20 dezembro 2005

Paulo Marques alinha no Dakar aos comandos de Mitsubishi Proto

Paulo Marques é o português com mais participações no Dakar, estando este ano novamente presente à partida para a mítica prova africana. Desta feita, aos comandos de um protótipo com mecânica Mitsubishi que o "Marquês" - como é apelidado no mundo do desporto motorizado - espera o possa levar até um bom resultado à chegada ao Lago Rosa. Vestindo a camisola da petrolífera Repsol e da marca de portáteis lusa Tsunami, Paulo Marques é o espelho de entusiasmo, dedicação e confiança que sempre o caracterizam e que fazem de si uma das esperanças na obtenção de um bom resultado entre a armada lusitana que participa neste Lisboa-Dakar.

Presente na apresentação oficial aos Media portugueses das equipas apoiadas pela Repsol, o "Marquês" aproveitou para levantar um pouco o véu sobre quais são as expectativas da equipa. As mais de uma dezena de participações na prova que já soma no seu currículo permitem-lhe encarar as dificuldades que os concorrentes irão sentir ao nível da navegação com um maior à vontade, antevendo ainda uma boa prestação de um carro que, em dois Dakar, ficou na 24ª e 10ª posições, respectivamente.

"Estou perfeitamente convencido que estaremos no dia 15 de Janeiro em Dakar a celebrar a chegada à capital do Senegal, muito satisfeitos com o bom resultado conseguido. O carro já deu provas em outros anos que o pode fazer e quer eu, quer o Dominique Robin, temos experiência em navegação, resultante dos anos em que participamos no Dakar em duas rodas", começou por adiantar Paulo Marques.




"Este ano a navegação será mais difícil, com a organização a reduzir consideravelmente os pontos de GPS, pelo que quem se conseguir orientar melhor, terá hipóteses de ficar bem classificado. Sabemos igualmente que as etapas maratona são extremamente difíceis no aspecto físico e mecânico, pelo que uma boa preparação é essencial", lembra o "Marquês", acrescentando que "este ano pela primeira vez o Dakar larga de Lisboa e isso é algo que me enche de alegria. Vemos que o número de equipas portuguesas inscritas é muito superior ao que normalmente sucede, o que dará a este Dakar um sabor diferente."

Prestes a ser "papa" pela terceira vez, o piloto encara a prova com o objectivo último de chegar até Dakar, adoptando para isso uma toada calma no início, tendo em vista não colocar em risco a mecânica, suspensões e transmissão de um carro que tudo indica é muito competitivo. "O carro ainda está a ser preparado, mas pelas indicações que tenho, é muito veloz. Porque sabemos que o Dakar é uma prova de resistência, vamos assumir um andamento moderado nas etapas europeias. O saber de experiência feito diz-nos que nelas tudo se perde e nada se ganha. Só em Marrocos começam as dificuldades e será aí que se vai separar o trigo do joio", salientou o actual Campeão Nacional de Todo-o-Terreno na categoria T2.


FONTE: iol