07 janeiro 2007

Lavigne diz que foi «melhor partida em 20 anos»

O responsável da organização francesa do rali todo-o-terreno Dacar, Etienne Lavigne, afirmou hoje que a partida da 29ª edição da prova, de Lisboa, «foi a melhor dos últimos 20 anos».
«Foi um enorme prestígio para o Dakar ter começado em Lisboa e posso afirmar que esta foi a melhor Grande Partida dos últimos 20 anos. Simplesmente fabuloso», afirmou o organizador francês.

Para Lavigne, «o que se passou em Portugal foi grandioso» e apontou «o entusiasmo do público, a qualidade da organização e o espectáculo dados pelos pilotos» como três razões para utilizar esse adjectivo.

«Não tenho dúvidas nenhumas em afirmar que a competição deste Lisboa-Dakar começou efectivamente sábado, com a especial na Comporta», afirmou ainda o responsável francês, que garantiu ter tido um retorno positivo dos pilotos relativamente ao traçado escolhido pela organização portuguesa para a primeira etapa.

O responsável da ASO, empresa francesa que organiza o Dakar, disse estar ainda incrédulo pelo facto de cerca de 500.000 pessoas terem estado na rua para assistir à primeira etapa da prova, desde Lisboa até Portimão, e elogiou o acolhimento português.

«Ter cerca de meio milhão de pessoas a ver o Lisboa-Dakar num só dia é inacreditável. Há muitos anos, lembro-me de algo semelhante, mas são de facto números fantásticos, que comprovam a paixão que as pessoas têm por esta prova, que pelo segundo ano acolhem tão bem», sublinhou.

Sobre a parte desportiva da prova em Portugal, que terminou com dois líderes portugueses, Hélder Rodrigues, em motos, e Carlos Sousa, nos carros, Lavigne considerou que foi bom para o público português, para os pilotos, por «terem conseguido mostrar as suas capacidades», mas sublinhou os «riscos» corridos por ambos para terminarem nessas posições.

«Ambos deram o seu melhor nestas duas etapas e correram bastantes riscos para conquistar e manter as suas posições. Não foi fácil, tiveram de lutar para as obterem. Também é óptimo para Portugal e os portugueses, que vibraram tanto com a corrida», afirmou.

O organizador francês recordou, no entanto, que «pode acontecer muita coisa até Dakar», mas frisou que «as duas especiais em Portugal são capitais para o que se vai passar em África, funcionando como uma espécie de barómetro».


Fonte: Diário Digital

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