11 dezembro 2005

Ainda a primeira etapa...

Pela primeira vez na sua história, o Dakar terá duas verdadeiras especiais em solo europeu, num total de 200 quilómetros conometrados entre o Alto Alentejo e o Algarve. Para a organização, trata-se sem dúvida de uma importante mais valia para os concorrentes, quer pela qualidade e beleza do traçado escolhido, quer ainda pela drástica redução da distância entre o local da partida simbólica (Lisboa) e o ponto de embarque em Espanha (Málaga).

Para a equipa de João Lagos, a elaboração do percurso nacional até foi fácil de cumprir: «na verdade, só tivemos de levar em linha de conta dois aspectos fundamentais - os horários e a extensão das etapas.» Contudo, houve ainda uma imposição natural a que a equipa técnica teve de estar atenta: o facto de além dos automóveis e das motos competirem ainda alguns camiões, o que obrigou à descoberta de pistas pouco arborizadas, mas também com pisos resistentes, por força das chuvas, típicas desta altura do ano.

A primeira etapa, “uma das belas de todo o Dakar”, segundo a cadeia France Telévisions, difusora oficial da prova desde há 13 anos, corre-se pelos concelhos de Beja, Aljustrel, Castro Verde, Ourique e Almodovar, numa extensão de 85 quilómetros. Trata-se de uma etapa de planície, típica das bajas alentejanas, utilizando largos e rápidos estradões. A segunda especial é exactamente o oposto da primeira: muita condução e algumas ratoeiras pelo meio, terminando num planlato muito rápido entre Martim Longo e Alcoutim. No total, 115 quilómetros contra o relógio, através dos conselhos de Silves, Almodovar, Loulé e Alcoutim.


Fonte: Autosport