele que sabia que, passados poucos quilómetros da partida, teria que parar para esperar por Cyril Després. Bianchi Prata é agora o 51º colocado.
A etapa de amanhã liga Iquique a Arica e conta com uma especial de cerca de 377 quilómetros. O início da corrida será brindado com uma vista espectacular sobre algumas das melhores praias do mundo para a prática do surf. O Oceano Pacifico será um companheiro de viagem ao longo de muitos quilómetros nesta especial. A meio da etapa sugirão novamente os extensos cordões de dunas do Atacama que, nesta fase, poderão ditar a sorte de muitos. Os pilotos terão que redobrar a atenção devido à zona de fesh-fesh que marca o final da etapa.
fonte: motociclismo.pt
10 janeiro 2012
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