Portugueses em discurso directo
À chegada a Ouarzazate os portugueses fizeram o balanço deste quarto dia de prova do Euromilhões Lisboa Dakar. Ruben Faria (11º), Carlos Sousa (18º) e Elisabete Jacinto (18º) foram os melhores classificados.
15º - Rodrigo Amaral (Sical Adventure Team)“A etapa de hoje era particularmente interessante. Rápida, mas com alguns perigos escondidos pelo que optei por rolar com mais cuidado. No início da especial tive um pequeno percalço e, devido ao sol que estava de frente, não evitei uma pequena queda, mas sem consequências de maior”
18º - Carlos Sousa (Team Galp Energia)“O dia não foi feliz, e tivemos de substituir um pneu logo ao 15º quilómetro, operação que demora mais do que o normal, porque não posso ajudar muito por causa dos meus conhecidos problemas de coluna. Apesar de todo o tempo que perdemos, estamos num lugar aceitável após quatro classificativas”
41º - Luís Costa (Moletto Sport) “Confirmei que sei andar em areia! Esta foi uma etapa muito completa em termos de condução, onde a navegação acabou por ter um papel importante. Tivemos uma ligeira “perdidela”, mas sem qualquer tipo de problema. O Pedro Lima esteve sempre à altura dos acontecimentos! A partir daqui, a navegação vai ser imperativa. Até agora, passámos por quatro etapas de andamento, mas as dificuldades irão surgir. Hoje, o maior problema foi rolar entre os camiões, que partem para as especiais juntamente com os automóveis. Os camiões conseguem ter uma grande velocidade de ponta e levantam muito pó, o que dificulta bastante o nosso trabalho”
42º - Paulo Marques (Team Repsol/Tsunami) “Foi uma tirada de pouca navegação e onde encontrámos as primeiras dunas, o que nos obrigou a breves paragens para rectificar o ar dos pneus para não atascarmos. Fizemos sempre tudo na altura certa e não tivemos quaisquer problemas em transpor as dunas. Já desconfiava que seria assim com este carro e, por agora, está a confirmar-se. Ainda apanhámos um pequeno susto quando caímos num buraco onde estavam outros pilotos portugueses. Parecia um poço da morte, mas encontrámos a melhor forma de retirar o carro e prosseguir a prova sem perdermos muito tempo. Aliás, o nosso resultado é disso prova”
57º - Ricardo Leal dos Santos (Pioneer Berner Desert Team)“Senti que na zonas mais pedregosas a dureza sentia-se menos andando mais depressa e foi isso que eu fiz. É um facto que pela primeira vez tenho um verdadeiro carro de corridas e por isso, sem correr riscos, ataquei um pouco mais. Passei com cuidado a zona das dunas para não atascar e vim por aí sem grandes dificuldades na navegação que começo a sentir é muito parecida com a do Quad. As maiores dificuldades acontecem quando vou atrás de alguém. Nessa altura não posso baixar os olhos por é um grande risco e fico um bocado perdido mas depois volto a encontrar-me”
61º - Miguel Barbosa (Nissan Dessoude)“Foi complicado, pois não tivemos as ultrapassagens facilitadas. Para além de que apanhamos demasiado pó numa classificativa caracteristicamente muito dura. O piso era realmente demolidor mas a Nissan Pathfinder comportou-se de forma exemplar. Estou consciente que poderia ter feito melhor se tivesse partido mais à frente, mas o Dakar é assim mesmo e agora só espero pouco a pouco ir recuperando posições”,
78º Helder Oliveira "Nem por isso foi um dia isentos de percalços. O compressor deixou de funcionar e tivemos de pedir ar emprestado a outro concorrente. Para além disso furámos e ao longo da prova fomos fazendo o papel de bom samaritano parando sempre que havia portugueses em dificuldades. Infelizmente pouco pudemos fazer ”.
84º Lino Carapeta (Team Tanqueluz)"A nossa política tem sido imprimir um ritmo regular evitando o mais possível danificar o nosso Bowler, ir aprendendo tanto a ler o terreno como a fazer a melhor navegação para estarmos preparados para as dificuldades que se avizinham e num Dakar elas são sempre muitas. Sei que hoje subimos bastante na classificação mas não foi por forçarmos o andamento. Poderiamos talvez andar um pouco mais depressa mas não queremos correr esse risco. Até agora tudo tem corrido de uma forma plenamente normal. Estamo-nos a ambientar e muito satisfeitos por estar envolvidos nesta grande aventura".
18ª Elisabete Jacinto (Renault Trucks Trifene 200)"Esta foi apenas uma pequena amostra do que acredito que posso continuar a fazer neste Dakar. Viemos depressa mas sem correr riscos. Apliquei-me tal como o Filipe e o Rui e estou certa de que fizemos um bom trabalho. Sabia que deveria ter um bom tempo mas quando soube da classificação no final do troço ainda fiquei mais satisfeita. Tenho vindo a lutar por um lugar no primeiro terço dos camiões e aqui estou. É pena que por uma situação que não tem a ver com este verdadeiro Dakar não esteja na minha posição na classificação geral mas aos pouco também essa irá melhorar".
Pedro Grancha (Promotech/VR2 Motorsport)"O problema com a bomba do servofreio aconteceu numa altura em que vínhamos num excelente ritmo mas sem arriscar como aliás tem sido a nossa máxima ao longo das etapas já disputadas. Tentámos encontrar uma solução e a mais viável era encerrar o circuito. Isso permitia-nos rolar mas ficávamos praticamente sem travões. Com o tempo que já tínhamos perdido optámos por fazer apenas o primeiro controle de passagem e seguir para o acampamento arcando com a natural penalização"
04 janeiro 2006
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