11 janeiro 2007

Tugas dixit no fim da quinta etapa

MOTOS

6º Ruben Faria (Yamaha) em 4h10m56s/ 120º da geral em 22h25m03s
"Correu muito bem, mesmo que a etapa tenha sido caracteristicamente muito sinuosa. Quando arranquei para a especial sentia-me confiante e rapidamente fui ganhando posições.

Agora vou pensar etapa a etapa e procurar fazer sempre o melhor resultado possível. É impensável conseguir recuperar tantas horas de diferença. Agora centro-me na etapa de amanhã, que espero corra tão bem como a de hoje"


13º Paulo Gonçalves (HONDA) em 4h16m48s/ 18º da geral em 16h01m17s
"A Especial de hoje correu muito bem. Tínhamos zonas rápidas, onde pude dar o máximo, e tínhamos outras montanhosas, mais lentas, onde foi necessário usar de mais cautela. Estou muito contente com o resultado de hoje, estive consistente e consegui subir mais umas posições na geral, o que é muito importante para o meu objectivo e do Team Repsol Honda."



33º Nuno Mateus (KTM) em 4h47m29s / 36º da geral em 17h35m47s
"As etapas de Marrocos têm sido muito difíceis e a de hoje não foi excepção. A moto é muito pesada e numa etapa com tantos perigos é uma condicionante muito grande. Tenho imposto um ritmo cauteloso, para garantir não ter problemas e chegar a Dakar."

112º António Ventura (YAMAHA) em 05:48:06/ 157º da geral em 24h41m17s
"Hoje foi um dia duro no Dakar. Este ano esta etapa, que liga Oarzazate a Tan Tan, não era tão dura como o ano passado e correu tudo bem. Apesar disso dei uma queda bastante grande, mas continuei até ao fim e penso que ainda temos condições para continuar."

AUTOMÓVEIS
7º Carlos Sousa/Andreas Shultz (VW) em 3h43m36s/ 3º da geral em 13h05m07s
"O carro, esteve sempre impecável. Sem nada a assinalar. Os furos são sempre pequenos problemas que resolvemos com alguma facilidade. Penso que a opção de gerir o andamento foi bem tomada. Hoje não estava com o nível habitual de concentração. E poderia deitar tudo a perder. Hoje não estávamos em dia “sim”. Pelo menos era dessa forma que o estava a sentir. Mas, penso que conseguimos um resultado muito bom. Amanhã, entramos na Mauritânia e quero estar novamente em força."



25º Miguel Barbosa/Miguel Ramalho (Proto Dessoude) em 4h08m55s/ 24º da geral em 15h54m24s
"Estávamos com um andamento muito forte e sem cometer qualquer tipo de erros. Sabíamos que estávamos a fazer uma boa classificativa e por isso a confiança era redobrada.

Logo após o terceiro controlo de passagem, começámos a sentir esse problema. O carro sempre a fugir para o lado e a condução a ser demasiado difícil. Tivemos obrigatoriamente que abrandar o ritmo. O que fez com que o resultado final não fosse aquele que esperávamos. Só na assistência ficámos a saber que foi a transmissão da frente direita que se partiu. Apesar de tudo estamos satisfeitos com o trabalho que conseguimos desenvolver. Mostrámos que temos andamento e que podemos rolar junto aos pilotos da frente. Mas, há coisas que não podemos controlar. E as falhas mecânicas são uma delas."



38º Francisco Inocêncio/Paulo Fiuza (Mitsubishi Pajero DiD) em 4h25m00s/
"Foi uma etapa calma e tranquila. Rolámos num ritmo regular, com uma preocupação de não cansar a mecânica e só fizemos ultrapassagens pela certa, já que a pista era muito traiçoeira."

43º Nuno Inocêncio/Jaime Santos (Mitsubishi Pajero DiD) 4h28m44s / 116º da geral em 29h20m01s
"Para nós foi um dia complicado. Parámos logo ao km5, para ajudar o Riamburgo, que tinha batido forte numa vala e estava bastante combalido. Só aí perdemos dez minutos e fomos passados por alguns dos carros, que tinham partido atrás de nós. Mais adiante furámos. Continuando com a pouca sorte, tivemos o turbo que se avariou a 200 kms do final. Optámos por continuar assim e não parar para o substituir, mas não conseguíamos passar dos 120 km/h. A última e mais dolorosa, aconteceu a 150 kms do final, quando ficámos sem direcção assistida ."

55º Rodrigo Amaral/ Duarte Amaral (BOWLER) em 4h42m27s /55º da geral em 18h18m24s
"Foi, como se esperava, um dia muito difícil, devido ao facto de se tratar de uma etapa muito demolidora, com muita pedra, onde era fácil ter furos. Por isso rodeamo-nos de grandes cautelas nesse aspecto, sem exageros, adoptando por uma toada tranquila.

Andamos muito certinhos, mas mesmo sem exagerarmos voltamos a passar o Bernardo Vilar. E isso explicou porque razão ganhamos mais algumas posições na classificação geral e não perdemos muito tempo para os homens da frente. A prova está a decorrer tal como planeamos, o que é óptimo, embora não pense muito no facto de estarmos no quarto posto entre os portugueses, pois ainda temos muito Dakar pela frente e muita coisa pode ainda acontecer."


70º Madalena Antas/ Patrick Antoniolli (NISSAN) em 4h56m15s/ 87º da geral em 25h33m57s
"Hoje as coisas já correram de outra forma. O carro esteve sempre em boas condições, reagindo muito bem nas zonas de mau piso, e a navegação foi facilitada pela maior atenção dada aos pormenores do road-book e porque optámos por seguir alguns dos “trilhos” encontrados, evitando assim quaisquer enganos. Mesmo no final do dia, uma fuga de óleo fez disparar os sistemas avisadores do Pathfinder, mas rodámos até final da especial e depois na ligação com algumas cautelas, para que tudo possa ser resolvido na assistência. Foi um dia bem mais agradável que nos eleva o moral mesmo na entrada para a mais longa etapa do Dakar…"

75º Bernardo Villar/ Pedro Gameiro (NISSAN) em 5h01m22s/ 98º da geral em 38h06m55s
"A etapa era verdadeiramente demolidora. Andámos muito devagar e mesmo assim não evitámos a quebra de um amortecedor, o que fez com que ainda tivéssemos de rodar mais lentamente até ao final. Também aconteceu qualquer coisa com o motor, já que, por vezes, há um ligeiro sobreaquecimento, pelo que temos vindo a controlar as pressões de óleo e àgua… Acho que tudo são “mazelas” próprias” da etapa… Que venha o resto, pois estamos preparados."

77º Ricardo Leal dos Santos (Mitsubishi Pajero DiD) em 5h06m41s / 65º da geral em 19h20m33s
"Estou com um problema no motor de arranque. Quando travo a fundo e deixo o carro ir abaixo, é o cabo dos trabalhos para depois colocar, de novo, o motor a funcionar. Hoje, a minha sorte foi isso ter acontecido uns quilómetros depois de ter ultrapassado a Madalena. Ela viu-me parado, perguntou-me se precisava de ajuda e com a sua Nissan, bastou dar um toque na traseira do meu Mitsubishi para poder prosseguir em prova."



93º Paulo Marques/ Rui Benedi (TOYOTA) em 5h27m17s/ 128º na geral em 33h11m59s
"O dia de hoje foi muito melhor, tirando o facto dos travões não terem estado a 100% a Especial correu sem qualquer tipo de problema. Principalmente se compararmos com a de ontem em que partimos a manga de eixo e que só conseguimos terminar já hoje de manhã. A maior dificuldade que encontrámos foram as muitas ultrapassagens que tivemos de fazer a outros pilotos mais lentos, mas o importante é que ainda estamos em prova e agora vamos tentar chegar ao

acampamento em Tan Tan o mais depressa possível para podermos descansar um bom bocado."

100º Lino Carapeta/Ricardo Cortiçadas (Bowler Wildcat) em 5h36m39s / 88º da geral em 22h44m06s
"Tivemos dois furos. Um ao km 30 e outro a 40 quilómetros do final. O pior foi outra transmissão partida na aterragem de um salto da treta. Não faço ideia como isso aconteceu. Depois ... claro. Atasquei na zona do fesh-fesh. Vamos fazer uma grande revisão ao carro, para entrarmos sem problemas na Mauritânia. Com números tão perfeitos como os que tivemos na etapa de hoje, pode ser que os dados estejam a nosso favor. Preferia todavia estar uns lugares mais á frente e não ter passado pelas dificuldades deste dois dias."

126º Mário Ferreira/ José Carlos Sousa (TOYOTA) em 6h21m48s / 123º da geral em 31h56m41s
"Tivemos apenas um pequeno problema eléctrico. Até foi engraçado! Devido a uma falha na bateria, parámos e a mesma dupla de espanhóis que tínhamos ajudado, ontem, a desatascar, passou por nós e parou imediatamente para nos pôr a rolar. Isto, sim, é o espírito do Dakar."

Adélio Machado/ Jean Louis Dronne (TOYOTA)
"Não era o nosso dia. Perto do quilómetro 160, partimos uma rótula da suspensão do Toyota. Parámos mais de meia hora para proceder à sua substituição e continuámos num ritmo normal.

Pouco depois, ao rolar no pó de um camião, deparou-se-nos por uma vala muito profunda, que nos impulsionou para um enorme salto com uma aterragem bastante violenta. O Jean-Louis estava a ler o road book e foi surpreendido pelo salto do carro. Rolei ainda dois ou três minutos, mas ele pediu-me para parar, pois estava cheio de dores e não conseguia movimentar-se da cintura para cima.

Accionei, de imediato, a baliza de segurança e o helicóptero da organização surgiu cerca de meia hora depois. Devido à situação física do meu navegador, demoraram cerca de duas horas para o retirar do carro, prestando-lhe todos os cuidados médicos, antes da evacuação para um hospital nas Canárias.

Como o carro estava em perfeitas condições, acabei por passar pelo CP1 a rolar, tendo parado pouco depois"

CAMIÕES

35º Elisabete Jacinto/ Álvaro Velhinho/ Rui Porelo (MAN) em 5h14m17s/ 26º da Geral em 21h24m04s
"Era uma etapa bem conhecida. Já por aqui tinha passado, tanto de moto, como de camião. Hoje tivemos, nos primeiros quilómetros, um percurso alternativo já que os camiões não passavam nalgumas das partes mais estreitas da pista de montanha. Creio que fizemos mais alguns quilómetros que as motos e os carros, mas numa pista muito rápida, onde fui até ao limite que é permitido para os camiões: 150 km/h. Foi, felizmente, uma etapa sem história que correu muito bem. Sinto-me cada vez mais segura e adaptada à minha nova máquina e conto com ela para as grandes etapas de dunas que se seguem, na Mauritânia."


Fonte: infordesporto.pt

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