Ruben Faria chega esta terça-feira a Portugal, depois do brilharete no
Dakar. O piloto português da KTM terminou a prova no segundo lugar da
geral, tendo ganho a última etapa. O feito ganha outra dimensão quando
se sublinha que a missão era, essencialmente, ser o mochileiro de Cyril
Després e ajudá-lo a chegar à vitória, como veio a acontecer.
“A partir de certa altura, a equipa e o Cyril procuraram
ajudar-me sem colocar em causa a liderança dele. E felizmente foi
possível terminarmos nas duas primeiras posições da geral”, congratulou-se Ruben Faria, em declarações ao «Diário de Notícias».
O português conta que chegou a oferecer o seu motor a Després, quando
este teve um problema a meio da etapa maratona, mas este recusou.
“Respondeu-me: Ruben, não quero o teu motor. Só aceitaria em último caso”, conta o piloto de Olhão.
A edição de 2013 do Dakar acabou por ser histórica para Portugal. Para
além de Ruben Faria ter conseguido a melhor classificação de sempre,
Hélder Rodrigues (sétimo) e Paulo Gonçalves (décimo) terminaram nos dez
primeiros, fazendo de Portugal o país mais representado neste grupo de
elite. E, nos carros, Carlos Sousa foi sexto.
“Trata-se de algo notável, histórico”, considera Ruben Faria. “Vivo
em Portugal e não tenho um único patrocinador português. Numa altura de
crise, os resultados dos portugueses no Dakar devem ser motivo de
alegria para os portugueses”, completa.
Sem comentários:
Enviar um comentário