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20 novembro 2007

Recordando a passagem do Rali em 2007 por Portugal…

…na esperança que na edição de 2008 o público compreenda o seu papel na prova e assegure a visita do mítico Dakar por muitos e bons anos no nosso país. Ou por outras palavras, por amor a Deus (já que parece que alguns não têm amor próprio) portem-se bem, porra; não se ponham à frente dos veículos nem sequer em locais onde eles possam ir ter convosco em caso despiste. O Dakar é uma prova desportiva não é um passeio TT!

31 janeiro 2007

Obrigado a todos

A edição do Lisboa Dakar deste ano, hoje – passados poucos dias do fim da prova – mais não é do que uma excelente recordação. Foi, sem dúvida, a edição da prova vivida de forma mais intensa pelos portugueses adeptos dos desportos motorizados.
Invasões em Belém a na Península de Tróia, vitórias portuguesas em etapas, quer nas motos, quer nos carros. Um tão inédito quanto surpreendente quinto posto à geral de Hélder Rodrigues. Rapidez e focalização na vitoria como nova vida de Carlos Sousa. Uma prova mais do que digna: brilhante.
O que faltou em emoção pelo pobre cenário desportivo desta edição foi amplamente compensado pelo acompanhamento minuto a minuto dos nossos; tarefa hoje facilitada pelos novos meios de comunicação que fazem esquecer que ainda há pouco mais de dez anos ficávamos dias sem saber notícias dos concorrentes (e amigos) que andavam por Africa.
Foi mais uma vez um prazer fazer este vosso blogue. Apesar de nem todos perceberem o trabalho que dá levar esta empresa para diante, fico contente com as mais de dez mil visitas (e mais de vinte mil pageviews) conseguidas apenas no mês de Janeiro. Fico também feliz por este ano ter podido acompanhar mais de perto a prova, o que permitiu opinar mais sobre o desenrolar da mesma, ajudando a matizar um pouco o espírito copy-paste deste blogue.
E pronto, agora é tempo de hibernar; pois há mais vida (também na blogosfera) para alem do Lisboa-Dakar.

Pedro Soares Lourenço

Chegou a ser assustador!!

Afirmam os pilotos Mário Ferreira e José Carlos Sousa no balanço da sua primeira participação no maior rali do mundo

O Euromilhões Lisboa-Dakar 2007 chegou ao fim. Com ele, os sonhos concretizados de uns e as desilusões de muitos que ficaram pelo caminho. Para a equipa laranjinha, constituída pelos empresários nortenhos Mário Ferreira e José Carlos Sousa, a sua participação foi coroada de êxito, meticulosamente gerida como se das respectivas empresas se tratasse, mas sem nunca perder o verdadeiro sentido de aventura com que desenvolveram o projecto, desde o primeiro minuto.
A exploração do prazer nas mais diversas situações levou-os, mesmo, a trocar de posições na condução e na navegação, ao longo da prova, de modo a que ambos pudessem fruir novas experiências no todo o terreno de alta competição, sem que isso afectasse as suas prestações ou o espírito com que encararam a corrida. Mas foram mais longe: foram recolhendo imagens por onde passavam, um olhar de dentro para fora, reunindo assim mais um interessante acervo fotográfico, a juntar ao já imenso e valioso que Mário Ferreira possui.

Após cerca de oito mil quilómetros, a equipa tem sobejos motivos de orgulho na sua 106ª posição final, sobretudo ao verificar que cerca de 200 equipas auto, ainda em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, tinham feito votos para terem estado na grande festa do Lac Rose, o que veio a acontecer para quase metade delas. Isto, sem falarmos nas motos e nos camiões, para além de diversos veículos de assistência(!) que também ficaram pelo caminho.

Numa breve análise global à prova, lado a lado com José Carlos Sousa, Mário Ferreira considera:
- O Lisboa-Dakar é uma prova muito dura, muito para além do que se imagina antes de participar. Ocorrem, permanentemente, situações de perigo para as máquinas e para as pessoas que as tripulam. Mas há também o perigo dos sítios hostis, das pistas difíceis e cheias de armadilhas, dos animais, a pressão das horas que nos podem levar a cometer os pequenos grandes erros, a condução rápida no meio do pó, a pressão da noite, da escuridão total, do isolamento, do receio de nos perdermos…
- E a viagem, a tal aventura?
- Fabulosa! Percorrer África é sempre um mistério. Paisagens muito diferentes, apesar de alguns elementos comuns, ora em plena areia de múltiplas tonalidades, ora num cenário caracterizadamente lunar, seguido de um deserto pedregoso e logo, a savana e a floresta. Depois da travessia de Portugal para Marrocos, e da breve passagem em Tan Tan, é necessário chegar a Dakar para voltar a ver o mar. Uma viagem muito rica em experiências para os sentidos.

- Uma boa experiência enquanto equipa?
- Foi excelente. Uma equipa que se complementou muito bem, a todos os níveis, que soube gerir as características de cada um em benefício da eficácia. Para duas pessoas que se tinham conhecido pouco tempo antes, não poderia ter corrido melhor!

- A eficácia aconteceu, também, com a assistência da Toyota France, a avaliar pelos poucos problemas verificados…
- Há que dizê-lo, tivemos uma assistência irrepreensível. Foi contratado um mecânico português, o Francisco, da Moletto Sport, para integrar a assistência da Toyota France, tendo sido ajudado por outro português, o Rodrigues, que dava apoio a outra equipa portuguesa e que também acompanhou a nossa. Tudo o que foi necessário fazer ao carro, antes de haver qualquer problema, foi feito. A caixa de velocidades foi substituída no meio das dunas, aproveitou-se para substituir a embraiagem e nas assistências de final de etapa, a atenção técnica era total.

- Tudo isso significa que correu conforme as expectativas…
- Correspondeu integralmente. Por isso nos preparámos o melhor possível e definimos o projecto de participação ao pormenor.

Investimento
totalmente coberto

- Um investimento cujos números terão ido além do que fora inicialmente previsto?
- É tudo muito relativo. Como tive oportunidade de dizer publicamente, a nossa equipa terá sido das poucas, sobretudo entre os portugueses, que partiu para o Dakar já com todos os custos cobertos, incluindo o carro! Naturalmente, temos a agradecer aos nossos patrocinadores, que acreditaram na filosofia do nosso projecto de participação, numa prova em que geralmente, só as equipas da frente é que têm o máximo retorno e visibilidade. Julgamos que os nossos apoiantes financeiros e outros se sentirão, hoje, recompensados. Concluímos o Dakar, esta, a nossa grande vitória e fomos os únicos rookies na categoria T2 a chegar ao fim.


- A pergunta inevitável: como é que uma equipa rookie gere a sua participação no maior rali do mundo?
- Tal como já o dissemos algumas vezes: como gerimos as nossas empresas. Todos os investimentos a efectuar têm de ser analisados, tal como é preciso gerir cada situação, perspectivá-las sob diferentes ângulos, A ponderação é essencial para não se entrar em loucuras e chegar ao fim. Uma vez mais, há que saber gerir os recursos técnicos e humanos para que tudo corra bem.

- Quais as situações de maior dificuldade?
- Em abono da verdade, foi conduzir ou navegar à noite, praticamente sem luz, nem das estrelas e no meio do pó…Chega a ser assustador!
- Poder-se-á dizer que partiram rookies e regressam profs?...
- Não, de todo! Regressamos rookies, com uma importante experiência assimilada mas, ainda, com muita coisa para aprender!!
Os conselhos do prof Luís Costa foram recordados nas situações de maior apuro?
Inevitavelmente. Sobretudo as aulas de condução em areia e diversas situações práticas que treinámos com ele. Valeu a pena.

- Quer dizer que valerá a pena voltar?
- Foi muito interessante mas, para já, vamos digerir tudo isto. Adiante se verá. Agora, é o “caminho das estrelas”.

- Quais as principais imagens a reter?
- São três: a escuridão, o nevoeiro, o travar a fundo; o pôr do sol entre as dunas; o espírito lusitano de vencer todas as dificuldades!


Fontes: matosinhoshoje.com e infordesporto.pt

25 janeiro 2007

Sabor "agri-doce" para Miguel Barbosa

A segunda participação da dupla portuguesa, Miguel Barbosa/Miguel Ramalho, no Lisboa-Dakar 2007, apesar de ter tido um desfecho positivo, não foi aquele que a dupla da Vodafone Liberty Seguros Team desejou à saída da capital portuguesa. O 24º lugar da geral, não espelha as prestações da dupla Bi-Campeã Nacional ao longo da prova.

O desfecho acabou por não ser o ambicionado, já que os objectivos da dupla passavam por terminar perto dos dez primeiros lugares. A realidade é que Miguel Barbosa, em alturas que o Proto Dessoude permitiu, andou ao seu nível: "Tivemos de fazer frente a muitos problemas mecânicos que condicionaram a nossa prestação em determinadas etapas. Problemas mecânicos que passaram por transmissões partidas, a falhas de motor e ainda a problemas no macaco hidráulico, que simplesmente não funcionava nos momentos em que mais precisávamos dele: quando estávamos atascados", começou por explicar o piloto lisboeta.

Problemas estes que depois de definitivamente solucionados, mesmo que tarde, permitiram a Miguel Barbosa ser protagonistas de alguns brilharetes: "As últimas etapas correram realmente muito bem. Para além do carro ter tido o comportamento que sempre desejei, desde o início, o Miguel Ramalho, o meu navegador, fez um trabalho excepcional nas etapas que eram especialmente complicadas em termos de navegação. Sempre que todos os aspectos a funcionavam bem, os resultados começavam a aparecer", considerou.

Finalmente, Miguel Barbosa mostrava que as suas ambições de rodar entre os dez primeiros lugares tinham razão de ser: "Nunca coloquei em causa o meu profissionalismo. Mas o certo é que, como em qualquer caso, é difícil combater estas falhas mecânicas. Em etapas tão longas como as do Dakar, o mínimo problema em termos de resultado, passava a ser um grande problema, em termos de geral. Já sem falar que a organização me penalizou por duas vezes, colocando-me a partir para a especial de uma posição que não correspondia à verdadeira", continuou a explicar o piloto português.

"Sempre que o carro permitiu, dei o máximo e apresentei resultados. Mostrei que em condições normais teria mesmo rodado entre os dez primeiros. Fica apenas o consolo porque não posso mudar o resultado final", disse.

Miguel Barbosa, ficou ciente que esta sua segunda participação lhe trouxe ainda mais experiência e isso é muito positivo para o futuro: "Senti-me adaptado, no entanto, acho que as classificativas de Marrocos eram as mais exigentes. E penso que no futuro, serão essas que teremos de trabalhar melhor. Teremos mais um ano de preparação, porque conto, uma vez mais estar à partida de Lisboa em 2008", concluiu Miguel Barbosa satisfeito com todo o trabalho que desenvolveu ao longo da mais dura e mítica prova do Todo-o-terreno.


Fonte: infordesporto.pt

24 janeiro 2007