O piloto Ricardo Leal dos Santos parte hoje [ontem] para a Argentina e vai empenhar metade do orçamento anual para tentar ser um dos 20 primeiros da 32.ª edição do rali Dakar, mítica prova de todo-o-terreno que arranca sexta-feira.
Aos comandos de um BMW X5, Leal dos Santos cumpre a sua sétima participação no Dakar, mas reconhece que o orçamento de 225 000 euros para esta prova "é muito baixo", apesar de ser metade do disponível para 2010, pelo que a "sorte" seria uma ajuda suplementar.
"Preciso de sorte. Não tenho orçamento para ter carro competitivo. Tenho um carro antigo. À partida somos inferiores, temos menos estrutura de apoio", afirmou Ricardo Leal dos Santos, garantindo, no entanto, que "a equipa está bastante motivada".
Ricardo Leal dos Santos, que forma com o navegador Paulo Fiúza a equipa Pionner Desert Team Delta Q, espera um "bom Dakar", depois da na edição anterior ter ficado abaixo do 40.º lugar, devido a "imensos problemas de motor".
O piloto luso, 36 anos, elege o pó e o calor como os principais obstáculos da corrida, que pela segunda vez se disputa na América do Sul.
"O calor é um grande problema, porque o carro não tem ar condicionado", afirma, acrescentando: "no ano passado chegámos a ter temperaturas exteriores de 40 graus, às quatro da tarde".
O piloto português considera que o argentino Orly Terranova (Mitsubishi) poderá ser uma surpresa e um sério candidato à vitória final.
Leal dos Santos gostaria de ver o Dakar regressar a Lisboa, "o que seria bastante positivo em muitos aspectos e sobretudo ao nível dos patrocínios", mas considera que seria engraçado disputar a prova "como os Jogos Olímpicos".
"Achava engraçado que de dois em dois anos mudássemos de continente", refere o piloto.
Fonte: sapo desporto
29 dezembro 2009
Leal dos Santos gasta meio orçamento para ficar no "top-20"
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário