28 novembro 2006

Algarve SPEDakar Team - Pilotos algarvios prudentes até Atar

A edição de 2007 do Rali Euromilhões Lisboa-Dakar afigura-se mais dura, para os pilotos da Algarve SPEDakar Team. Apresentado o percurso do rali mais famoso do Mundo, Ruben Faria, Nuno Mateus e Ricardo Pina antevêem maiores dificuldades na segunda metade da prova, pelo que pretendem ser prudentes até ao descanso em Atar, na Mauritânia.

"Até ao dia de descanso, o percurso é muito semelhante ao do ano passado, mas, nas etapas seguintes, entra no interior da Mauritânia e do Mali, em zonas muito inóspitas e vistas como muito duras, longas e difíceis, onde tudo deverá ser decidido", observa Ricardo Pina, que entra em competição a 6 de Janeiro, ao volante da KTM 660 Rally Raid, tal como Nuno Mateus.

Para Ruben Faria, o único português a vencer uma etapa do rali em 2006, a Mauritânia foi cruel. Nas três etapas disputadas nesse país, o piloto enfrentou problemas mecânicos graves, que o fizeram cair na tabela classificativa. Este ano, "com a equipa mecânica reforçada, espero que as coisas corram melhor", diz, garantindo que as lacunas de 2006 não se prenderam com a navegação.

O piloto de Moncarapacho, que este ano se faz à competição na nova Yamaha WR450F Afrique, entende que o Dakar "é duro por natureza" e as dificuldades "um dos condimentos que tornam a aventura tão apaixonante". Mas diz-se confiante: "no ano passado, venci uma etapa e nem tive tempo para pensar nisso, pois era só novidades e problemas. Agora, pretendo encarar a prova etapa a etapa e não apenas pensar em chegar ao fim", refere.

Além do carro de assistência rápida, os pilotos da Algarve SPEDakar vão fazer-se acompanhar de um camião de assistência e de assistência técnica de fábrica, fornecidas pelas marcas Yamaha e KTM. Na equipa de mecânicos, reuniram Augusto Ribeiro, Fernando Pinhel e Armando Andrade (Né), alguns dos mais experientes mecânicos portugueses no Rali Dakar.

Quanto às etapas disputadas em Portugal, os pilotos pretendem disputar as primeiras posições, mas mostram-se curiosos com a primeira especial. "A maior surpresa vai ser a areia de Tróia, que é bem diferente da de África", nota Nuno Mateus.

O apoio do público, na especial disputada no Algarve, é visto como um factor motivador, até porque, com a realização da etapa a 7 de Janeiro, "muitos mais apoiantes vão poder estar presentes", faz notar Ricardo Pina.

Ruben Faria mantém o objectivo de brilhar em solo português e, apesar da prudência que pretende ter nas primeiras etapas, vai dizendo que "vou atacar como ataco os raids que faço cá e não me vou poupar ao ponto de pôr em causa uma eventual vitória".

Ninguém conhece melhor as particularidades do terreno algarvio que os pilotos da Algarve SPEDakar e isso é visto como uma vantagem. Ricardo Pina destaca, porém, o carácter específico da especial, que contrasta com as demais etapas do Rali Lisboa-Dakar por se desenrolar "num cenário onde há água, verde e terreno muito sinuoso, o que será, aliás, um excelente cartaz do Algarve e da prova de WRC que se prepara".


Fonte: infodesporto.pt

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