A portuguesa Elisabete Jacinto inaugurou, esta manhã de quarta-feira, as verificações técnicas do rali todo-o-terreno Eurmilhões Lisboa Dakar e mostrou-se optimista em finalizar a prova, depois de ter ficado pelo caminho no ano passado.
Passavam poucos minutos das 08:00 quando a piloto lusa se tornou a primeira a entrar com o seu novo camião da marca MAN no parque de verificações montado nas traseiras do Centro Cultural de Belém.
«Este ano vou participar com um camião que é mais leve e mais fácil de conduzir, principalmente na passagem sobre as dunas», referiu Elisabete Jacinto, que na 29ª edição da prova volta a comandar a equipa Trifene 200/MAN Portugal.
Depois de uma «maratona» das inevitáveis verificações, que duraram cerca de duas horas, a piloto mostrou-se confiante num bom resultado, mas admitiu que é preciso alguma cautela durante as etapas iniciais.
«Com as minhas capacidades de conduzir e com o camião que tenho este ano, acho que posso fazer uma classificação razoável. É preciso começar à defesa, com cautela, para não desgastar o veículo e podermos chegar ao fim», disse.
Outro dos pilotos que apareceram bem cedo em Belém foi Ricardo Leal dos Santos, que parte para a edição deste ano novamente sozinho, depois de em 2006 ter vencido a categoria de automóveis com apenas um tripulante (45º posto da geral).
«No ano passado foi minha primeira experiência na prova. Este ano espero acabar e quem sabe fazer melhor. Claro que existe alguma ansiedade, mas só na altura da partida. Agora vou descansar e vou estar tranquilo», afirmou à Lusa, enquanto esperava que o seu número, o 358, fosse chamado pela organização para dar início ao processo de verificação do seu Mitsubishi.
Fazendo uma última inspecção ao carro, Leal do Santos explicou à Lusa as dificuldades que existem em participar sozinho numa prova como o Lisboa-Dakar e mostrou-se esperançado em ser o primeiro piloto a finalizar a nível individual em dois anos consecutivos.
«Se tiver algum problema terei que ser eu a fazer o trabalho todo. Caso fique atolado num buraco terei que fazer o dobro do trabalho, mas tenho que ter esperança para que isso não aconteça e corra tudo bem», referiu.
Nas motos, Ruben Faria, que esteve em destaque na edição de 2006, com uma vitória na segunda especial e uma quarta posição em solo africano, foi dos primeiros a romper pelo parque de estacionamento.
«Fiquei surpreendido com a minha performance do ano transacto. Este ano as expectativas são muitas, mas admito que estou com um pouco mais de cautela», disse à Lusa, recordando o episódio da prova de 2006, na qual esteve perdido durante 10 quilómetros em Marrocos e acabou por sofrer uma queda.
Sentado na sua KTM, o piloto garantiu que vai «dar o máximo», mas afirmou que não vai entrar na prova «à maluca, como no ano passado».
«Quero alcançar uma boa classificação, com uma performance regular em todas as etapas e não com o desequilíbrio de 2006», disse, enquanto pedia, em gesto de brincadeira, aos mecânicos da sua equipa que visionavam a moto: «Não me stressem mais».
Fonte: Diário Digital
03 janeiro 2007
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário