30 dezembro 2005

NÚMERO 303 – Volkswagen Motorsport * Jutta Kleinschmidt (ALE) – Fabrizia Pons (ITA)

Jutta Kleinschmidt estará para sempre na história do Dakar como a primeira mulher a igualar os feitos dos homens na pista : primeira a vencer uma etapa em 1997, primeira a subir ao pódio do Dakar em 1999 e, é claro, primeira a vencê-lo em 2001. Esta progressão linear diz muito de sua enorme determinação e da vontade fora do comum que a alemã possui, que agora é a « pedra fundamental » da participação da Volkswagen no rali-raid. Surpreendentemente, nada predestinara esta nativa de Colônia a seguir a vida de piloto profissional.

Engenheira, Jutta Kleinschmidt apresentou uma tese sobre a « realização de um teste climático para sistemas de climatização de automóveis », mas teve de esperar até 1985 e seus 23 anos para descobrir o Dakar na televisão. Foi uma revelação e, dois anos depois, ela sentiu o gosto do deserto pela primeira vez ao seguir paralelamente ao Dakar em uma motocicleta. Esta experiência lhe instigou a participar de seu primeiro rali-raid em 1987, o Rali dos Faraós, e então do Dakar no ano seguinte. Após tornar-se profissional em 92, a monegasca por adoção não perdeu tempo e causou sensação ao vencer o Troféu Feminino do Dakar e ficar com a 23ª pposição na classificação geral. No ano seguinte, ela mudou para o carro, primeiramente como co-piloto e mais tarde como piloto na escuderia Schlesser. A conversão para quatro rodas lhe permitiu terminar em segundo lugar na categoria tração em duas rodas de 94 a 96 e, notavelmente, registrar a primeira vitória de etapa de uma mulher no Dakar em 97.



Mas foi com a Mitsubishi que a alemã se estabeleceu definitivamente no hall da fama da corrida ao, em 1999, ser a primeira mulher a liderar o Dakar, antes de escrever seu nome nos anais do mais difícil rali-raid do mundo. Sua performance lhe abriu as portas para a Volkswagen no ano seguinte, onde ela se tornou a piloto principal da escuderia.

Em 2005, a alemã foi a melhor representante da Volkswagen no Dakar. Embora não houvesse competição de facto com as « Mitsus » de Peterhansel e Alphand, Kleinschmidt defendeu incrivelmente bem sua posição no pódio até a chegada a Dakar. Este ano, a Volkswagen está presente em Lisboa com uma versão revista e aprimorada do Race Touareg, desta vez preparado para vencer. Kleinschmidt estará guiando a mesma direção que Saby, Sainz e De Villiers, mas são as circunstâncias da corrida que irão determinar o curso da história…



As conquistas no « Dakar » de Jutta Kleinschmidt

1988 Primeira participação na categoria moto, abandonou
1992 Moto : 23º lugar geral, Paris – Cidade do Cabo, 1ª do Troféu Feminino
1993 Primeira participação na categoria carro, co-piloto de Jean-Louis Schlesser no Desafio do Deserto
1994 Moto: 22º lugar geral, Paris-Dakar-Paris, 1ª mulher.
1995 12º lugar geral, Granada - Dakar
1996 Abandonou (carro)
1997 5º lugar geral, Dakar-Agadez-Dakar, duas vitórias de etapa
1998 24º lugar geral, Granada - Dakar, uma vitória de etapa
1999 3º lugar geral, Granada - Dakar, duas vitórias de etapa
2000 5º lugar geral, Dakar – Cairo
2001 1º lugar geral, Paris - Dakar
2002 2º lugar geral, Arras – Madri - Dakar
2003 8º lugar geral, Marselha – Sharm-el-Sheikh
2004 21º lugar geral, Clermont-Ferrand - Dakar
2005 3º lugar geral, Barcelona – Dakar

Fonte: Dakar.com

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