O que eles disseram:
13º - Carlos Sousa (Team Galp Energia)
“Este ano as especiais marroquinas estão muito diferentes”, observou Carlos Sousa, explicando que “estão bastante mais duras e exigentes e põem realmente os carros à prova. Decidi não arriscar muito visto que haviam muitas pedras soltas no percurso, mas, ainda assim, estou satisfeito por me ter aproximado outra vez do Top Ten. Estou confiante relativamente à Mauritânia”.
15ª Elisabete Jacinto (Renault Trucks Trifene 200)
“O percurso escondia muitas armadilhas e que exigia muita atenção para não comprometer a mecânica” salienta a piloto portuguesa, que acrescenta ainda que “a etapa de ontem deixou para trás alguns carros rápidos que me ultrapassaram e deixavam uma nuvem de pó que tornava mais difícil a condução. Tentei vir serena mas encontrei um bom ritmo e fui ultrapassando alguns dos meus adversários. O Marku Allen por exemplo percebeu que eu estava a ser mais rápida e facilitou a ultrapassagem, mas nem todos procederam assim”.
30º - Paulo Gonçalves(Team Repsol/Honda)
“Creio que melhor era impossível. A Especial correu-me realmente muito bem, larguei muito atrás devido aos problemas de ontem e passei o tempo todo a ultrapassar concorrentes. De início ainda fui contando, mas depois desisti. Estou mesmo muito contente com o resultado, garantir o 30º tempo depois da queda de ontem é excepcional. Demonstra não só que estou física e psicologicamente bem, mas que o Augusto fez um excelente trabalho de recuperação da minha CRF 450X”
44º - Paulo Marques (Team Repsol/Tsunami)
“Começámos o dia a rodar bem, mesmo assim chegámos a CP1 a perder cerca de 2m30s para o Francisco Inocêncio. Depois recuperámos e passámos para a frente dele no segundo controlo horário, só que a fase final da Especial era muito pedregosa e achámos por bem levantar um pouco o pé para evitar dissabores. Foi por esse motivo que acabámos por ser apenas os quartos portugueses na tirada de hoje. Ainda só fizemos 3.000 km e temos outros 6.000 pela frente; ainda há muito rali para correr. Amanhã entramos na Mauritânia e na areia, é aqui que se vai fazer a grande selecção entre os pilotos e é também aqui que vamos entrar no piso onde o meu Mitsubishi Proto se dá melhor”
54º - Luís Costa (Moletto Sport)
“Os primeiros quilómetros foram duríssimos. Muita pedra solta e demasiadas valas. Nos primeiros vinte a trinta quilómetros da especial, fomos ultrapassados por uma dezena de concorrentes e viríamos a furar, o que nos atrasou bastante. Os camiões continuam a ser um problema. Só abrandam no mau piso e em estradões é impossível ultrapassá-los. Para além disso, hoje, ainda apanhámos com muito pó de dois concorrentes que ficaram presos num banco de areia”
60º - Ricardo Leal dos Santos (Pioneer Berner Desert Team)
“A excelente adaptação para andar ao nível dos mais rápidos pilotos nacionais tem a ver com o facto de eu me sentir no carro tão à vontade como me sentia no Quad, particularmente ao nível de navegação mas também acho que na condução consigo para aqui trazer todas as referências da moto. Por isso é que apesar deste bom ritmo o carro continua sem uma beliscadura e é, dos quatro da equipa, o que menos trabalho dá aos mecânicos no final do dia. Hoje foi mais uma etapa sempre a abrir mas sem ter cometido qualquer erro”
76º Pedro Grancha (VR2 Motorsport)
"As dificuldades foram enormes. A pista era chata para se ultrapassar. Muita pedra, muito pó, muitas ratoeiras e a última coisa que queria era fazer alguma asneira. Por isso havia que ter muita paciência, estar com muita atenção e ultrapassar pela certa. Mas foi muito sofrido. Eram uns atrás dos outros. Felizmente que amanhã já vamos partir umas oitenta posições mais à frente. Não se consegue tudo num só dia. O Dakar é mesmo assim"
89ª - Madalena Antas (Promotech)
“Para além do pó que nos vai concerteza acompanha até Dakar, hoje o caminho era percorrido sobre um piso muito irregular, cheio de pedras de grandes dimensões, que nos trouxeram o receio de furar. Optámos por andar com um ritmo interessante, evitando as zonas mais duras, que por diversas vezes contornámos e passando com todos os cuidados sobre os pedregulhos – ver a foto enviada – para não termos que parar e mudar uma roda.
Estava realmente tudo bem, até que, a cerca de 70 Km do final a direcção deixou de estar assistida e foi com enorme esforço que acabámos de novo a etapa. Estamos motivados e certos de que vamos conseguir superar as dificuldades “oferecidas” pela Mauritânia…”
130º - Miguel Barbosa (Nissan Dessoude)
“Hoje não consigo esconder o meu desânimo. Ontem lutámos tanto para recuperar posições e voltámos tudo para trás outra vez devido a problemas no carro. Ao quilómetro 50 da classificativa partiu-se o veio da transmissão. Tivemos que solucionar o problema o que nos fez perder mais de uma hora. Ficámos só com tracção atrás e obviamente que quando chegámos às zonas de areia ficámos atascados. Estava à espera de um dia tranquilo e afinal foi tudo ao contrário. O único aspecto positivo é que consegui chegar ao final da etapa mesmo que muito atrasado e cansado. Amanhã é um novo dia, e espero que mais positivo. Vamos procurar recuperar posições mesmo que estejamos conscientes que vamos largar de trás o que dificulta mais as coisas”
163º António Ventura (HP/Cetelem)
“Etapa a etapa vou cumprindo os meus objectivos. Mas as dificuldades são brutais, a dureza das especiais são muito violentas para quem está em cima da Quad. Estou muito contente com o meu desempenho apesar de por vezes sentir que estou nos meus limites físicos. Chego ao final das etapas com a sensação de ter levado uma tareia, que na realidade até levei, porque as vezes que vou ao chão devido à irregularidade do piso, deixam-me cheio de mazelas”.
FONTE: infodesporto
05 janeiro 2006
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