11 fevereiro 2008

Dakar 2009 realiza-se na Argentina e Chile

O Rali Dakar 2009 vai realizar-se na Argentina e no Chile, entre 3 e 18 de Janeiro do próximo ano, anunciou hoje a Amaury Sport Organisation (ASO), empresa organizadora da prova. Buenos Aires, capital argentina, será o local de partida e chegada.

“Os concorrentes do Dakar 2008 terão prioridade na inscrição”, disse Etienne Lavigne, o chefe da organização da competição, cujos pormenores sobre o percurso serão revelados amanhã em Buenos Aires. Os concorrentes sul-americanos terão uma tarifa especial e os veículos dos pilotos europeus serão transportados de barco a partir do final de Novembro e início de Dezembro, com a duração travessia estimada em três semanas.

Depois de 29 edições em território africano e da anulação da 30ª edição por causa das ameaças terroristas, a prova criada por Thierry Sabine em 1979 muda agora de continente.


Fonte: público

Hail Baja Arábia Saudita 2008 interdita a mulheres

Parece brincadeira, mas não é. Apesar de integrar este ano – e pela primeira vez – o calendário da Taça Internacional FIA de Bajas, abrindo inclusivamente esta competição, entre os dias 11 a 14 de Fevereiro próximo, a verdade é que os organizadores da Hail Baja Arábia Saudita 2008 estão a recusar a inscrição de concorrentes femininas na sua prova, simplesmente porque naquele país, onde se encontram os mais radicais seguidores dos costumes islâmicos, as mulheres ainda são proibidas de conduzir, de acordo com uma lei que vigora já desde 1932 – e que só este ano promete ser extinguida.

Os próprias turistas ocidentais continuam a ser fortemente desaconselhados a viajarem para aquele país, um dos maiores produtores de petróleo do mundo. Na condição de o fazerem, as embaixadas, incluindo a portuguesa, recomendam o respeito escrupuloso pelas regras e costumes locais, nomeadamente as que dizem respeito à indumentária.

Madalena Antas foi a primeira a confrontar-se com esta insólita situação, após desenvolver os primeiros contactos com a organização local: «Nem queria acreditar. Era a primeira prova que tinha planeado disputar este ano… Embora tenha o maior respeito pelos costumes de cada país, deparei-me com uma situação altamente injusta e lesiva para quem tinha como objectivo disputar toda a competição (que inclui ainda as bajas de Itália, Espanha, Hungria, Gales e Portalegre, ndr). Se a prova está incluída no calendário FIA, não vejo com que argumentos puderam impedir a minha inscrição», lamentou.

José Megre ainda chegou a servir de intermediário nas negociações, aproveitando uma visita que efectuou àquele país: «Estive lá pessoalmente e conheci os organizadores, mas logo percebi que seria dificílimo contornar as ideias deles, nem com pedidos especiais. Não deram a menor hipótese, recusando-se determinante a aceitar a inscrição dela, por mais que insistisse», testemunhou. «Mesmo que esta fosse aceite, o maior problema seria sempre com o visto de entrada, que se já é quase impossível de obter por um ocidental, então pelas mulheres é dramático».

De qualquer modo, ameniza o mesmo responsável, «é preciso também ver as coisas por outra perspectiva. Por exemplo, perceber que já começam a ser dados alguns sinais de abertura, como a própria realização desta baja o sugere. É, aliás, a primeira prova internacional a realizar-se naquele país, berço do islamismo e onde todos os muçulmanos ambicionam ir pelo menos uma vez na vida», pormenorizou.

Também Joana Sotto-Mayor, navegadora de Bernardo Moniz da Maia, foi informada pelo Team Dessoude que, para alinhar na baja saudita, teria que respeitar escrupulosamente os costumes locais, ou seja, andar sempre de cara tapada até entrar no carro e colocar o capacete: «De início, pensei que era uma brincadeira. Mas depois, explicaram-me que era mesmo assim: tinha que andar encabeçada, vestida tal como as mulheres locais. Ou era assim, ou não podia inscrever-me! Respeito a cultura e os costumes deles, mas nessas condições obviamente que recusei ir», justificou a navegadora portuense.

Mesmo sem nunca ter planeado disputar esta baja, também Elisabete Jacinto se mostrou surpreendida com esta atitude discriminatória por parte dos organizadores: «É verdade que cada país tem direito à sua cultura, seja esta boa ou má. Agora não é correcto que a FIA proporcione e aprove corridas que limitam a sua participação a mulheres».

Certo mesmo é que a debutante prova saudita, cujas inscrições encerraram na passada terça-feira (29 de Janeiro), vai mesmo ter lugar, tendo no árabe Nasser Al-Attyah (X-Raid) e no russo Boris Gadasin (Overdrive), actual detentor do título, as suas duas principais figuras de cartaz.

A cerimónia de partida está marcada para 12 de Fevereiro, no centro da cidade de Hail, seguida de uma curta Super Especial (3 km), a meio da tarde. O percurso competitivo será totalmente disputado no deserto, estando previstos dois sectores selectivos com 265 e 200 quilómetros, respectivamente.


Fonte: autosport

09 fevereiro 2008

Transibérico 2008 no Rally Raid World Tour

"ACP e Eurosport lançam nova prova todo-o-terreno

Depois da anulação do Rali Lisboa-Dakar, o mundo das competições todo-o-terreno entrou em ebulição. Há dias foi apresentada a primeira prova da nova competição Dakar Series. Ontem, em Lisboa, foi a vez de o Automóvel Clube de Portugal (ACP) e o Eurosport Events apresentarem o Rally Raid World Tour.

Esta é uma nova competição de todo-o-terreno que irá ter uma prova em Portugal, o Rali Transibérico. A competição foi antecipada uma semana, para não colidir com a transmissão do torneio de ténis de Roland Garros, no Eurosport, e irá realizar-se de 20 a 25 de Maio.

"Estou muito contente com este acordo e é, sem dúvida, um grande salto que o Transibérico vai dar. Queremos aumentar a notoriedade internacional e temos essa possibilidade com o Eurosport", explicou Carlos Barbosa, presidente do ACP.

A parceria de três anos entre o ACP e o Eurosport Events irá garantir à prova portuguesa uma "extensa" cobertura televisiva, com a transmissão de directos e resumos diários, bem como a possibilidade de seguir a competição pela Internet.

O Rali Transibérico, pontuável para o Mundial de todo-o-terreno, é o primeiro evento do calendário do Rally Raid World Cup, que já tem confirmados o Rali das Pampas (Patagónia) e o Desert Challenge (Dubai).

No total, serão 2500 quilómetros, dos quais 1500 são realizados em especiais, e têm novamente início marcado para o Estoril, passando por Mafra, Castelo Branco, Évora e, já em terreno espanhol, Badajoz."

Fonte: público

Dakar Séries arranca em Abril

"A primeira etapa do Dakar Séries vai realizar-se entre 20 e 26 de Abril na Hungria e na Roménia. Os concorrenets que iam participar no Lisboa-Dakar deste ano, que foi cancelado, serão convidados para este prova.

«Vamos ter sete dias de competição, 300 quilómetros de prova, dos quais 1500 são especial», avançou o director da prova, Etienne Lavigne, adiantando já ter a «garantia da presença das principais equipas que iam participar na edição 2008 do Dakar».

Todos os concorrentes que iam participar na edição do Lisboa-Dakar deste ano, que acabou por ser cancelado, serão assim convidados para o Dakar Séries."

Fonte: tsf

08 fevereiro 2008

A vida continua...

Está na altura de terminar o luto pelo Dakar 2008.

07 janeiro 2008

Este blogue também não partiu para Dakar

Nos últimos dois anos também eu tenho feito o Lisboa Dakar. Não nas pistas marroquinas ou entre as Dunas mauritanas mas sim daqui deste teclado em que vos escrevo ou noutro qualquer que esteja mais à mão. Não sendo tão árduo como o verdadeiro rali, o meu Dakar exige leitura (muita), reflexão, analise, escrita, rigor e novidade. Tudo com velocidade e perícia. Embora poucos o compreendam, parecendo difícil, o meu Lisboa Dakar não é nada fácil.
Este meu Dakar é uma paixão. E como todas as paixões rouba tempo às razões da vida. Mas este meu Dakar, em bom rigor, só existe por um motivo. Porque neste momento alguém está a ler estas linhas. Os leitores são a razão de ser desta minha prova e a todos os que por aqui têm passado quero agradecer convictamente. Tal como a comunicação exige sempre um receptor, um blogue, para o ser, exige leitores. E no Lisboa Dakar Blogue têm sido centenas (milhares nalguns dos últimos dias). Muito obrigado a todos.

Hoje (domingo), quando pedalava na fria e húmida beira Tejo matinal, dois Bowler e um camião que já deviam estar rumo ao Sul passeavam-se ao sabor da breve brisa pelas tágides soprada. Ao chegar perto do Padrão dos Descobrimentos detive-me um pouco e mirei os despojos daquela que não chegou a ser a trigésima edição do mítico Dakar. Os dois cenários combinados fizeram-me enfim acreditar que este ano não há Dakar. Acho que posso compreender um pouco o que sentem neste momento quase três mil pessoas seus familiares e amigos. O cancelamento da prova é uma desilusão incrível e inolvidável. Todos aqueles que se envolvem emocionalmente com o Dakar vão passar dias, semanas, talvez meses, até compreenderem o porquê exacto deste fim abrupto. E as lagrimas não são apenas pela prova deste ano. Como vai a organização lidar com o desastre financeiro? Como vão lutar as centenas de amadores e privados com os incalculáveis prejuízos? Qual a fabrica que irá investir milhares no desenvolvimento de novos projectos? Qual a empresa que irá enterrar mais um cêntimo numa prova de desporto motorizado organizada pela ASO?

O Dakar, tal como nasceu, cresceu e chegou até nós, acabou na passada sexta feira. Pode surgir outra coisa qualquer, até coisa melhor, quiçá, mas aquela maldita conferência de imprensa foi o requiem que nunca pedimos para ouvir.

Hoje passei parte da tarde a reler o que escrevi aqui na edição passada da prova. E a nostalgia ainda se tornou mais profunda. Há que libertar as amarras pois a vida continua (também na blogosfera). Este blogue também não partiu para Dakar e provavelmente nunca mais partirá para lado algum. Assim, faz-se uma pausa. Na esperança de que melhores noticias cheguem depressa. Até sempre.

06 janeiro 2008

Governo francês justifica cancelamento do Lisboa-Dakar 2008

A ministra do Interior francesa, Michèle Alliot-Marie, justifica a anulação do Rali Lisboa-Dakar 2008 com o argumento de que, perante as ameaças recebidas, era muito difícil proteger a prova de forma total.
Em entrevista hoje publicada pelo semanário Le Journal du Dimanche, Alliot-Marie não foi explícita quanto à ameaça feita ao mais importante rali todo-o-terreno do Mundo pelos radicais islâmicos, mas afirmou que quem corria maiores riscos eram os participantes que estivessem isolados.

«Há sempre pilotos isolados, porque tiveram um acidente ou porque se perderam», disse a ministra, considerando que os concorrentes eram quem estava mais sujeito a ser vítima de acções violentas.

A organização do Lisboa-Dakar2008 decidiu anular a 30ª edição da prova na sexta-feira, véspera do dia previsto para o seu início, na sequência de ameaças terroristas ao rali surgidas a partir da Mauritânia.

Depois de quatro franceses terem sido assassinados na Mauritânia, em 24 de Dezembro, o Governo francês fez várias recomendações aos cidadãos do país para não se deslocarem à Mauritânia, onde deviam realizar-se oito etapas da prova.

Como os quatro franceses foram mortos por membros de «um grupo islâmico de que há fortes razões para pensar que está ligado à Al-Qaeda», Alliot-Marie considera que a decisão de cancelar o rali foi «prudente» e «sábia», pois a rede de Bin Laden «quer cometer acções fortes e simbólicas».


fonte: DD

05 janeiro 2008

Comunicado João Lagos Sports - "Não sei se haverá prova em 2009"

Realizou-se hoje de manhã em Lisboa uma reunião entre a ASO e a João Lagos Sports, na qual os responsáveis das duas empresas analisaram a actual situação do Euromilhões Lisboa-Dakar e as consequências da anulação da prova.

Foi estabelecida uma metodologia única para ser utilizada pelas duas organizações, que a partir de segunda-feira irá permitir a contabilização dos prejuízos económicos decorrentes da não realização da prova.

Nova reunião ficou aprazada para a semana seguinte, na qual os dados recolhidos pelos dois lados serão analisados em conjunto, resultando depois numa primeira previsão do impacto decorrente da suspensão da prova.

Relativamente à edição de 2009 mantém-se tudo em aberto, como tal é prematuro estar a avançar cenários. “Não sei se haverá prova em 2009, mas como sou optimista por natureza, a realizar-se, Lisboa voltará a ser certamente o palco da Grande Partida”, comentou João Lagos.

A principal preocupação, nesta altura, está centrada em avaliar e minimizar os danos dos participantes, patrocinadores, municípios, entidades oficiais e todos quantos se colocaram ao lado do Euromilhões Lisboa-Dakar 2008.

João Lagos Sports, SA


fonte: autosport

Reacções - Irmãos Inocêncio fal cenário impensável e lesivo para a nossa equipa

Com 27 efectivos inscritos no 30º Euromilhões Lisboa Dakar 2008, entre pilotos e mecânicos, a equipa Red Line LG Artcool iria participar com três carros de corrida, três camiões e duas viaturas 4x4 de assistência rápida, dando ainda apoio logistico e técnico a mais duas equipas brasileiras.

Perante este cenário Francisco Inocêncio, piloto e responsável desta que é a maior estrutura nacional de todo o terreno, não tem dúvidas em afirmar que: “estamos perante um cenário verdadeiramente impensável e altamente lesivo para a nossa equipa. Preparámo-nos para quase tudo, mas isto estava completamente fora dos nossos horizontes. Sabemos perfeitamente que o Dakar é uma competição que comporta elevados riscos, inclusive financeiros, mas nunca, em trinta anos de prova, aconteceu a caravana ser impedida de partir. Para uma estrutura como a nossa, a devolução dos encargos com a inscrição é uma pequena parte dos enormes gastos que já tivémos e que não vislumbramos, para já, como recuperar”. Enquanto piloto, Francisco Inocêncio acrescenta estar “muito triste por não poder fazer uma competição para a qual me preparei ao longo de todo o ano. É uma enorme frustração que terei de superar, mas vai levar algum tempo”.

Vice-campeão nacional, Nuno Inocêncio, que iria pilotar um Mitsubishi Pajero DiD, afina pelo mesmo diapasão: “Acredito que a organização tenha tentado por todos os meios não ser forçada a tomar esta decisão, mas ainda me custa a acreditar que não existisse um plano alternativo que minimizasse este brutal impacto negativo, que é a anulação de uma prova desta dimensão, na véspera da partida. Já não é a primeira vez que o Dakar é encurtado e perde etapas e mesmo a passagem por zonas simbólicas, mas dai até este nada vai uma distância que me custa a aceitar. Ainda não estou, nem sei se vou estar, refeito deste enorme soco que levei”, explicou o piloto da Red Line LG Art Cool.

Em conjunto com os seus patrocinadores a equipa irá estudar projectos alternativos para esta temporada de 2008, que lhe permitam dar continuidade à dinâmica impar que tem demonstrado no seio do todo o terreno nacional e com excelentes referências no panorama internacional.


fonte: autosport

Na SIC Nuno Rogeiro tenta explicar o inexplicavel

Indemnizações debatidas e patrocinadores muito prejudicados

A organização do Lisboa-Dakar reuniu esta manhã no sentido de debater os prejuízos financeiros provocados pelo cancelamento da prova. Uma das questões que esteve em cima da mesa prende-se com uma possível indemnização às entidades envolvidas na prova, como por exemplo as Câmaras Municipais, cujos responsáveis já vieram mesmo a público reclamar os valores investidos na prova.

Lembramos que ontem, os presidentes das Câmaras Municipais de Benavente e Portimão, a que se juntou posteriormente Alcochete, vieram publicamente anunciar que pretendem ser ressarcidos, pois tudo estava preparado para receber o Dakar, que como se sabe foi anulado a um dia de sair para a estrada.



Uma das grandes questões relativamente ao cancelamento do Lisboa-Dakar tem a ver com os patrocinadores da prova. Os grandes e os pequenos.
Ontem no CCB, foram muitas as conversas relativas ao que se vai passar relativamente às dívidas que se contraíram e não vai haver condições para serem pagas, no que a muitos amadores diz respeito, ou a patrocínios que foram pagos sem o competente retorno. Há de tudo um pouco. Existem mesmo casos quase com contornos trágicos, como referia um familiar dum piloto:
«Contraímos muitas dívidas no nosso país para pagar tudo à cabeça, pois só quando entrássemos em África é que os patrocinadores pagariam os valores acordados. Não sei como vamos pagar as dívidas contraídas», referiu uma fonte que solicitou anonimato.

E também, os grande patrocinadores portugueses do Lisboa-Dakar, como a Santa Casa da Misericórdia, Siva e Prosegur, que ficam igualmente muito prejudicados com toda esta situação. Todos lamentam a situação mas compreendem as razões invocadas.


fonte: autosport

O que as televisões não passaram: conferência de imprensa na integra

04 janeiro 2008

O cancelamento do Lisboa Dakar 2008

O fim da prova, antes mesmo do seu início, merece mais do que lamentos ou graçolas de oportunidade. Mais do que os gigantescos prejuízos financeiros e dos incalculáveis prejuízos desportivos o cancelamento do Lisboa Dakar 2008 revela em todo o seu esplendor obscuro o mundo em que hoje vivemos. Mais do que tudo a decisão da organização é uma profunda derrota civilizacional para todos nós.
Obviamente que é de uma enorme ingenuidade acreditar na “versão oficial” que diz ser a instabilidade na Mauritânia a causa da anulação da maratona africana. Em causa estava sim toda a segurança da caravana e seus espectadores. A ameaça é seria e grave. Desde logo em Lisboa; desde logo no local da partida da prova que (segundo sei) teve de ser em parte evacuado esta manhã.
Ao mesmo tempo que o cancelamento da prova consubstancia uma derrota infame para o nosso iluminista e secular sistema de princípios e valores, constitui também uma das maiores vitorias para o lado negro da força político-social que ama o ódio e o terror. Repare-se que não chegou a haver um incidente sequer mas sim uma forte ameaça de.
Nunca antes os inimigos da ocidentalidade tinham conseguido tanto com tão pouco.

Reacções (VII) - Comunicado da Mitsubishi Ralliart Team

Finalmente as equipas oficiais começaram a reagir. Via autosport podemos ler que
a Repsol Mitsubishi Ralliart Team, Valeo, BFGoodrich e todos os seus parceiros respeitam inteiramente a decisão anunciada hoje pela A.S.O:

«É escusado referir que é grande a decepção por não ir em frente a 30ª edição do Lisboa-Dakar 2008. Após meses de preparação, e trabalho árduo, estávamos ansiosos para tentar alcançar a nossa 13ª vitória com o Mitsubishi Pajero, que venceu por sete vezes esta prova.»

«Acreditamos igualmente que o suporte dado às iniciativas humanitárias em África, em que nos envolvemos desde a primeira hora, continuarão a dar frutos. Tivemos o privilégio de fazer contribuições monetárias para o SOS Sahel International, ainda ontem, aqui em Lisboa, e iremos hoje remeter um cheque para a Fundação Dakar Solidário. Esta cerimónia será levada a cabo como previsto», referiu Dominique Serieys, director da equipa Mitsubishi.

Reacções (VI) - Jacinto e Vilar falam em fim da prova

Elisabete Jacinto considerou hoje que a decisão de anular o Rali Lisboa-Dakar é «estranha» e pode comprometer o futuro da prova, ideia também partilhada por Bernardo Vilar.

«Claro que parece estranho. Eu não tenho informações suficientes para dizer seja o que for. Sei que até agora a organização disse sempre que tinha garantido a segurança e que trabalhou junto do governo da Mauritânia para garantir a segurança de toda a comitiva. Agora é estranho que, à última da hora, mesmo na véspera da partida, se venha a tomar uma decisão destas», lamentou a piloto portuguesa, que ia fazer a prova em camiões.

Elisabete Jacinto disse que o sentimento que a domina «é a frustração» e quer «acreditar que houve razões válidas para a organização tomar esta opção», apesar de sublinhar que não tem as informações todas para saber se a decisão foi a acertada.

«Estamos numa época dos meios de comunicação, em que um microfone e uma câmara fazem milagres. O Dakar, no figurino que conhecemos, até pode terminar aqui e começar outra prova, não se chamando Dakar, mas outra coisa qualquer, com o mesmo espírito, com linhas muito idênticas e com a mesma força ou ainda maior«, disse.

Jacinto disse que «o Dakar sobreviveu 30 anos», apesar de ter passado por «épocas e situações muito mais difíceis, em que não havia tecnologia, a segurança era mínima, as pessoas se perdiam no deserto e corriam realmente risco de vida».

«Chegámos a uma época em que temos tudo para nos salvaguardar, os meios de segurança são enormes, já ninguém se perde, a organização sabe sempre onde nós estamos, em caso de acidente o socorro vem relativamente rápido, se pensarmos que estamos no meio do deserto, e anula-se um rali inteiro por motivos de segurança. Dá que pensar...», reiterou.

Elisabete Jacinto, que iria conduzir um camião MAN na prova que deveria realizar-se entre sábado e 20 de Janeiro, questionou ainda por que «antigamente os pilotos sobreviviam e hoje em dia não sobrevivem?».

«Dá que pensar se somos cada vez menos capazes, menos aptos de nos valermos a nós próprios. Este é o meu sentimento de frustração a falar», afirmou.

A portuguesa terminou dizendo que quer «acreditar que, para se anular o rali inteiro, o risco fosse de facto grande».

Em declarações à Agência Lusa, Bernardo Vilar também pensa que a decisão hoje tomada pela organização «é uma desgraça para o desporto automóvel e para a prova» e a anulação pode acabar com a prova no formato que se conhece.

«Se realmente o Dakar for anulado, acho que ele vai ficar por aqui... vai ser complicado depois convencer toda a gente a meter-se num novo Dakar com hipótese de não ter sucesso novamente. Tudo o que estava envolvido, desde patrocínios a equipas, vão deixar de dar crédito a esta prova. É muito chato para toda a gente que está inscrita e envolvida na prova», considerou.

Para o piloto, um dos mais experientes no Dakar, com 13 participações, o rali passará então «a chamar-se outra coisa». «Tem que se inventar outro nome, porque o Dakar realmente é ali, é no coração do Sahara. Se não se for para lá tem que se inventar outra prova. Mas esta, com este cariz, com o encanto deste recanto africano, é ali», afirmou.

O piloto recordou, no entanto, que «as relações com a Mauritânia também nunca foram sempre boas e o país nunca foi 100 por cento seguro».

«Sempre houve complicações. Desta vez, se calhar, a coisa é mais grave. Mas do ponto de vista desportivo é uma facada terrível em patrocinadores, pilotos, equipas. Toda essa gente vai ficar aqui com um trauma gigante com este acontecimento», reiterou.


Fonte: DD

Reacções (V) - Tristeza e desilusão para Paulo Gonçalves

Para Paulo Gonçalves é ainda difícil crer na realidade: «Hoje de manhã a notícia caiu que nem uma bomba. Não queria acreditar e ainda me custa a crer que realmente vamos todos para casa sem cumprir aquilo a que nos propusemos e tanto trabalho deu a preparar. É uma tristeza e uma desilusão muito grande».

Quanto às razões que levaram à anulação da prova o piloto da Repsol Honda adianta: «Claro que temos que apoiar a decisão da organização. É unânime entre todos que a segurança é o mais importante para todos. Parece que o risco era mesmo muito elevado e certamente que a ASO ponderou bem antes de decidir. Havia a hipótese de fazer a prova só em Marrocos, mas assim nunca seria um verdadeiro Dakar. De qualquer forma os pilotos ficam numa posição muito complicada, pois esta situação implica a perca de muito dinheiro».

Paulo Gonçalves já havia verificado e colocado a sua moto em parque-fechado. Estava tudo pronto para realizar uma grande prova: «Estava muito confiante e muito motivado para esta prova, por isso custa ainda mais não poder realizar este Dakar. Estava tudo perfeito, a moto, eu, a equipa… é mesmo difícil…»

Quanto ao futuro do Dakar o piloto de Esposende comenta: «Vamos ter que aguardar. Ainda é cedo para saber como será no futuro, mas julgo que a organização terá que repensar tudo porque África parece que não oferece mais garantias de segurança. Uma situação destas não pode voltar a acontecer, é grave demais para toda a gente», Paulo Gonçalves acrescentou ainda: «Quero agradecer à minha equipa e a todos os que mais uma vez me apoiaram neste projecto».

Resta aguardar que a maior prova motorizada do mundo não fique comprometida, podendo surgir alternativas.

Reacções (IV) - Governo português lamenta anulação, mas elogia organização portuguesa

A comunicação social generalista (mesmo a dita de referência) só reage quando há medo, terror ou sangue. Ou tudo junto a perfazer um bonito cocktail. Hoje o nosso Público de todos os dias está carregadinho de noticias sobre o Dakar que não chegou a sê-lo.

O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, lamentou hoje a anulação do Lisboa-Dakar 2008, por motivos de segurança, que diz respeitar, tendo ainda elogiado a organização portuguesa da prova de todo-o-terreno.

A Amaury Sports Organisation (ASO), promotor da prova, anunciou hoje a anulação do Lisboa-Dakar, depois de o Governo francês ter avisado a organização que existiam ameaças directas à realização da prova.

"O Governo português lamenta profundamente, mas respeita decisão de anular o Lisboa-Dakar. A segurança está em primeiro lugar. Depois do anúncio do governo francês, pesava uma grande responsabilidade sobre a organização, que revelou que é muito escrupulosa com as questões de segurança" referiu Pedro Silva Pereira.

O ministro da Presidência revelou ainda que o governo português "fez diligências" junto do Executivo francês, que defendeu razões de Estado para este alerta.

"A verdade é que o Dakar é uma aventura e não é uma prova isenta de riscos. O governo francês fez uma coisa que não fez em anos anteriores, com base em informações que dispunha", referiu.

De acordo com Pedro Silva Pereira, "estes dias deram para perceber que tudo estava a decorrer de forma perfeita", elogiando a Lagos Sport, organizadora portuguesa.

João Lagos diz que ameaças visam rali "no seu conjunto"

Por seu turno, João Lagos referiu que está "solidário com as razões do Governo francês", mas que "não é por esta circunstância" que vai esmorecer.

Segundo o responsável, a Lagos Sport disponibilizou-se para organizar uma prova mais pequena em Portugal e Marrocos, mas o conhecimento de que "as ameaças não se limitavam à Mauritânia, mas diziam respeito ao rali no seu conjunto" tornaram "impossível qualquer alternativa".

A edição de 2009 do rali iria igualmente sair de Lisboa, um tema que João Lagos vai discutir à tarde com o responsável máximo da ASO, que viaja hoje para Portugal. "Esta é que iria ser a maior partida de sempre do Dakar. Tenho recebido muitas mensagens de solidariedade e de ânimo. Temos o sentimento de dever cumprido", afirmou João Lagos.

Já o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, admitiu "frustração pela anulação" da prova, mas sublinhou que, "apesar da triste notícia, a organização portuguesa e a cidade de Lisboa demonstraram capacidade de organização". "Certamente no futuro vai haver outra prova e a partida será, certamente, de Lisboa", avançou António Costa.

A 30ª edição do Lisboa-Dakar tinha partida marcada para sábado, junto ao Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, e chegada para 20 de Janeiro, na capital do Senegal.

Reacções (III) - Carlos Sousa diz que os pilotos não foram ouvidos pela organização

As “equipas não foram ouvidas na tomada de decisão de anulação do rali Lisboa-Dakar”, disse piloto português Carlos Sousa.

“Estamos desapontados e desiludidos com a anulação da prova”, afirmou Carlos Sousa, citado pela Lusa, acrescentando: “Considero que não foram exploradas todas as alternativas para resolver a situação” por parte da organização.

Ainda de acordo com Carlos Sousa, os pilotos deviam ter sido ouvidos antes de a organização tomar a decisão de anular a prova.

O piloto português disse ainda que “a prova devia arrancar até Marrocos”.


Fonte: publico.pt

Reacções (II) - Ondas de choque entre os portugueses

Como seria natural, com o anúncio oficial da anulação do Lisboa-Dakar, funcionou como uma onda de choque perante toda a caravana, e muito particularmente entre os portugueses. Os rumores da anulação da prova foram crescendo desde o final da tarde de ontem, e hoje de manhã a notícia que ninguém queria ouvir surgiu mesmo: O Lisboa Dakar 2008 foi anulado.

Entre os pilotos portugueses, os sentimentos são, naturalmente, de tristeza! Todos temem, claro está, pelo futuro da prova, e na sua grande maioria ainda nem sequer pararam para pensar relativamente aos prejuízos que inevitavelmente irão ter.

Há contratos em vigor, que não vão poder ser cumpridos, já que o pressuposto principal, disputar o Lisboa-Dakar, não pode ser levado a cabo. Assim sendo, há que ter bom senso não só da parte de patrocinadores como pilotos, pois os prejudicados serão todos. Obviamente que ninguém previu que isto poderia suceder, pelo que a desolação é geral.

Muitos nem querem reagir a quente, já que quase todos sem excepção empenharam-se durante meses para a prova que agora foi anulada. As inscrições irão ser devolvidas pela organização e já há mesmo horários estabelecidos para esse efeito, mas a verdade é que o valor das inscrições é quase irrisório perante todo o “bolo” que envolve uma participação no Dakar.

Para os privados, este é um problema muito complicado, já que a maioria deles acabaram de comprometer a época inteira. Infelizmente, a política volta a comprometer o desporto.


Fonte: autosport

Reacções (I) - Câmaras de Portimão e de Benavente querem ser indemnizadas pelo cancelamento da prova

O presidente da Câmara Municipal de Portimão declarou que vai pedir à organização do Lisboa-Dakar 2008 o retorno de 1,5 milhões de euros que a autarquia investiu para receber a prova que foi hoje cancelada. De igual modo, o presidente da Câmara de Benavente indicou que a autarquia vai negociar com a organização da prova o ressarcimento dos cerca de 30 mil euros que investiu.

De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Portimão, Manuel da Luz, os "juristas da autarquia estão a estudar as contratualizações que foram feitas para que seja exigida à organização o retorno do investimento que a autarquia fez para receber a prova em Portimão".

O autarca disse à Lusa que já foram investidos 90 por cento do milhão e meio de euros, estando os restantes 10 por cento destinados a alojamento e outras questões logísticas para o fim-de-semana.

Manuel da Luz considerou a situação "estranha" porque "alegadamente terá a ver com as mortes de turistas franceses que ocorreram há cerca de uma semana". "Espero que não seja uma questão política entre os governos francês e da Mauritânia", disse.

A edição 2008 do rali todo-o-terreno Lisboa-Dakar foi hoje cancelada devido a razões de segurança.

A empresa organzidora Amaury Sport Organization (ASO) justificou o cancelamento da prova, pela primeira vez na sua história, com razões de segurança e "ameaças directas contra a prova", num comunicado emitido hoje em Lisboa.

Câmara de Benavente quer ser indemnizada em 30 mil euros

O presidente da Câmara de Benavente, António José Ganhão, que falava à Lusa depois de saber do cancelamento da prova, disse que a autarquia tinha tudo contratualizado com a organização, razão pela qual tem agora "que ser ressarcida pelo investimento que fez".

"Tudo o que tínhamos negociado com o Dakar estava implantado no terreno, desde os terrenos para os pontos de encontro, animação musical, transportes, WC, tenda gigante, entre outros, um investimento de perto de cerca de 30 mil euros do qual temos agora que ser ressarcidos já que não vamos ter contrapartidas", frisou António José Ganhão.

O autarca lamentou ainda o cancelamento do Lisboa-Dakar 2008 mas afirmou entender o "risco" que a prova representava para os concorrentes franceses e para as companhias de seguros que "decidiram não arriscar".

Fonte: publico.pt

O comunicado oficial

A.S.O. anula edição 2008 do Rali Dakar

Após inúmeros contactos com o governo francês – em particular o Ministério dos Negócios Estrangeiros – e tendo em conta as suas fortes recomendações, os organizadores do Dakar tomaram a decisão de anular a edição 2008 da prova, que deveria decorrer entre 5 e 20 do corrente mês, ligando Lisboa à capital do Senegal.

Tendo em conta as actuais situações de tensão politica, a nível internacional, o assassinato de quatro turistas franceses, no passado dia 24 de Dezembro, atribuído a um ramo do Al-Qaida, no Magreb islâmico, e acima de tudo as ameaças, directas, lançadas contra a prova, por movimentos terroristas, a A.S.O. não pode tomar outra decisão que não seja a anulação da prova.

A primeira responsabilidade da A.S.O. é a de garantir a segurança de todos: populações dos países atravessados, concorrentes amadores e profissionais, sejam eles franceses ou estrangeiros, elementos da assistência técnica, jornalistas, patrocinadores e colaboradores do rali. A A.S.O. reafirma que as questões de segurança não estão, não estiveram, nem nunca estarão em causa no rali Dakar.

A A.S.O. condena a ameaça terrorista que anula um ano de trabalho, de inscrições e de paixão para todos os participantes e diferentes actores do maior rali-raid do mundo. Consciente da imensa frustração, vivida, em particular, em Portugal, Marrocos, Mauritânia e Senegal, bem como entre todos os nossos fiéis parceiros, para lá da decepção geral e das pesadas consequência económicas, em termos de retorno directo e indirecto, para os países atravessados, a A.S.O. continuará a defender os valores que caracterizam os grandes acontecimentos desportivos e prosseguirá com a mesma determinação o desenvolvimento das suas acções humanitárias, através das Actions Dakar, implantadas depois de cinco anos em África sub-saariana com SOS Sahel Internacional.

O Dakar é um símbolo e nada pode destruir os símbolos. A anulação da edição 2008 não coloca em causa o futuro do Dakar. Propor, em 2009, uma nova aventura a todos os amantes dos rali-raid é um desafio que a A.S.O. irá assumir nos próximos meses, fiel à sua presença e paixão pelo desporto.

Lisboa Dakar já não vai para a estrada

Inacreditável!!!
Em breve a confirmação oficial em conferência de impressa.
Este blogue sabe que a ameaça é tão forte que até houve evacuação de instalações hoje de manhã no CCB. Ou seja o problema não está apenas na Mauritânia. As verificações estão paradas e já há desmobilização de meios nas etapas lusas. Há rumores, sublinho rumores, de prisões efectuadas esta madrugada em Lisboa a putativos elementos com ligações a redes terroristas.

Tiago Monteiro estreia-se a solo num Buggy SMG



Escreve o autosport que após vários meses de suspense, Tiago Monteiro não resistiu ao apelo do deserto e ao repto lançado pelos organizadores da prova, confirmando a sua estreia aos comandos de um dos Buggy SMG da equipa liderada por Philippe Gache, imitando o colega de equipa da Seat Sport no WTTC, o francês Yvan Muller – este já um repetente no Dakar.
O portuense antecipa, desta forma, o sonho de conhecer por dentro a maratona africana, mesmo se com pouco tempo de preparação e, ainda por cima, sem um experiente co-piloto por companhia. «Já tinha pensado em fazer o Dakar de moto, pelo que ir a solo é o que está mais próximo do plano original». Pela frente, mais de nove mil quilómetros, cinco mil dos quais cronometrados, cumpridos solitariamente num buggy sem vidros de protecção ou ar condicionado.
«Sem conhecer as potencialidades do carro, tão pouco o valor dos meus adversários, parto com o único objectivo de chegar a Dakar… e ao final de cada dia. No fundo, será uma luta comigo próprio!». Paralelamente ao desafio desportivo, o piloto decidiu aproveitar este projecto para proporcionar ajuda a crianças carenciadas através de duas associações: a Actions Dakar, em África, e a Nariz Vermelho, em Portugal.

Hélder eternamente grato a Viladoms

Pilotos que tiram os olhos da linha de chegada e esquecem as ambições pessoais para ajudar um concorrente em maus lençóis; equipas que perdem um jogo e aplaudem os vencedores e atletas que deixam o adversário marcar um golo. Estes são apenas alguns exemplos dos grandes momentos de fair-play durante 2007.

O amigo inesquecível de Hélder Rodrigues
No passado mês de Setembro, o motard português Hélder Rodrigues sofreu um grave acidente durante o Rali Patagonia-Atacama, na Argentina. Ao passar pelo leito seco de um rio quando rolava a cerca de 160 quilómetros por hora, o piloto luso perdeu o controlo da mota e caiu, fracturando diversas costelas, o baço, além de sofrer outras lesões internas . Pouco depois, o piloto espanhol Jordi Viladoms chegou ao local e ao perceber a gravidade do acidente parou para prestar assistência ao companheiro português. "Estava muito pálido e tonto. Assustei-me. Estava a segurá-lo pelos ombros quando chegou o helicóptero para o evacuar, 40 minutos depois", contou, na altura, Viladoms, que esteve cerca de uma hora ao lado de Hélder Rodrigues, perdendo, naturalmente, muito tempo na classificação geral. No entanto, o fairplay do espanhol foi reconhecido pela organização do Rali, que o compensou com uma hora de bonificação.

"O Jordi salvou-me a vida. Esteve ao meu lado quando mais precisei, deu-me água e manteve-me consciente até chegar o helicóptero. Demorei quatro horas a chegar a um hospital e dissera-me que não morri por cinco minutos", recordou Hélder Rodrigues ao JN, que já tem uma longa história de amizade com Jordi Viladoms. "Estreamo-nos no Dakar no mesmo ano e, durante uma etapa em Marrocos, andamos perdidos durante mais de duas horas. Somos amigos, falamos frequentemente e, este ano, vamos estar novamente juntos no Dakar. Ele está lesionado, mas também vai participar na prova e teremos muito tempo para conversar", acrescentou o piloto português. Após o acidente de Setembro, Hélder Rodrigues esteve em coma induzido, foi-lhe retirado o baço, mas recuperou de forma espectacular, a tempo de alinhar no Lisboa-Dakar deste ano, que arranca sábado, ao lado do amigo Jordi. O Calcio também tem bons exemplos.

O futebol italiano foi notícia pelos piores motivos no ano que hoje acaba. Confrontos entre adeptos e a morte de um polícia e de um simpatizante da Lazio fizeram soar o alarme,mas o desporto-rei transalpino também deu bons exemplos. Um dia após a morte da mulher, o treinador da Fiorentina, César Prandelli, esteve no banco a orientar a equipa frente ao Inter de Milão. Público e jogadores prestaram-lhe uma sentida homenagem, que Prandelli retribuiu no final do encontro, que terminou com a derrota da Fiorentina (2-0). O treinador da equipa viola disse aos seus jogadores para se colocarem em fila indiana e cumprimentarem os vencedores que se dirigiam aos balneários, ao bom estilo do râguebi. A atitude de Prandelli não passou despercebida e este gesto, conhecido no râguebi como o "terceiro tempo" vai passar a ser obrigatório em todos os jogos da 1.ª e 2.ª divisões.

Atitude de cavalheiro
O campeonato inglês é um dos principais exemplos de fairplay. No dia em que morreu o jogador do Sevilha, Antonio Puerta, disputava-se um duelo da Taça da Liga entre Nottingham Forest e Leicester, que a equipa da casa vencia por 1-0 ao intervalo. Durante o descanso, Clive Clark, jogador do Leicester, sentiu-se mal e o jogo foi suspenso, sendo repetido alguns dias começando a zero. E os jogadores do Leicester fizeram questão de repor a verdade desportiva, deixando o adversário marcar um golo. Mesmo assim, acabariam por vencer 3-2.


Fonte: JN

03 janeiro 2008

...entretanto já é oficial

Como podem ler aqui a primeira etapa foi encurtada.

Sejam bem-vindos ao Portimão-Smara

Segundo a RTP (já podem ver o video aqui no final do Telejornal) o Lisboa Dakar 2008 está em risco de nem sequer sair do CCB. O cenário de cancelamento da prova é uma realidade e está neste momento em cima da mesa da organização. Seria um erro colossal. Anulando a primeira etapa e o que resta do Sahara Ocidental para Sul ainda seria possivel fazer um Portimão-Smara com quase dois mil quilometros competitivos bem durinhos. É esta a enorme grandiosidade do Dakar que os Albertos Gonçalves desta vida nunca poderão compreender. E pelos andar da carruagem também parece haver Albertos Gonçalves dentro da própria ASO. Onde estiveres querido Sabine, acende uma velinha a esta malta que não honram o teu nome e memoria.

A Liberdade não tem preço!

ATENÇÃO À NAVEGAÇÃO: Este blogue é um blogue não oficial. Por isso é um blogue livre. Como simples forma de protesto, e até o DAKAR 2008 sair deste país chamado Portugal, este post encabeçará este blogue. O resto da actualidade segue a todo o gás um pouco mais abaixo.

Não sirvas a quem serviu, não peças a quem pediu. Ditado popular português.

Desde que foi conhecido o percurso do Lisboa Dakar 2008 que a polemica estalou. Os mais experientes nestas andanças do for a de estrada rapidamente se aperceberam que iria ser muito difícil ou mesmo impossível ver a primeira etapa da prova ao vivo e a cores. Responsável por esta decisão: Alberto Gonçalves. Quem? Boa pergunta.
Alberto Gonçalves foi um medíocre fotografo que sempre usou e abusou da palmadinha nas costas como estratégia para driblar a sua miopia e falta de jeito com a lente. Ensaboadela acolí, almoço pago acolá, lá se foi safando e hoje pode gabar-se da asneira que faz qual asno imbecil.
O energúmeno dá uma entrevista ao autosport - que infra reproduzimos - onde qual juiz, ou Deus, quiçá, atribui nota negativa ao comportamento do publico (essa entidade abstracta sempre fácil de culpar) português na edição do ano passado da prova. Olvida-se o animal (é burro, perdoe-se) que foi ele que escolheu a armadilha da península de Tróia como cenário da polemica primeira etapa do ano passado.
Por mim não vale a pena perder mais tempo com engraxadores ignorantes. As palavras de Alberto Gonçalves falam por si, devem pois ser lidas com atenção com uma única nota da minha parte: a culpa é um juízo ético de censura individual. A culpa é tua Alberto Goncalves. A culpa é tua pois és tu que decides.
Sorte a nossa que o Dakar haverá de continuar para sempre. Sem passar por países onde a imbecilidade e não o mérito é critério para alcançar o poder.


À conversa com o responsável pelo percurso do Dakar em Portugal

«Público teve nota negativa em 2007»

Ele é o – único! – responsável pela definição do percurso do Dakar em Portugal. Dá pelo nome de Alberto Gonçalves e entre as muitas revelações que faz ao AutoSport, destaque para a confissão de que, em 2007, o comportamento do público mereceu nota negativa nos relatórios da A.S.O. (Amaury Sport Organisation). Mas fique ainda a saber o porquê da opção pelo Campo de Tiro de Alcochete e a razão porque a Lagos Sport não quer que o percurso da etapa inaugural seja repetido.

O Campo de Tiro de Alcochete será o local ideal? Não, não o estamos a pensar como eventual solução para a construção do futuro aeroporto de Lisboa, que esse assunto é um exclusivo de especialistas, pseudo-especialistas e muitos anónimos (estes, a concretizarem o sonho de aparecer nos ecrãs da TV...) a quem a comunicação social tem dado voz nos últimos meses.

A verdade é que há uma nova polémica em torno do complexo militar. Este preconizado pela grande minoria de adeptos e curiosos do desporto automóvel. Porque é que a festa do Dakar começa numa propriedade fechada, onde o público não pode aceder com os seus próprios meios e com uma capacidade limitada a pouco mais de 100 mil pessoas, quando na edição do ano passado estima-se que tenham estado presentes quase meio milhão de espectadores? A resposta a essa e outras perguntas é dada por Alberto Gonçalves, em entrevista exclusiva ao Autosport.


A opção do campo de tiro deve-se, unicamente, à necessidade de mostrar um outro país, ou aos problemas com o público em 2007?
Reconheço que, na última edição, o comportamento do público teve nota negativa nos relatórios. Não foi o piso, ou as dificuldades do percurso que foram avaliados negativamente, mas sim os espectadores. Tendo um problema para resolver, é claro que nem hesitei entre o Campo de Tiro e outra zona.

Não teme uma reacção negativa por parte do público, face às limitações e condicionantes previstas para a etapa inaugural?
Este é um ano de grandes limitações, porque a primeira etapa é disputada numa zona “off-limit” a 100 por cento. O público vai ser encaminhado de autocarro, uma opção com custos bastante elevados, já que vão haver mais de 100 autocarros envolvidos na operação. O público tem de perceber que é uma necessidade da organização. Eu também gostaria de ter ido ver todos os jogos do Euro 2004, mas não consegui, devido às limitações dos estádios. Nós temos zonas em que podemos receber o público, como no Algarve, mas no primeiro dia há limitações impostas pelos proprietários. Não vamos transportar 400 mil pessoas porque é impossível, pelo que a etapa inaugural tem de ser vista como um estádio de futebol.

Está fora de questão um espectador deslocar-se para a primeira etapa com os seus próprios meios?
Sim, porque os acessos vão estar bloqueados. Estamos a falar de duas grandes propriedades privadas, devidamente vedadas. Os seus responsáveis vão abri-las ao público, mas segundo as regras que estão estabelecidas.

Como é que caracteriza o percurso da etapa inaugural?
Um autêntico “cocktail”, com as zonas rápidas e sinuosas, largas e estreitas, a alternarem sucessivamente, com diferentes tipos de piso, desde terra, areia, a pedra solta.

Porque é que a primeira etapa nunca teve o percurso repetido?
Há uma preocupação que está na base da vinda do Dakar para Portugal: mostrar que é um país turístico, que preserva a sua paisagem e que tem condições para organizar iniciativas de grande dimensão. Aliás, o Turismo é um dos grandes patrocinadores do Lisboa-Dakar. Depois da opção pelo interior alentejano, a ida para a Comporta teve como objectivo dar a conhecer um litoral ainda selvagem, enquanto a opção pelo Ribatejo permite mostrar um outro Portugal, bem perto de Lisboa, que a maioria dos estrangeiros não conhece. Não nos podemos esquecer que o Dakar é uma prova para a televisão do mundo inteiro e nós queremos passar imagens belas, para motivar a vinda de turistas.

Então não se trata de uma imposição da A.S.O., mas sim de um princípio da Lagos Sport?
Sim, até porque as etapas de Portugal são da responsabilidade da Lagos Sport, sendo apresentadas à ASO como produto final. É claro que a parte desportiva vem ver o traçado, mas temos carta branca para fazer o percurso do modo que entendermos. O ano passado, eles próprios ficaram surpreendidos com a ideia da areia. Sabíamos que íamos ter problemas, que íamos ter pilotos atascados, mas porque não? Estamos a falar de um Dakar, não de um rali de todo-o-terreno, mas de uma prova de todo-o-terreno.

Então é certo que vamos ter uma primeira etapa nova na edição de 2009?
Sim, o percurso não será disputado na Comporta, nem no Campo de Tiro. O princípio que preside à escolha do percurso da primeira etapa é mostrarmos diferentes zonas do país.

Mas o Algarve contraria a lógica de não repetição do percurso...
A segunda etapa é excepção, porque a Câmara de Portimão, como patrocinadora, tem pedido para mantermos o percurso no concelho. A autarquia fez um grande investimento, que tinha e tem de ser rentabilizado. Não só em termos de percurso, mas também das condições proporcionadas aos espectadores. Exemplo disso, é o facto de, este ano, se ter conseguido duplicar a capacidade do público da zona espectáculo situada no final que, em 2007, já albergou cerca de 17.500 pessoas.

Quantas pessoas trabalham na definição do percurso?
Por causa do secretismo da prova, trabalho sozinho. Apenas vou dando conhecimento à direcção técnica da A.S.O. das ideias que tenho e do que vou fazendo e como há sempre uma altura do ano em que os seus responsáveis vêm a Portugal, aproveito para lhes dar a conhecer o percurso escolhido.


Deve ter sido nesta paródia dos Gato Fedorento que o Alberto Gonçalves se inspirou para tomar as suas sábias decisões

Uma cidade móvel com mais de 2500 pessoas

Uma "cidade", com mais de 2.500 habitantes, vai ser montada e desmontada diariamente para dar apoio à caravana do Rali Lisboa-Dakar, que começa sábado na capital portuguesa e termina no Senegal, a 20 de Janeiro.

Cerca de 20 aviões vão assegurar o transporte de mais de três centenas de pessoas e de toda a logística da mítica prova de todo-o-terreno, contando ainda a organização com cerca de uma dezena de helicópteros para o transporte de fotógrafos, televisões, médicos ou da direcção da corrida.

O acampamento, que começa a ser colocado em pé de manhã e é desmontado no dia seguinte, logo após a partida dos concorrentes, é uma autêntica «Torre de Babel», que este ano contará com mais de 50 nacionalidades.

Para quem chega a tempo do jantar ou para o pequeno-almoço antes da partida, a organização monta um gigantesco "restaurante", em que trabalham mais de 80 pessoas, numa estrutura transportada por 11 camiões.

A estrutura clínica da prova terá 50 pessoas a trabalhar, um hospital de campanha, equipado, por exemplo, com radiologia e bloco operatório, três helicópteros e 14 veículos.

Refira-se que esta edição baterá o recorde de participantes com a participação de 570 equipas: 245 motos, 20 "quads", 205 carros e 100 camiões.

Pela primeira vez, nas etapas africanas, as motos serão reabastecidos com uma mistura que contém biocombustível, realçando a importância que a organização dá aos problemas do ambiente.


Fonte: iol

Ultima Hora – o Dakar 2008 encontra-se em enorme risco (ACTUALIZADO III)

A RTP avançou há momentos no seu Jornal da Tarde uma informação fundamental para o desenrolar da prova.
O Governo francês exorta a organização do Lisboa Dakar 2008 a não passar pela Mauritânia cancelando assim mais de metade da parte competitiva da prova. Caso a organização dê ouvidos ao executivo de Sarkozy esta edição do Lisboa-Dakar pode ser o maior fiasco desportivo de sempre da maratona africana. Depois da polémica com as vergonhosas restrições do acesso ao público das etapas portuguesas causadas pela incompetência e ignorância dos responsáveis portugueses da prova, a noticia agora dada à estampa pelo canal televisivo português só vem confirmar que este pode ser o pior arranque da prova desde que esta sai da capital portuguesa.


…entretanto o semanário Sol escreve na sua edição on line: O Governo francês «desaconselha fortemente a deslocação de franceses à Mauritânia», inclusivamente os que estão inscritos no Rali Lisboa-Dacar, que começa sábado junto ao Mosteiro dos Jerónimos.

O caldo parece mesmo querer entornar-se de forma estrondosa no Dakar 2008, podendo ler-se no sítio oficial da prova que os organizadores do Dakar tomaram conhecimento das declarações do governo francês desaconselhando a deslocação à Mauritânia, por ocasião do rali. Para puderem analisar a situação, vão reunir-se com as autoridades governamentais francesas e mauritanas para tomarem conhecimento dos novos elementos que terão motivado as referidas declarações, apesar das reiteradas garantias dadas pelo governo mauritano.

A juntar a todo este cenário a condizer com o tempo cinzento-escuro e chuvoso de Lisboa corre como certa a anulação da primeira etapa em vários fóruns da Internet. A informação não é segura mas quem a escreve aponta sempre fontes bem informadas nomeadamente jornalistas que acompanharão a prova. A causa da anulação, diz-se ainda nesses fóruns, não será tanto o caos previsto (provocado pelas incompreensíveis opções da organização portuguesa) para as estradas circundantes mas sim o estado lamentavelmente enlameado de alguns sectores do troço que por certo poderá provocar pequenas grandes hecatombes inclusive a alguma figura de proa desta prova.
Fiquem atento, este blogue promete estar sempre na primeira linha informativa.

Imunes a ventos e marés...

...verificações prosseguem
Como estava programado, hoje foi o segundo dia de verificações, administrativas e técnicas no Centro Cultural de Belém. O momento alto teve lugar esta manhã com a passagem da “armada” Mitsubishi pelo CCB, equipa que integra o último vencedor e recordista de triunfos, Stéphane Peterhansel, para além de Luc Alphand, Hiroshi Masuoka e Joan «Nani» Roma.

Já nas duas rodas, o interesse cresceu logo após o almoço com a “verificação” das motos de Cyril Despres, Marc Coma e David Casteu, entre muitos outros, que cumpriram essa formalidade, que antecede a colocação das máquinas no Parque Fechado.

Assim sendo, já poderá, se passar por Belém ver o Parque Fechado muito bem composto, e ter um “gostinho” a Dakar.


Fonte: autosport

Team Dakar USA já está em Lisboa



Entretanto pode ler-se no sítio oficial da prova: Foi numa conferência de imprensa, que teve ares de demonstração de força, que o Team Dakar USA fez a sua chegada ao Dakar 2008. Presentes, na véspera, nas verificações, os dois pilotos, Robby Gordon e Ronn Bailey, os únicos a partirem ao volante dos Hummer, revelaram, hoje, às 14 horas, os respectivos objectivos: a vitória para Robby, um lugar nos vinte primeiros para Ronn. Campeão Nascar, primeiro americano a ganhar uma especial e oitavo no Dakar 2007, Gordon quer, desta vez, ganhar, com um carro que pesa menos 500 kg que o utilizado o ano passado. «Na areia, o meu Hummer é fantástico e rápido» diz com um sorriso, Os americanos estão presentes e prontos para darem espectáculo.

Luis Ferreira - o piloto mais jovem no Lisboa Dakar 2008

Factos e estatísticas do Dakar

Cyril Neveu, de apenas 21 anos, sagra-se vencedor da primeira edição do Paris-Dakar, sendo um dos 69 aventureiros a completar o percurso de dez mil quilómetros, entre os 170 que se apresentaram à partida.

Em 1980, a organização estipula a actual divisão de categorias em motos, carros, e camiões. Freddy Kotulinsky consegue o primeiro e único sucesso da Volkswagen na prova, ao volante de um Iltos;

Três anos depois da sua edição inaugural, os portugueses fazem-se representar na prova, num projecto liderado por José Megre e que teve por base os jipes na União Metalo Mecânica (UMM);

A única vitória da Renault no Dakar remonta a 1982, quando os irmãos Marreau, Claude e Bernard, impuseram o Renault 20 Turbo. Dois anos, já tinham causado sensação entre a caravana automóvel, ao levaram uma 4L ao terceiro lugar da geral;

O primeiro grande susto do rali aconteceu em 1983, quando uma tempestade de areia atingiu os concorrentes no deserto de Teneré: 40 pilotos ficam perdidos, sendo resgatados pela organização apenas ao fim de quatro dias de buscas;

Em 1985, ao cabo da terceira participação de um Pajero, Patrick Zaniroli consegue para a Mitsubishi o seu primeiro de 12 triunfos na categoria automóvel;

Na sombria edição de 1986, Thierry Sabine, o criador da prova, perde a vida num acidente de helicóptero, a meio de uma tempestade de areia. As suas cinzas são espalhadas no deserto;

O Paris-Alger-Dakar de 1986 foi, igualmente, a edição mais longa de sempre. Em 20 dias a caravana percorreu 15 mil quilómetros;

A Peugeot é o único construtor que conta por vitórias o número de presenças na partida (de 1987 a 1990);

Em 1991, Ari Vatanen vence entre os carros pela quarta vez, tornando-se no recordista desta categoria. Entre as motos, Stéphane Peterhansel celebra pela primeira vez à chegada;

O ano de 1992 marcou a primeira grande mudança no percurso. Pela primeira vez, o rali deixou de terminar em Dakar, partindo de Paris e acabando na sul-africana Cidade do Cabo. Nesta edição, Hubert Auriol foi o vencedor entre os carros, resultado que o colocou como primeiro piloto de sempre a vencer nas duas e quatro rodas. O feito só foi repetido em 2004 pelo compatriota Stéphane Peterhansel;

Pela primeira vez em 1997, a prova começa e termina em Dakar, com passagem pelo Níger e pelo mítico deserto de Ténéré. Jutta Kleinschmidt faz história nesse ano ao tornar-se na primeira mulher a vencer uma etapa;

Em 1998, Peterhansel entra para a história do Dakar ao ganhar a categoria das motos pela sexta vez, todas ao serviço da Yamaha;

Do Dakar até ao Egipto, a 22ª edição da prova foi de má memória para Carlos Sousa e João Luz que sofreram um grave acidente numa das etapas líbias, quando foram surpreendidos por uma duna mais traiçoeira;

Em 2001, Jutta Kleinschmidt torna-se na primeira e única mulher da história a vencer a prova, ao volante de um Mitsubishi Pajero e acompanhada pelo actual co-piloto de Carlos Sousa na VW, o alemão Andy Schulz;

Duplo vencedor em 2001 e 2002, Fabrizio Meoni, uma das figuras mais queridas de todo o pelotão, perde a vida na trágica edição de 2005;

Portugal entra na rota do Dakar em 2006, tornando-se no 24º país ser descoberto pela caravana do Dakar;

Vitórias Absolutas - Pilotos
Auto
4 - Ari Vatanen
3 - Pierre Lartigue
3 - René Metge
3 - Stéphane Peterhansel
2 - Hiroshi Masuoka
2 - Jean-Louis Schlesser
Moto
6 – Stéphane Peterhansel
5 – Cyril Neveu
4 – Edi Orioli
3 – Richard Sainct
2 – Hubert Auriol
2 – Rahier
2 – Fabrizio Meoni
Camião
6 – Karel Loprais
5 – Vladimir Tchaguin
2 – Georges Groine

Vitórias albsolutas - Marcas
Autos
12 - Mitsubishi
4 - Citroen
4 - Peugeot
2 - Porsche
2 - Range Rover
2 - Schlesser
1 - Mercedes
1 - Renault
1 - Volkswagen
Motos
9 – Yamaha
7 – KTM
6 – BMW
5 – Honda
2 – Cagiva
Camiões
7 – Kamaz
6 – Tatra
5 – Mercedes
4 – Perlini
1 – Sonacone
1 – Hino
1 – ALM/CMAT
1 – DAF
1 - MAN


fonte: autosport

Volkswagen: Só falta ser infalível

Após quatro tentativas falhadas com o Race Touareg, a Volkswagen não altera os seus objectivos, mantendo a pretensão de ser o primeiro construtor a vencer o Dakar com uma viatura de motorização diesel

Chegou ao Dakar em 2003 com os buggy Tarek “para aprender”. No ano seguinte, pagou bem cara a juventude do Race Touareg. Mas, a partir daí, foi terceira em 2005 e segunda em 2006. Seguindo este trajectória, tudo apontava para que o último ano fosse, enfim, de glória para os azuis da Volkswagen. Pelo menos durante semana e meia, Kris Nissen teve a legitimidade de sonhar com a tão desejada primeira de um carro com motorização diesel no Dakar, vendo Giniel de Villiers e Carlos Sainz ocuparem os lugares cimeiros à chegada ao dia do descanso, tendo o melhor dos Mitsubishi a mais de 25 minutos … Só que depois, bom, depois o sonho transformou-se em pesadelo e em dois dias sucessivos a desgraça abateu-se sobre a marca alemã, que viria mesmo a ficar arredada de um lugar no pódio, cabendo ao improvável Mark Miller salvar a honra da equipa, no quarto posto da geral.

Em todo o caso, e olhando apenas para a estática, apetece dizer que à Volkswagen faltou apenas ser infalível na última edição. Os números não enganam. Esteve à frente da corrida durante oito etapas e venceu dez das 14 especiais: cinco com Sainz, quatro com de Villiers e um com Carlos Sousa, ele que foi o primeiro líder da prova.

Para o seu sexto Dakar à frente dos destinos da Volkswagen Motorsport, o discurso de Kris Nissen não poderia ser mais simples e directo: «Tal como em 2007, queremos ganhar. Nada menos do que isso».

Carlos Sainz - O incontornável
Nas duas edições anteriores (as únicas em que alinhou no Dakar) esteve longe de ser o melhor representante da Volkswagen, mas a realidade é que Carlos Sainz é uma figura incontornável do automobilismo mundial. Mas não é só o estatuto conferido por dois títulos, quatro vice-campeonatos e 26 vitórias no Mundial de Ralis que faz do espanhol um dos principais candidatos à vitória. O ano passado, venceu, nada mais nada menos, do que cinco etapas, quando já, em 2006, se tinha imposto por quatro vezes! Se dúvidas houvesse quanto à sua competitividade, os números confirmam porque Sainz é um dos pilotos mais temidos e respeitados pelos adversários, até porque, como confidencia, «vamos voltar a apostar na mesma estratégia de 2007. Vamos impor o nosso ritmo e quando chegarmos à Mauritânia veremos como nos situamos em relação à concorrência, de modo a definirmos a táctica até final. Estou convencido que esta será uma das edições mais duras da prova. No entanto, tudo farei para chegar à vitória».

Três anos de Dakar
Nasceu a 12 de Abril de 1962 e notabilizou-se no Mundial de Ralis, onde somou 26 vitórias e dois títulos mundiais. O talento e prestígio valeram-lhe, em 2005, o convite da Volkswagen para integrar a equipa oficial. A Baja de Portalegre foi o palco da estreia e o resultado a vitória! Escassas semanas depois, debutou no Dakar e se o 11º lugar final como que traduziu a sua inexperiência na prova, os sucessos conquistados em quatro etapas demonstraram que, sem os problemas de que foi vítima, teria estado na discussões da vitória. Na edição de 2007, o resultado não foi muito mais expressivo... A nona posição traduziu o quanto a prova pode ser fértil em percalços! Vingou-se depois com o “título” na Taça do Mundo, graças à vitória no Transibérico e aos segundos lugares em Marrocos e UAE Desert Challenge. Se o programa for considerado como o mais “genuíno” teste para o Dakar, Sainz figura como o principal candidato à vitória...


Fonte: autosport

02 janeiro 2008

Ruben Faria chega às verificações…a pé

O português Ruben Faria chegou às verificações, em Belém, sem a moto que vai tripular no Euromilhões Lisboa – Dakar.
«Fiz a afinação das suspensões, ontem, mas ainda não as testei, o que vou fazer esta tarde», explicou o piloto. A verificação da KTM 690 do piloto da equipa Lagos foi adiada para quinta-feira, 3 de Janeiro. «Não há problema, já que não passa de um pequeno atraso», garante o “motard”. Ruben Faria vai apostar nas especiais portugueses, que os seus compatriotas gostariam de o ver ganhar. Mas o piloto visa mais longe: «É verdade que ganhei a segunda especial há dois anos e que fui primeiro e segundo nas primeiras etapas de 2007. Mas este ano, o meu objectivo é de terminar entre os 10 primeiros da geral. Quero, por isso, ser regular e não forçar de entrada. Se, apesar disso, ganhar uma especial, melhor…»
O seu colega de equipa, Hélder Rodrigues, chegou às verificações ao fim do dia e revelou que também ele não está disposto a forçar nas primeiras etapas: «Agora, sinto-me bem, mas tive um acidente, na Argentina, no mês de Setembro. Passei um mês no hospital e ainda tenho alguns problemas no braço esquerdo. Vou ser prudente».


fonte: dakar.com

Stéphane Peterhansel ou o "Diabo vermelho"

Nove vezes vencedor do Dakar (seis em moto e três em automóvel), Stéphane Peterhansel promete não deixar a fasquia por aqui, tanto mais que está agora a apenas um sucesso de igualar o histórico recorde de Ari Vatanen nos automóveis.

Tirando partido do seu vasto conhecimento das dunas e navegação, o consagrado piloto francês aposta em reeditar o sucesso da última edição: «Fácil, evidente que não será, até pelo nível que a concorrência já mostrou. De mais a mais, o novo regulamento técnico penalizou bastante o nosso carro. Apesar desse handicap, a equipa trabalhou bastante no chassis e no conforto dos pilotos, pelo que há boas razões para estarmos motivados. De resto, com etapas ainda mais difíceis no programa, a fiabilidade promete ser um ponto crucial. E a minha vitória no Dubai é disso um bom exemplo».

20 anos de Dakar
Nascido a 6 de Abril de 1965, no mesmo dia em que Luc Alphand, o seu companheiro na Mitsubishi e grande adversário das últimas edições, Peterhansel alinhou à partida do seu primeiro Dakar em 1988, entrando logo pela porta grande, pelas mãos da Yamaha, com quem assinou todos os seus seis triunfos nas duas rodas, o primeiro em 1991 e o último em 1998. Aos 33 anos, o então recordista de vitórias em motos assumiu um novo desafio na sua carreira e virou-se para os automóveis.

Estreou-se com um promissor sétimo lugar, mas teve esperar até 2004 para copiar os passos de Hubert Auriol e se tornar no segundo piloto da história a triunfar nas duas e quatro rodas, estando agora a apenas um sucesso de igualar o recorde de Ari Vatanen neste pelotão.


fonte: autosport

Mitsubishi: Fim da dinastia Pajero - Diesel e novo modelo em 2009

A 30ª edição do Lisboa-Dakar marcará a última aparição oficial do Pajero, modelo que fez o seu baptismo em 1983 e cuja última geração, baptizada de MPR13, foi estreada precisamente no último ano.

Em 2009, a Mitsubishi anunciou já que estreará um novo veículo nesta corrida, tendo agora por base um outro modelo da sua gama – a divulgar no próximo Salão de Paris -, substituindo velhinho motor V6 a gasolina por um mais moderno e competitivo diesel de injecção directa “common-rail”, cujo desenvolvimento está já em marcha.

O anúncio foi feito pelo próprio presidente da Mitsubishi Motors Corporation, Osamu Masuko, durante a apresentação oficial da equipa, no Japão. «Posso apenas dizer que alinharemos na próxima edição com um carro muito diferente do Pajero e, pela primeira vez, propulsionado por novo motor diesel que, posteriormente, será introduzido em toda a nossa gama».

Recorde-se que a equipa liderada por Dominique Serieys chegou a ponderar (e até a anunciar) a inscrição de pelo menos uma viatura com motorização diesel já nesta edição, abandonando depois esta ideia face à notória falta de competitividade revelada.


Fonte: autosport

Bianchi Prata quer manter título de 450cc na equipa

Embora amputada da sua grande estrela - o motard Helder Rodrigues, que o após o quinto lugar na última edição do Dakar se transferiu para o debutante Lagos Team -, a formação da Bianchi Prata Competições parte determinada em manter o título da categoria 450cc na equipa. A estrutura sediada em Vila Nova de Gaia terá agora no repetente Pedro Bianchi Prata o seu principal pilar. «Mais do que repetir a inesquecível experiência de Janeiro passado, o objectivo é agora chegar entre os sete primeiros da geral e vencer a classe», estipula o heptacampeão Nacional de Enduro e Todo-o-Terreno, que aposta no potencial da Yamaha WR 450 desenvolvida em Portugal.

Integrados na estrutura de três mecânicos, um motorista, dois jipes de assistência rápida e um camião 6x6 seguem, ainda, os estreantes Luís Ferreira, o benjamim de todo o pelotão nacional - conta apenas 20 anos, mas já exibe quatro títulos de Motocross no seu palmarés -, e o experiente João Rosa, antigo Vice-Campeão Nacional de Enduro (98) e vencedor de duas etapas no último Rali dos Sertões. Um e outro estabelecem como único objectivo «terminar a prova e aprender o máximo possível».

X-Raid: O ano da afirmação

Mais do que arbitrar o duelo entre a Mitsubishi e a Volkswagen e manter o papel de eterna “outsider”, a X-Raid assume que este vai ser o ano do tudo ou nada

Se alguém ainda tinha dúvidas quanto ao potencial competitivo dos BMW da X-Raid, por certo que as dissipou em definitivo após o recente UAE Desert Challenge, no Dubai, tido como o último ensaio competitivo antes do Dakar. Em confronto directo com as poderosas formações da Mitsubishi e a Volkswagen, o revisto e melhorado X3 Cross Country conduzido por Nasser Al-Attiyah não fez a coisa por menos, impondo-se em cinco das sete especiais, apenas falhando uma presença no lugar intermédio do pódio devido a um imponderável mecânico, a 30 quilómetros da chegada.

Mais do que o papel de eterna “outsider”, a X-Raid de Sven Quandt entende que chegou a hora de assumir uma formal candidatura à vitória no próximo Dakar, até para apagar da memória as desilusões que coleccionou nos dois últimos anos e, claro, honrar a memória de Colin McRae, ele que tinha previsto regressar ao Dakar precisamente ao volante de um BMW.

«Apesar de não sermos uma equipa de fábrica e estarmos limitados em termos de meios, trabalhámos muito nesta última época, sendo certo que estamos agora muito mais perto da Mitsubishi e Volkswagen e talvez mesmo em condições de batê-las», assume o patrão da equipa que colocará no terreno quatro X3, para os repetentes Nasser Al-Attyah e Guerlain Chichérit, o “estreante” Bruno Saby (que ocupa o lugar deixado vago por McRae) e ainda o brasileiro Paulo Nobre, ficando o único X5 assistido pela X-Raid para Miguel Barbosa, no regresso do lisboeta à formação com que se sagrou Bicampeão Nacional em 2005.

Nasser Al-Attyah - O árabe voador
Não tem a experiência de Bruno Saby (já com 14 presenças na prova que venceu em 1993), tão pouco a fogosidade de Guerlain Chichérit (o francês que deitou tudo perder na última edição, logo à entrada de Marrocos). Em todo no caso, é nele que recaem as principais esperanças da X-Raid num resultado histórico. Uma pressão que Nasser Al-Attyah, sexto classificado no último Dakar e ainda a caminho da sua quarta participação na prova, não rejeita. «Ganhar será o único resultado positivo para mim. Aprendemos muitos com os erros do passado e os últimos resultados falam por si. Fui terceiro em Marrocos e liderei boa parte da prova no Dubai, onde estivemos mais perto do que nunca dos Mitsubishi e Volkswagen. Acredito que vai ser um Dakar muito competitivo desde início, mas espero fazer a diferença no deserto, um terreno onde me sinto em casa», avisa o Campeão do PWRC em 2006.


fonte: autosport

Já começou o Lisboa Dakar 2008

Pelo terceiro ano consecutivo o Centro Cultural de Belém recebe os organizadores do “Dakar”, para ai realizarem as verificações técnicas e administrativas que antecedem a partida da prova. Durante três dias todos os veículos de prova e também os carros de assistência, vão ser vistos a pente fino pelos comissários desportivos, para verificarem que estão todos dentro dos regulamentos. Ao mesmo tempo, pilotos e co-pilotos vão fazer um “percurso” pelas verificações administrativas, onde vão apresentar as suas licenças desportivas, cartas de condução e todos os documentos pedidos pela organização.

Para o primeiro dia, a maior parte dos pilotos portugueses vão ser controlados, vem como 65 motos, 60 carros, 25 camiões e 65 veículos de assistência, que deveram, se tudo correr bem, ter o selo de autorização para a partida da grande maratona. No total, vão ser 248 motos e quads, 204 carros e 98 camiões que vão ter de passar nas verificações para estarem no pódio de partida no próximo sábado.


Fonte autohoje

Hummer em dose dupla

Oitavo classificado na anterior edição, vencedor de uma etapa e segundo entre os carros de apenas duas rodas motrizes - onde apenas foi batido por Jean-Louis Schlesser -, Robby Gordon apresenta-se pela terceira vez consecutiva à partida de Lisboa ao volante do impressionante Hummer M3. Um carro que não é mais do que um buggy construído sobre um chassis tubular e que vem equipado com um motor V8 a gasolina de 6 litros de cilindrada e anunciados 450 cavalos de potência.

Motivado pelas drásticas evoluções levadas a cabo no seu carro, em particular ao nível da suspensão, o mediático californiano mantém inalterado o objectivo de se tornar no primeiro norte-americano a vencer um Dakar, vendo agora as suas ambições reforçadas com a inscrição de um segundo carro em tudo idêntico ao seu, para o compatriota e amigo Ronn Bailey. «Poder contar com alguém tão experiente como o Ron é, sem dúvida, um trunfo adicional para a consolidação da equipa, reforçando ainda mais os nossos objectivos», admitiu “Fast” Gordon.


Fonte: autosport

Sousa lidera ambições lusas nos automóveis

O mês de Janeiro promete ser em cheio para o mais mediático e bem sucedido dos pilotos portugueses que integram a vasta comitiva lusa deste Lisboa-Dakar 2008. Aos 41 anos, e já caminho da sua 12ª participação na prova, Carlos Sousa coloca a fasquia mais alta do que nunca, apostando num inédito lugar no pódio antes do regresso apressado a Portugal, para ser pai pela segunda vez - desta vez, de uma menina.

Quinto classificado em 2001 e 2002, quarto em 2003 - a melhor prestação portuguesa de sempre na prova - e sucessivamente sétimo colocado nas edições de 2005, 2006 e 2007, o piloto que pelo segundo ano integra o Lagos Team, guiando o poderoso Race Touareg 2 da favorita VW Motorsport, entende que é chegado o momento de elevar a fasquia e fazer história. «Penso que lutar por um pódio é uma ambição legítima, um objectivo que pode ser concretizado, até porque já ficámos tantas vezes tão perto. No último Dakar, por exemplo, poderia ter sido um resultado perfeitamente atingível, não fosse aquela célebre etapa de dunas onde me desencontrei do meu navegador.

Cada vez mais «entrosado e familiarizado com a equipa», Carlos Sousa garante que nunca chegou a um Dakar «com tantas quilómetros de testes realizados no defeso». No passado, recorda, «estive sempre em equipas onde nunca era convidado para testar, levando sempre no carro soluções do ano anterior. Essa é que grande a diferença para este ano, pois além dos testes que realizei terei um carro exactamente igual ao dos meus colegas de equipa. Agora, só resta mesmo acreditar que teremos a pontinha de sorte que nos tem faltado no passado em alturas decisivas».


Fonte: autosport

Barbosa quer terminar no “top ten”

Após dois anos de aprendizagem com o Team Dessoude, o primeiro ao volante de uma Nissan Pathfinder (21º) e o segundo no mais competitivo Proto Dessoude (24º), Miguel Barbosa e Miguel Ramalho arrancam para o seu terceiro Dakar com objectivos bem mais ambiciosos, acreditando que será possível lutar por um lugar entre os dez primeiros da categoria automóvel.

De regresso à X-Raid, a dupla Tricampeã Nacional de Todo-o-Terreno estreará em África o BMW X5 com que chegou ao título absoluto em 2005, se bem agora bem mais competitivo e adequado às características desta prova. «Mesmo não sendo uma máquina para vencer, acredito que será um carro para se fazer notar», analisa o piloto lisboeta, consciente que as últimas evoluções introduzidas no X5, tanto ao nível do motor como, sobretudo, ao nível dos travões «farão toda a diferença. Este ano, temos um carro bastante equilibrado e fiável, mesmo apesar de não ser o mais evoluído da BMW, tendo algumas diferenças para o X3. Em todo o caso, e pelo que já pude perceber, será muito competitivo na areia, logo numa edição que terá a sua parte decisiva na travessia da Mauritânia». De qualquer modo, continua, «sabemos que o Dakar é uma prova imprevisível, pelo que será também preciso alguma dose de sorte para conseguirmos atingir os objectivos a que nos propomos. Afinal, é preciso não esquecer que a concorrência será fortíssima, havendo cerca de 15 equipas, entre oficiais e privadas, em condições de discutir o pódio. Assim, não vai ser nada fácil entrar neste lote… Mas queremos estar logo a seguir, tentando garantir um lugar entre os dez primeiros. Tudo o que vier a mais será excelente».


Fonte: autosport

Uma verdade conveniente

Cada vez mais sensível às críticas e ao impacto ambiental causado pelo avançar da caravana ao longo de 15 dias de corrida, a organização do Dakar, em parceria com a Agência do Ambiente e da Energia, encomendou, pela primeira vez em 2007, um estudo que se propôs medir e avaliar os efeitos causados directa e indirectamente pela prova.

Após contabilizar as emissões dos combustíveis dos concorrentes e organização, o estudo tomou igualmente em consideração o impacto do número de espectadores em Lisboa, assim como as viagens de cada uma das equipas antes e depois do rali. Resultado: 22 mil toneladas de CO2 no cômputo geral do Lisboa-Dakar 2007… o mesmo número que um único Grande Prémio de F.1!


Fonte: autosport

01 janeiro 2008

Camiões: Aumenta o leque de candidatos ao primeiro lugar

A surpreendente vitória de Hans Stacey ao volante de um MAN na última edição do Lisboa-Dakar interrompeu o domínio que a Kamaz mantinha ao longo dos últimos anos. A marca Russa, com Vladimir Chagin à cabeça, volta a assumir-se como favorita, inscrevendo três camiões, menos um que a MAN que volta a ter Hans Stacey para tentar uma segunda vitória consecutiva. Para além destes, é preciso contar com os Ginaf da família De Rooy e com os Tatra.

Esta edição do Lisboa-Dakar fica, marcada pela criação de duas categorias, a de Super-produção e a de Produção. A primeira será para os protótipos, enquanto a segunda incluirá os camiões mais próximos dos de série como o de Elisabete Jacinto. A piloto Português está de regresso com o seu MAN e com fortes ambições. Mais adaptada ao seu camião, Elisabete Jacinto procura um lugar entre o top5 na categoria de produção. Recorde-se que na anterior edição do Dakar, Elisabete Jacinto terminou no 21º lugar absoluto, entre 80 concorrentes à partida e 59 à chegada, tendo terminado na sexta posição entre os camiões de produção.

Principais equipas entre os camiões:
MAN
Hans Stacey
Philippe Jacquot
Franz Echter
Geert Verhoeven

Kamaz
Vladimir Chagin
Firdaus Kabirov
Ilgizar Mardeev

Tatra
Ales Loprais
Andre de Azevedo
Tomas Tomecek

Ginaf
Wulfert Van Ginkel
Marcel Van Vliet
Rob Vink
Jan De Rooy
Gerard De Rooy
Hugo Duisters


Fonte: iol