12 janeiro 2012

"Não corro mais pela Hummer"

As relações entre Nasser Al-Attiyah e Robby Gordon parecem ter chegado a um ponto crítico após o abandono do piloto qatari. Após diversos problemas mecânicos ao longo das etapas, e não obstante dois triunfos em especiais, Al-Attiyah viu-se forçado a abandonar devido a uma correia de distribuição partida. E Al-Attiyah deixou o seu desagrado patente.

"Nunca mais voltarei a competir pela Hummer nem na equipa de Gordon", é citado o vencedor da edição do ano passado do Dakar no site da revista argentina Corsa, a qual revela que o piloto pagou cerca de 500 mil dólares para competir no Dakar de Hummer depois de a Volkswagen ter inviabilizado qualquer hipótese de uma participação semioficial.

Robby Gordon, mentor do projeto, defendeu-se e considerou que a culpa não é do Hummer H3 mas sim do piloto, "por pisar em demasia o acelerador". E por ocasião do seu triunfo na nona especial, admitiu que "com esta vitória, demonstrei que o carro pode estar nos lugares de topo. Se ele queria abandonar, não sei o que fazia aqui nestes dias. Fim da história".

Para Al-Attiyah, a gota de água com o Hummer terá sido o problema com a correia de distribuição, como revela a dupla chilena composta por Fernando e Álvaro León, que em declarações ao órgão de comunicação chileno La Tercera, explicaram que o qatari optou por recusar a ajuda destes e 'ir embora' ao invés de chegar ao final com o último tempo.

"Estávamos na segunda parte e vimo-lo sobre uma duna. Fez-nos sinais e fomos lá ter. Ele é bastante simpático. Assumimos que nos chamou ao levantar a mão, ainda que teríamos lá ido de qualquer forma para saber se podíamos ajudar. Ele disse 'Hello my friend' (olá meu amigo) ao meu pai e o seu navegador, o espanhol Lucas Cruz, também me conhece", refere Álvaro León, navegador da equipa AutoGasco.

"Ele mostrou-nos que estava com a correia de distribuição partida e estavam a repará-la com tiras de plástico. Nós oferecemos a nossa correia de substituição que tínhamos, a não era exatamente igual, mas era muito semelhante com algo como dois centímetros de diferença. Oferecemo-nos para mudá-la, já que os tensores cedem e poderia servir, mas não quis. Disse que vinha o camião mais atrás, mas creio que estava há muito tempo ali parado, pelo que reparar, seguir e chegar em último lugar não era o seu objetivo", acrescentou ainda, destacando a simpatia de Al-Attiyah.

"Ele disse que não, que ficássemos com a nossa correia porque assim poderíamos seguir em segurança até ao final da corrida, pelo que subimos ao nosso carro, ele aproximou-se e apertou-nos corretamente os cintos de um lado e doutro, súper simpático", finalizou o relato publicado no La Tercera.


fonte: http://clix.autosport.pt/

Sem comentários: