23 dezembro 2006

Em Lisboa ja se fala no Dakar 2008

Noticia do publico de hoje:
A ligação a Marrocos da edição de 2008 do Rali Lisboa-Dacar ainda não foi definida pela organização. O atraso nas obras de desassoreamento do Rio Arade não é o único problema que impossibilita, de momento, a travessia da caravana via Portimão, mas, segundo explicou ontem João Lagos à agência Lusa, eventuais condições climatéricas e marítimas adversas poderão implicar riscos acrescidos para os participantes numa ligação que parta desta cidade algarvia. Para o responsável pela organização portuguesa da prova, uma travessia para o Norte de África a partir de Portimão seria "longa" e implicaria "uma matriz de risco devido às eventuais condições meteorológicas e de mar".
À imagem de João Lagos, também o presidente da Câmara Municipal de Portimão teve declarações cautelosas. Para Manuel da Luz, mesmo após as obras, a travessia para África a partir do porto de Portimão, e a consequente não passagem por Espanha, dependerá sempre da decisão da organização francesa da prova.
Em declarações à Lusa o autarca admitiu ontem os atrasos nos trabalhos de desassoreamento no rio Arade que supostamente deveriam começar ainda em 2006 - mas, de acordo com a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, terão início apenas em Janeiro. "Após a obra ter sido lançada, houve concorrentes que reclamaram e há prazos previstos na lei que têm de ser explicados", explicou o edil.
Manuel da Luz garantiu, no entanto, que, apesar de as obras arrancarem no princípio de 2007, as condições para o Rali sair de Portimão em direcção a África ficarão asseguradas, embora reafirme que tudo depende dos responsáveis deste rali. "A posição da organização francesa é muito clara: não arrisca sem que as condições do porto sejam devidamente testadas", assegurou.
O autarca reconheceu ainda "o esforço feito pelo Governo para acelerar o processo para a conclusão da obra [que permitirão ao porto da cidade receber navios de grande porte], cujo despacho só pode ser deferido após terem sido cumpridos todos os prazos legais". Segundo Manuel da Luz, "mesmo que as obras tivessem sido feitas este ano, dificilmente a caravana sairia de Portimão nesta edição do Dacar".

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