01 dezembro 2005

Entrevista com Carlos Sousa

Aqui fica um excerto da entrevista do piloto de Alamda ao sitio TudoSobreRodas



(...)
Quais são as perspectivas para este Lisboa-Dakar?
C.S. Não estou com um optimismo exacerbado do género “vamos fazer e acontecer”, acho que a minha perspectiva para o próximo Dakar é muito realista. Nós temos uma estrutura e uma equipa que nos permite andar no meio das equipas oficiais, no entanto com um budget 15 /20 vezes inferior ao destas. Somos um carro só, mas acredito que vamos fazer a nossa tarefa. A nossa missão é conseguir um excelente lugar no Dakar. Gostaria de um pódio. Se formos realistas, os 5 primeiros seria um lugar fabuloso.


Nos 9 Dakars em que participou, quais foram as dificuldades que mais sentiu?
C.S. Este vai ser o 10º Dakar e posso dizer que as dificuldades têm a ver com todas as condições inerentes à prova: as condições do terreno, as muitas horas de condução, o cansaço que se vai acumulando, as dunas, que são o momento mais alto da prova. Mas penso que o cansaço e o stress são os principais inimigos e obstáculos que temos de atravessar.


Para além desses obstáculos, há os adversários. Quem são os principais adversários para este Dakar?
C.S. Eu diria que são todos os pilotos com uma estrutura idêntica à nossa. Punha obrigatoriamente de lado os pilotos oficiais. Uma equipa oficial nada tem a ver com uma privada ou semi-oficial. Daí que os principais adversários sejam as equipas que estão ao nosso nível, que é o caso da BMW, que vai aparecer com uma equipa semi-oficial, tal como o Schlesser, portanto são as equipas de segunda linha, na qual me incluo. Os de primeira linha são os oficiais: temos os 4 Mitsubishi, e os 5 Volkswagen. Depois temos as segundas equipas de segunda linha onde me incluo, que é o caso do Schlesser com 2 carros, o caso da BMW com 4 carros e somos nós com um carro.
(...)


Fonte: TudoSobreRodas