25 dezembro 2006

Um ursinho no deserto (II)

...em versao revista e aumentada.

1 comentário:

Anónimo disse...

Madalena assume todos os riscos

A piloto de Cascais está preparada para o Dakar

Madalena Antas apresentou formalmente o projecto Lisboa-Dakar 2007, tendo conseguido reunir na sua casa, em Cascais, muitos amigos, patrocinadores e ainda alguns convidados muito especiais, que foram surpreendidos também pela revelação (em primeira mão) das suas primeiras obras, que identificam um dos seus hobbies mais explorados: a pintura!

José Gonçalves

Não faltaram o anfitrião da prova, Prof. Carmona Rodrigues, António Capucho, Presidente da Câmara Municipal de Cascais (que apoia a piloto) e alguns convidados de relevo, como «Nicha» Cabral, José Megre, André Dessoude, Patrick Antoniolli, Carlos Barbosa, Armindo Araújo, Bianchi Prata, Hélder Rodrigues, Miguel Barbosa, Pedro Matos Chaves, isto para além de um conjunto alargado de amigos, patrocinadores, enfim, todas as pessoas importantes para que Madalena Antas se sentisse por demais apoiada nesta sua segunda aventura «dakariana»...
São mais do que conhecidos os planos de Madalena Antas para o Lisboa-Dakar 2007: integra uma das melhores equipas privadas que vão participar na aventura africana, escolheu Patrick Antoniolli para a acompanhar e apresenta-se determinada a chegar ao lago Rosa subindo ao pódio da mais exigente prova de Todo-o-Terreno do Mundo.
Os seus patrocinadores, Vodafone, Louropel, Elf, Brisa/Via Verde, Canal Odisseia, Precision, Nissan e Lux confiaram no projecto e têm presença destacada quer no Nissan Path-finder desenhado pelo Ricardo Santos da Speed quer em toda a imagem exibida pela equipa de pilotos que, se fosse necessário, partiria já amanhã rumo a Dakar.
“Estamos preparados para partir. Este ano, consegui fazer mais de 1000 km no deserto, o que me dá bastante confiança nas pistas de areia. Fizemos testes importantes em Marrocos e para além disso preparo-me todos os dias fisicamente para conseguir enfrentar todos os desafios que o Dakar nos vai propor. Tenho como estratégia de corrida chegar com o carro «novo» à Mauritânia, pois o Dakar a sério só começa aí… Queremos chegar nos 25 primeiros, o que sendo um objectivo ambicioso, não nos parece impossível de concretizar… sempre pelo percurso e sem «atalhos», pois não quero nunca que duvidem da honestidade com que nos dispomos a participar, quanto mais dos resultados que obtemos. Quem nos apoia, merece todo este empenhamento”.

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Correr e pintar ou pintar a correr?

Para todos nós, tal como pintar, pilotar é uma arte. Para os pintores (que não pilotam), pilotar é, normalmente... um desporto. Para todos nós (mais ligados ao desporto motorizado), descobrir que a Madalena «pinta» faz-nos pelo menos... ter curiosidade!
Pois bem, alguns trabalhos estiveram pela primeira vez frente aos vossos olhos, definidos como “momentos de felicidade”, que até agora não tinham passado para fora do «filtro» condescendente e orgulhoso da mãe e de alguns familiares e amigos. Madalena partilhou finalmente a sua arte, arriscando-se, com a determinação que se lhe reconhece, a todas as nossas críticas e comentários.
Sem medos, portanto, colocou à frente dos olhos dos presentes pouco mais de uma dezena de quadros que exibem técnicas difíceis, mas que revelam imagens lindíssimas, baseadas principalmente na suavidade das cores e em temas bem humanos, em que a beleza, para além de sempre explícita, ainda é produzida e aperfeiçoada, remetendo-nos, às vezes, para um universo de banda desenhada. Só mesmo visto e espera-se que no «intervalo das corridas» haja tempo para montar uma primeira mostra, porque todos ficaram com a sensação de que vale a pena.
Madalena Antas revelou-nos, portanto, a sua tão propalada faceta artística, que para ela é real, mas que para muitos outros não passa das últimas linhas de uma «ficha pessoal» de apresentação, que se inventa, até porque ninguém vai confirmar se corresponde à realidade.
“Ultimamente, tenho deixado este hobbie um pouco para trás, mas está prometido que, após o Dakar, me vou dedicar um pouco mais a «esta causa». Pintar dá-me muita paz de espírito, permite-me reflectir com mais objectividade em tudo o que me rodeia e, por vezes, decifrar «enigmas» que parecem irresolúveis em situações normais”, explica a piloto, que confessa ter hesitado quando a mãe, Teresa Cupertino de Miranda, lhe falou em expor os quadros, mas... “Admito que foi a melhor forma de arriscar ser «comentada». Afinal, estamos entre amigos e é menos difícil para mim ouvir estas críticas, que são feitas por pessoas que fazem parte do meu quotidiano. Para mais tarde, outros olhares. Para já, vamos arrumar os quadros e pensar só no Dakar”.
«Explicado» que está (confirmado para poucos) mais este «dom» de Madalena Antas, resta-nos esperar que a piloto/pintora pinte agora o Lago Rosa na sua perspectiva ideal: do alto do pódio do Lisboa-Dakar 2007.

DA-LHE GÁS