04 janeiro 2008

Reacções (I) - Câmaras de Portimão e de Benavente querem ser indemnizadas pelo cancelamento da prova

O presidente da Câmara Municipal de Portimão declarou que vai pedir à organização do Lisboa-Dakar 2008 o retorno de 1,5 milhões de euros que a autarquia investiu para receber a prova que foi hoje cancelada. De igual modo, o presidente da Câmara de Benavente indicou que a autarquia vai negociar com a organização da prova o ressarcimento dos cerca de 30 mil euros que investiu.

De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Portimão, Manuel da Luz, os "juristas da autarquia estão a estudar as contratualizações que foram feitas para que seja exigida à organização o retorno do investimento que a autarquia fez para receber a prova em Portimão".

O autarca disse à Lusa que já foram investidos 90 por cento do milhão e meio de euros, estando os restantes 10 por cento destinados a alojamento e outras questões logísticas para o fim-de-semana.

Manuel da Luz considerou a situação "estranha" porque "alegadamente terá a ver com as mortes de turistas franceses que ocorreram há cerca de uma semana". "Espero que não seja uma questão política entre os governos francês e da Mauritânia", disse.

A edição 2008 do rali todo-o-terreno Lisboa-Dakar foi hoje cancelada devido a razões de segurança.

A empresa organzidora Amaury Sport Organization (ASO) justificou o cancelamento da prova, pela primeira vez na sua história, com razões de segurança e "ameaças directas contra a prova", num comunicado emitido hoje em Lisboa.

Câmara de Benavente quer ser indemnizada em 30 mil euros

O presidente da Câmara de Benavente, António José Ganhão, que falava à Lusa depois de saber do cancelamento da prova, disse que a autarquia tinha tudo contratualizado com a organização, razão pela qual tem agora "que ser ressarcida pelo investimento que fez".

"Tudo o que tínhamos negociado com o Dakar estava implantado no terreno, desde os terrenos para os pontos de encontro, animação musical, transportes, WC, tenda gigante, entre outros, um investimento de perto de cerca de 30 mil euros do qual temos agora que ser ressarcidos já que não vamos ter contrapartidas", frisou António José Ganhão.

O autarca lamentou ainda o cancelamento do Lisboa-Dakar 2008 mas afirmou entender o "risco" que a prova representava para os concorrentes franceses e para as companhias de seguros que "decidiram não arriscar".

Fonte: publico.pt

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