15 janeiro 2011

Nasser Al-Attiyah confirma vitória e Leal dos Santos o sétimo posto o s

Nasser Al-Attiyah alcançou hoje um dos maiores feitos da sua carreira desportiva, ao vencer pela primeira vez o Dakar Argentina-Chile. O piloto qatari levou de vencida a batalha interna no seio da sua equipa e alcançou um triunfo que foi inteiramente merecido. Na chegada a Buenos Aires foi, no entanto, Carlos Sainz a vencer mais uma etapa, com escassos 38 segundos de avanço sobre Al-Attiyah, segundo melhor, e 1m25s sobre Krzysztof Holowczyc (BMW), terceiro. Ricardo Leal dos Santos ficou com o 11º melhor tempo, assim garantindo o sétimo da geral.

À partida deste Dakar, Al-Attiyah era um dos favoritos ao triunfo final, mas sabia que para o conseguir teria que, primeiro, bater os seus oponentes - internamente e de outras equipas - e, depois, esperar por uma prova sem azares ou problemas mecânicos. Com efeito, se a mecânica do Race Touareg 3 pouco atormentou o versátil desportista do Qatar, acabou por ser mesmo a sua constância e regularidade a fazer dele mais do que um favorito, um forte candidato ao triunfo final.

Com a concorrência a ficar irremediavelmente atrasada, inicialmente Stéphane Peterhansel (BMW) e posteriormente Carlos Sainz, Al-Attiyah sabia que precisava de manter a concentração e levar o seu carro até final sem grandes sobressaltos para conquistar um tão ansiado triunfo. E foi o que conseguiu hoje, em Buenos Aires, ponto final da edição 2011 do Dakar: "Conseguimos, estou bastante satisfeito, foi um grande resultado. Já esperava este momento há muito tempo", afirmou Al-Attiyah pouco após o final da tirada, lembrando ainda que este triunfo "significa muito para mim, para as pessoas do meu país e para a minha equipa".

Sem hipóteses de lutar pelo triunfo nestes últimos dias, Carlos Sainz mostrou que não perdeu a competitividade e continuou a 'colecionar' triunfos em etapas, que o próprio espanhol considera como "prémios de consolação". De facto, o espanhol esteve na luta pelo triunfo até meados da segunda semana, momento em que problemas de várias índoles acabaram por condená-lo para o terceiro posto, atrás mesmo de Giniel de Villiers (VW). O sul-africano levou a cabo uma prova discreta e cautelosa, acabando por lucrar com os problemas de Sainz para ascender a segundo, depois trabalhando para não perder muito tempo face ao espanhol. Foi já neste processo que acabou, mesmo, por conquistar um triunfo em etapas, segurando assim um segundo lugar com grande vantagem para Sainz.

O quarto lugar da geral foi para Stéphane Peterhansel. O experiente piloto francês mostrou na primeira metade da prova que o BMW X3 CC estava mais competitivo, lutando com os BMW quase taco-a-taco, mas acabou por ser afetado por vários tipos de dificuldades, como furos ou ligeiros problemas mecânicos - além de erros de navegação - que o impediram de disputar os primeiros lugares de forma mais veemente. No quinto lugar final classificou-se outro BMW da X-Raid, neste caso o tripulado por Krzysztof Holowczyc, com o polaco a levar a cabo uma grande prova para conseguir ficar à frente do quarto VW da prova, o de Mark Miller, apenas sexto.

Atrás deste aparece o português Ricardo Leal dos Santos, que efetuou uma grande prestação nesta sua primeira participação no Dakar como piloto oficial. Ainda que o início não tenha sido fácil, em virtude de uma fase de adaptação ainda prolongada e de alguns pequenos percalços, Leal dos Santos e o seu navegador Paulo Fiúza mostraram nos últimos dias da prova um ritmo constantemente entre os oito primeiros. Com o objetivo confesso inicial de ficar dentro dos dez primeiros, o sétimo posto da geral tem de ser encarado como um sinal bastante positivo da dupla lusa.

Christian Lavieille (Nissan), Guilherme Spinelli (Mitsubishi) e Matthias Kahle (SMG) completaram o lote dos dez melhores desta edição do Dakar.


Fonte: autosport

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