Mais do que arbitrar o duelo entre a Mitsubishi e a Volkswagen e manter o papel de eterna “outsider”, a X-Raid assume que este vai ser o ano do tudo ou nada
Se alguém ainda tinha dúvidas quanto ao potencial competitivo dos BMW da X-Raid, por certo que as dissipou em definitivo após o recente UAE Desert Challenge, no Dubai, tido como o último ensaio competitivo antes do Dakar. Em confronto directo com as poderosas formações da Mitsubishi e a Volkswagen, o revisto e melhorado X3 Cross Country conduzido por Nasser Al-Attiyah não fez a coisa por menos, impondo-se em cinco das sete especiais, apenas falhando uma presença no lugar intermédio do pódio devido a um imponderável mecânico, a 30 quilómetros da chegada.
Mais do que o papel de eterna “outsider”, a X-Raid de Sven Quandt entende que chegou a hora de assumir uma formal candidatura à vitória no próximo Dakar, até para apagar da memória as desilusões que coleccionou nos dois últimos anos e, claro, honrar a memória de Colin McRae, ele que tinha previsto regressar ao Dakar precisamente ao volante de um BMW.
«Apesar de não sermos uma equipa de fábrica e estarmos limitados em termos de meios, trabalhámos muito nesta última época, sendo certo que estamos agora muito mais perto da Mitsubishi e Volkswagen e talvez mesmo em condições de batê-las», assume o patrão da equipa que colocará no terreno quatro X3, para os repetentes Nasser Al-Attyah e Guerlain Chichérit, o “estreante” Bruno Saby (que ocupa o lugar deixado vago por McRae) e ainda o brasileiro Paulo Nobre, ficando o único X5 assistido pela X-Raid para Miguel Barbosa, no regresso do lisboeta à formação com que se sagrou Bicampeão Nacional em 2005.
Nasser Al-Attyah - O árabe voador
Não tem a experiência de Bruno Saby (já com 14 presenças na prova que venceu em 1993), tão pouco a fogosidade de Guerlain Chichérit (o francês que deitou tudo perder na última edição, logo à entrada de Marrocos). Em todo no caso, é nele que recaem as principais esperanças da X-Raid num resultado histórico. Uma pressão que Nasser Al-Attyah, sexto classificado no último Dakar e ainda a caminho da sua quarta participação na prova, não rejeita. «Ganhar será o único resultado positivo para mim. Aprendemos muitos com os erros do passado e os últimos resultados falam por si. Fui terceiro em Marrocos e liderei boa parte da prova no Dubai, onde estivemos mais perto do que nunca dos Mitsubishi e Volkswagen. Acredito que vai ser um Dakar muito competitivo desde início, mas espero fazer a diferença no deserto, um terreno onde me sinto em casa», avisa o Campeão do PWRC em 2006.
fonte: autosport
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