09 janeiro 2007

O que eles disseram no fim da terceira etapa

MOTOS

23º Paulo Gonçalves (HONDA) em 6h21m28s

"A Especial que correu mais ou menos. Por um lado deparei-me com problemas na admissão de gasolina, o que me obrigou a rodar apenas a um terço da capacidade da Honda CRF 450X e me levou a perder algum tempo, e cometi um pequeno erro de navegação. Mas em contrapartida estou bem melhor da constipação e não sofri qualquer queda, o que é muito bom para as minhas aspirações e da Repsol Honda neste Lisboa/Dakar 2007.
Agora, quando chegar ao acampamento vou tratar de resolver o problema da gasolina. Estou convencido que será facilmente ultrapassado. De qualquer das formas, estou contente com o resultado. Fui, até ao momento, o terceiro melhor português e isso é claramente motivo de satisfação."

49º Nuno Mateus (KTM) em 6h51m13s

"Foi uma especial que correu dentro da normalidade. Procurei andar certinho, pois estas etapas já requerem cuidados especiais de navegação. Fiz todo o percurso sem exageros.
Claro, que estou satisfeito por ter sido o melhor português na etapa. Significa que fiz um bom trabalho. A moto está bem, mas ainda temos que a afinar melhor, nomeadamente no que respeita à suspensão e amortecedores"


71º Ricardo Pina (KTM) em 7h11m23s

"Caí, perdi algum tempo, mas nada de especial. Estou pronto para a etapa de amanhã."

AUTOMÓVEIS

21º Miguel Barbosa/Miguel Ramalho (Proto Dessoude) em 6h05m43s

"Está a acontecer-nos de tudo. Ficar sem tracção traseira logo após cinco quilómetros de especial, deixa qualquer um desanimado. Mas, não havia nada que pudéssemos fazer. Viemos devagar até ao final. Perdemos muito tempo, mas era o esperado.
Resta-nos acreditar que na assistência o problema fica resolvido e que este tipo de situações não voltem a acontecer. Também sabemos que estas situações são típicas de uma prova como esta e por isso, temos que saber aceitar. Mesmo que custe bastante."

3º Carlos Sousa/Andreas Shultz (VW) em 5h13m45s

"Na dificuldade em ultrapassar o Guerlain Chicherit. Ele não facilitou a passagem e demorámos muito tempo até o conseguirmos ultrapassar. Isto obrigou-nos a uma enorme perda de tempo. Caso contrário, penso que estaríamos melhor posicionados.
O ano passado por esta altura, estávamos numa posição bem mais desconfortável. Hoje, estamos mais próximos dos líderes e o nosso andamento está ao mesmo nível. O que nos deixa bastante motivados."

34º Francisco Inocêncio/Paulo Fiuza (Mitsubishi Pajero DiD) em 6h31m54s

"Estou muito satisfeito não só com a minha prestação mas por ter os três carros da equipa todos bem posicionados e quase juntos para a etapa de amanhã. É muito bom podermos rodar na frente do rali, porque é também uma garantia de que, se tudo correr bem, iremos chegar cedo ao acampamento. Imprimi uma toada rápida, mas muito regular e cautelosa para evitar acidentes de percurso."

46º Ricardo Leal dos Santos (Mitsubishi Pajero DiD) em 6h43m49s

"Já sabia que esta era uma etapa muito manhosa. Muitas mudanças de direcção, muitas valas, pedra por todos o lado. Era uma etapa óptima para se fazer asneira. Por isso tive muita cautela e abrandei o ritmo. Em Marrocos, vai ter de ser por vezes assim. Estou muito satisfeito por ter passado para a liderança, na etapa onde ir a Solo era altamente penalizador. Podia, inclusive, ter feito um pouco melhor, mas não gostei da forma como o carro estava afinado e parei por três vezes para regular a suspensão e alterar a pressão dos pneus. Perdi tempo, mas ganhei confiança na máquina e isso, neste momento, é mais importante do que alguns minutos, que no final não vão ter qualquer significado".

54º Lino Carapeta/Ricardo Cortiçadas (Bowler Wildcat) em 6h54m08s

"Desde cedo percebemos que esta era uma etapa cheia de ratoeiras e nesse particular aspecto tivemos bastante cuidado. Havia muitas valas e onde o road-book indicava perigo era mesmo para ter atenção. O pior foram, todavia, as pedras. Furámos por duas vezes, a última das quais a sessenta quilómetros do final e a partir daí, sem mais nenhum pneu suplente, fomos obrigados a reduzir drasticamente o andamento."
62º Rodrigo Amaral/ Duarte Amaral (BOWLER) em 7h02m39s

"Foi, de facto, uma tirada complicada, mas nada com que não estivéssemos a contar. Havia muito pó no ar e também bastantes buracos e os famosos «ueds». Felizmente não fomos surpreendidos por nenhuma dessas ratoeiras. O meu irmão esteve à altura da situação. Pela primeira vez foram postas à prova as nossas capacidades de orientação, e sob esse ponto de vista o Duarte fez tudo muito direitinho. Não nos enganamos uma única vez.
O Bowler confirmou mais uma vez que é uma máquina adequada para o Dakar. Uma excelente aposta, que é rápida quando lhe solicitamos que o seja. E mesmo com o muito pó que apanhamos, conseguimos fazer várias ultrapassagens, nomeadamente ao Bernardo Villar, que apanhamos na parte inicial. Depois andamos tranquilos. Na parte final voltamos a apanhar mais concorrentes."

73º Adélio Machado/ Jean Louis Dronne (TOYOTA) em 7h21m15s

"Foi demasiado duro! A maior parte da pista estava cheia de grandes calhaus que causaram alguns estragos no escape do Toyota. Acabámos a etapa com a panela de escape completamente amassada, o que impedia o carro de progredir. Chegámos mesmo a pensar que poderia ter um problema no turbo, mas felizmente foi apenas o escape. Devido às fortes pancadas no chassis, a que o carro esteve sujeito durante toda a especial, acabámos também por romper um tubo do gasóleo, o que provocou uma fuga de combustível, que conseguimos solucionar.
Não é impossível vencer o agrupamento. Em três etapas já alcançámos duas vitórias, embora a partir deste ponto seja cada vez mais difícil para todos. Para já, conseguimos cumprir o prometido. Estamos a lutar por vitórias no grupo. É necessário acreditar em nós, pois com o apoio da Toyota France tudo faremos para rolar nos lugares de topo. Em termos de representação nacional, também estamos muito bem. Hoje fomos a quarta melhor equipa portuguesa e começamos a recuperar em termos de classificação geral."

79º Paulo Marques/ Rui Benedi (TOYOTA) em 7h29m42s

"Não se pode dizer que o Dakar nos esteja a correr da melhor forma nesta fase inicial, mas a verdade é que noutros anos tem começado bem e depois temos tido problemas que nos têm hipotecado um bom final de prova. Por isso, se se verificar a «tradição» de invertemos a prestação e os resultados com o andar da prova, então não estamos muito mal.
Tivemos um problema com o Terratrip. Não funcionou correctamente ao longo de todo o dia e isso obrigou-nos a navegar um pouco à vista e à natural perda de tempo. Além disso, o Rui não se sentiu muito bem hoje e tivemos de parar algumas vezes para vomitar. Mas logo já deve estar melhor, pois já está a tomar medicamentos."

131º Madalena Antas/ Patrick Antoniolli (NISSAN) em 13h15m37s

"Ontem estava bastante desalentada com toda a situação e por isso mesmo cheguei a pensar abandonar a prova. Mas a assistência do Team Dessoude prometeu-me conseguir reparar o Pathfinder em condições, pelo que resolvemos tentar levantar o moral e avançar para África para tentar chegar a Dakar. Nesta primeira etapa africana, perdemo-nos e o carro ainda fez muitos ”barulhos” que vamos tentar entender de onde vêem. Para mim vamos ter que mudar todas as transmissões frontais, que se danificam com muita facilidade. Será o trabalho da assistência esta noite, tal como prometido pelo chefe da equipa. Amanhã continuaremos a nossa táctica de poupar o carro até à Mauritânia, já que os pisos estão demolidores e temos mesmo que poupar o carro…»

147º Mário Ferreira/ José Carlos Sousa (TOYOTA) em 14h01m55s

"A navegação foi muito exigente. Muitas pontes estreitas, cobertas de areia, sobre fios de água, exigiram muito cuidado, para evitar o risco de tombar. Mas foi um percurso romântico, durante o qual pudemos observar encostas muito bonitas e um pôr-do-sol fantástico."
"A dificultar o andamento estiveram muitas valas e pedras que provocaram um furo, logo após os primeiros 100 metros. No entanto, conseguimos recuperar bem."

160º Nuno Inocêncio/Jaime Santos (Mitsubishi Pajero DiD) em 18h26m06s

"Foi uma etapa muito exigente , muito dura e com muita pedra que nos obrigava a ir com muita atenção. Havia muitos cruzamentos de estradas e muitas mudanças de direcção mas o Jaime esteve sempre bem e o carro também não deu qualquer problema. Aqui em Marrocos é importante estar entre os mais rápido para evitar andar no pó porque é muito arriscado. O 28 º lugar é uma excelente posição para abordar a etapa de amanhã que é mais variada e mais africana."

169º Bernardo Villar/ Pedro Gameiro (NISSAN) em 26h54m44s

«Outro susto ontem à noite quando a correia do alternador se soltou. A reparação foi efectuada por nós e fomos para a etapa cheios de moral. Andámos bem – dentro das nossas possibilidades – e o Pedro foi fantástico na navegação, pelo que não perdemos muito tempo. Estou satisfeito e confiante nas duas próximas etapas, mas vou poupar o carro para a Mauritânia. Temos que chegar a Dakar.»


Fonte: infordesporto.pt

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