16 dezembro 2005

A dama do Deserto em entrevista

Quase metade dos T4 estão mesmo na competição. O tempo dos Camiões serem meramente de assistência já lá vai?

Absolutamente. De ano para ano os progressos têm sido evidentes. Há cada vez mais participantes envolvidos única e exclusivamente na competição. Há camiões muito bem preparados e mesmo alguns que são das equipas auto vão com pouco material e destinados a ser veículos de assistência rápida, pelo que são obrigados a andar muito na frente

A presença de pilotos como Marku Allen e Miki Biasion prova que ser “camionista” é atractivo?

Pilotos que se habituaram a ganhar não vão para um Dakar andar a passear. Vão para fazer tempos e para serem competitivos. A sua presença bem como a de ex-pilotos de F1 e de outras modalidades prova que há outra atitude na competição camião que nem sempre tem sido bem percebida. Prova também que as máquinas são cada vez mais interessantes de serem pilotadas.



Gostava de ter pilotos nacionais a partilharem consigo a competição camião ou está bem assim?

Depois de ultrapassar a fase de tentar chegar ao fim a minha competição não distingue adversários. Luto por objectivos na classificação geral e não por ser a melhor entre as senhoras, entre os portugueses ou entre outra coisa qualquer. Por outro lado acredito isso sim que se um piloto português com palmarés no todo-o-terreno ou nos ralis se envolvesse na competição camião, com acontece com o Allen ou com o Biasion, iria trazer um acréscimo de mediatização o que é sempre muito importante.

Os progressos no Renault Kerax e na equipa são notáveis e a exibição no Shamrock foi magnífica. Até onde pode ir neste Dakar?

Não faço ideia! O Dakar não é comparável a qualquer outra prova da Taça do Mundo. Todos os anos tem havido um acréscimo de projectos competitivos e que só aparecem no Dakar. Por outro lado a navegação vai ainda baralhar mais os prognósticos. Eu sei onde gostaria de chegar. Um lugar nos 15 primeiros é a minha meta.

A Elisabete é um piloto de grandes sonhos e metas arrojadas. Onde está a fasquia para os próximos tempos?

Para já a fasquia está no Top 15. Coloco-a como colocava quando queria terminar de moto. Era uma fasquia muito alta mas para a qual eu ia lutar com todas as minhas forças. Quanto ao futuro sonho um dia chegar ao Top 10. Todavia tenho de estar consciente que é muito difícil lá chegar com uma camião apenas muitas bem preparado. Os que andam nesses lugares têm actualmente protótipos


Fonte: Infodesporto

Sem comentários: