06 dezembro 2006

Carlos Sousa quer ganhar mas só o assume em 2008


Carlos Sousa tem vontade de ganhar o Lisboa-Dakar2007, mas sabe que não basta querer para vencer. E também que há pilotos que estão em vantagem, por se terem preparado para a prova durante todo o ano.

O piloto português, que vai fazer a prova ao volante de um Volkswagen Touareg II do Lagos Team, falou na apresentação do seu patrocinador de combustíveis, e disse compreender que os portugueses queiram vê-lo ganhar, mas essa é uma meta que prefere assumir apenas em 2008.

"O nosso projecto é a dois anos e isso dá-nos estabilidade e permite-nos fazer muitas provas e sessões de testes este ano e no próximo. Gostaria de entrar com esse espírito no Dakar de 2008", afirmou o piloto de Almada.

Ao avançar com 2008 como o ano indicado para lutar pela vitória, Carlos Sousa não quer "protelar o acontecimento", mas antes reconhecer "o valor dos outros pilotos, que trabalharam o ano todo para o Lisboa-Dakar", referindo-se aos quatro homens da Mitsubishi e alguns dos seus colegas da equipa Volkswagen oficial.

"Eu não trabalhei o ano todo. Para ganhar o Dakar é preciso mais do que vontade. Tenho vontade, mas o Dakar é uma prova que tem muitas condicionantes. As equipas oficiais podem entrar em duelos muito cerrados e permitir que eu, com o meu ritmo, consiga um lugar na frente", acrescentou.

Sousa, que antes da apresentação posou montado num camelo numa área de serviço de Lisboa, recordou que, ao contrário dos quatro homens da Mitsubishi (o vencedor de 2006, Luc Alphand, Stéphane Peterhansel, Nani Roma e Hiroshi Mausoka) e dos seus três colegas na Volkswagen (Giniel de Villiers, Carlos Sainz e Ari Vatanen), "não é profissional a cem por cento".

"É legítimo esses pilotos dizerem que são candidatos, pois já ganharam e já ficaram nos três primeiros. Penso que só é legítimo um piloto dizer que vai para ganhar quando no ano anterior ficou no pódio ou, no mínimo, constantemente nos cinco primeiros", defendeu.

O melhor português de sempre no Dakar, com um quarto lugar em 2004, pensa que pode "fazer a diferença e andar em lugares simpáticos", mas considera-se um "outsider", embora diga estar num "projecto muito bom, o melhor até hoje", e ter "algo mais" que nos anos anteriores.

Na verdade, Sousa pensa que "a Mitsubishi está acima" das rivais, "porque é a equipa com mais anos, (e vitórias (11), de Dakar, a que tem os pilotos com mais rodagem em todo-o-terreno", mas não considera que a sua antiga marca esteja muito acima da Volkswagen
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Fonte: infodesporto.pt

1 comentário:

Anónimo disse...

Dakar 2007: Madalena Antas e Bernardo Vilar com Via Verde
Francisco Cruz
Depois de ter estado presente edição de 2006, através não só do apoio à organização, como a alguns concorrentes portugueses, a Brisa apresentou, na terça-feira, em Lisboa, os dois pilotos que vai patrocinar na edição de 2007 do Rali Euromilhões Lisboa-Dakar – Madalena Antas e Bernardo Vilar.

Numa cerimónia que teve lugar no Belém Bar Café, junto ao Rio Tejo, os dois pilotos, assim como os respectivos carros de testes presentes no local (as máquinas com que vão participar no Dakar 2007 ainda estão por entregar), foram as estrelas da noite, com ambos a manifestarem a confiança num bom desempenho.


Pela segunda vez à partida para um Dakar, Madalena Antas, este ano a correr pelo Team Dessoude, ao volante de um Nissan Pathfinder, congratulava-se com o facto de, «pela primeira vez, ter conseguido fazer uma série de testes» antes da prova começar e «apurar a minha condução tanto na areia como em pistas pedregosas de África».

Como tal, salientou a piloto de Cascais, o objectivo para a edição deste ano só pode ser um: «chegar a Dakar».

Quanto ao já bem mais experiente Bernardo vilar, que se prepara para cumprir este ano a sua 14.ª participação (oito vezes em moto e cinco de carro) na mais mítica prova de todo-o-terreno a nível mundial, regressa a África acompanhado do bicampeão nacional de T1, Pedro Gameiro, agora no papel exclusivo de navegador, e integrado na estrutura da equipa Promotech.

Quanto a objectivos, depois da «desilusão de 2006», quando não conseguiu terminar o rali, o piloto do Pinhal Novo acredita que, em 2007, vai conseguir levar o Nissan Patrol GR «até à capital do Senegal».

DA-LHE GÁS